CAPÍTULO 35 Fabiana Prass O hospital parecia ser em outro planeta, não chegava nunca. Eu já havia me esquecido como era andar por aquelas ruas tão movimentadas de São Paulo, e isso que eu andava a pé, quando morava aqui. A todo o instante eu olhava pelo retrovisor, a minha mãe estava muito diferente da mulher que me despedi quando fui para Roma, ela parecia estar num sono profundo, não voltou a abrir os olhos, me deixando muito nervosa. Don Antony dirigia com cuidado, olhava para o GPS, enquanto eu questionava a Rebeca dos motivos pelos quais tudo chegou a esse ponto. — Ela começou a se esforçar demais, depois que perdemos aquele carro velho que puxávamos as coisas. Sabe como é o ritmo, e sem carro a gente começou a trabalhar de madrugada. — Meu Deus, bem no inverno! — comentei. — Exatamente. Ela e o pai não deixavam a gente sair de madrugada, iam sozinhos. Eu e o Maicon estávamos indo durante o dia, mas eles dormiam umas duas ou três horas e voltavam pa
CAPÍTULO 36 Fabiana Prass O tempo passou rápido, e foi tão bom voltar a ver o meu pai e o meu irmão... Eles chegaram parcialmente molhados, a chuva estava forte lá fora, agora, e embora correram me abraçar, olharam estranho para o Antony, que se manteve na dele. — Meu Deus, filha! Pensei que nunca mais te veria de novo! Porque não fica aqui? Volta pra casa, ajuda a cuidar da sua mãe... — Pai, eu agora sou casada! Esse é o Antony, o meu marido! — apresentei para ele, que olhava estranho. — Muito prazer, senhor! Fique tranquilo, que agora a sua filha poderá vir ocasionalmente, temos um jato, ela estará por aqui de vez em quando. — Uau! Então é verdade que casou com um rico! — Maicon falou, e eu fiquei sem graça. — Maicon, não fale o que não se deve, vamos ver a sua mãe! Muito prazer, Antony! — o meu pai esticou a mão e ambos se cumprimentaram. A minha mãe não acordou, ficamos um tempo lá, e depois eu mesma decidi que o Antony
CAPÍTULO 37 Don Antony Strondda Essa viagem está me sugando, me sinto cansado. Mas, eu não poderia deixar de observar os problemas da família da Fabiana, então vou fazer alguns ajustes para eles viverem melhor. Assim, como eu precisava falar com o meu primo, aproveitei sair do quarto e resolver tudo de uma vez; apenas algumas ligações e estaria tudo pronto. Observei que havia muitas ligações no meu celular, mas eu deixaria para ver isso amanhã, hoje eu apenas resolveria as emergências. Ligação: — Carlo... — Sim, chefe. — Preciso que compre um carro simples e uma carretinha, logo pela manhã. Também quero que passe pegar a minha cunhada Rebeca, e que a leve para fazer compras, não economize, pegue tudo o que ela quiser. — Certo, mais alguma coisa? — Não. Para outros ajustes, acredito que eu precise ver com a família dela, por enquanto é só... — Certo, chefe! — terminei a conversa e notei que o meu celular começou a tocar, estava no silenc
CAPÍTULO 38 Fabiana Prass Antony estava muito diferente, hoje. Esse homem me confunde, não consigo saber nem o que eu quero, me sinto o tempo todo numa corda bamba, prestes a cair, e o pior é que eu gosto do toque dele em mim. Eu queria que ele fosse diferente, ele nem ao menos me tocou para conseguir o queria, e não posso culpá-lo, porque eu o deixei que continuasse, e senti muito prazer com ele dentro de mim, acho que o desejo sexualmente. Será que estou muito ferrada? Quantas personalidades, Don Antony tem? Pelo visto, eu estou longe de descobrir. Quem está comigo não é nenhum daqueles homens que conheci na Itália, e também não é aquele que cuidou da minha família no hospital. Quem é ele? O bruto que aquela prostituta comentou na boate? Senti dores com alguns toques dele, hoje. Certamente ficarei com algumas marcas, depois. Eu só senti que o Antony que esteve comigo na minha primeira noite voltou, quando eu o pedi um beijo, parece que algo clareou na mente
CAPÍTULO 39 Don Antony Strondda Acordar com a ligação do Enzo me tirou o juízo, precisei correr no banheiro para atender, eu não quis acordar a Fabiana. — Alô! — Primo, a Susany está aqui! — Aqui, onde? Na boate? — me encostei na pia. — Sim. Disse que as dores eram por ficar muito tempo parada e estava entediada, então veio ver as meninas! — MERDA, SE ELA ABRIR O BICO, ME DARÁ MUITOS PROBLEMAS! A SUSANY NÃO TEM NOÇÃO NENHUMA DAS COISAS, ENZO! — Quer que eu faça, algo? Posso colocar pra fora a pontapés! — Esqueceu que ela está grávida? Só faz o favor de não causar escândalo, e leva essa mulher para longe daí! — Está bem! — fiquei muito irritado, saí do banheiro furioso, e para ajudar encontrei com a Fabiana na porta. Ainda bem que ela não entendeu o que acontecia ali, e a safada da Susany me ligou de novo, então achei melhor bloquear. Eu me sinto culpado pela noite passada, sei que exagerei com ela, embora eu saiba
CAPÍTULO 40 Fabiana Prass Hoje é o dia da alta da minha mãe, e mais tarde o Antony já avisou que precisamos voltar, ele tem muito trabalho atrasado em Roma. O meu pai e o Maicon saíram cedo, mas não aceitaram o carro com a carretinha que o Antony deu, foram trabalhar recolhendo a reciclagem com o carrinho manual, deles... pelo menos hoje, não está chovendo. — Como se sente, mãe? — Eu estou muito melhor, já consigo fazer as minhas coisas! — Que bom! Então vamos para a casa! Quando chegamos no estacionamento ela se assustou com os carros que estávamos. — Esses são os carros do seu marido? — cochichou. — Sim. — Mãe, você precisa ver o avião! O meu cunhado é top de linha! — Rebeca comentou e a minha mãe não falou nada. Quando chegamos em casa, ela estranhou tantas comidas e coisas novas. — Isso, pelo visto também foi coisa do seu marido!? — ela questionou. — Senhora Sarita, isso foi a sua filha! Na verdade, as duas... — Antony men
CAPÍTULO 41 Fabiana Prass — Você não vem? Eu acho que quer vir! — ele perguntou mais uma vez, mas eu não me movi, fiquei parada o olhando sem negar, e sem fazer nenhum movimento que denunciasse a minha vontade de ir. Antony se aproximou de mim, me puxou deixando as minhas pernas fora da cama e com a mão direita prendeu os meus cabelos entre os dedos, apertou com força, colocou a perna esquerda em cima da cama. — Ai! — Reclamei da puxada, mas ele sorriu. — Já percebi que você prefere seguir ordens! Quero ver se sabe fazer isso... Coloque as mãos no meu pau e faça o movimento que eu estava fazendo! — neguei e ele sorriu de novo. — Se eu gritar, a sua irmã vai ouvir! — Isso é uma ameaça, Don? — Depende do ponto de vista! — puxou novamente o meu cabelo, e não sei o que tem na mão dele que me deixa mole, a cada puxada sinto mais desejo. — Maldito! — Reclamei, mas fui com as duas mãos no pênis dele, assim como falou, me lembro bem como era. — Ui! Que mã
CAPÍTULO 42 Don Antony Strondda É melhor não misturar as coisas com a Fabiana. Agora posso dizer que estamos bem, ela não parece querer dificultar, então é deixar rolar, e dar um jeito naquela Susany, que está me tirando o juízo. Às vezes tenho algumas impressões ruins, olhando assim para ela dormindo, completamente desprotegida de mim, penso se está realmente segura, se nos momentos de tensão ou raiva, eu realmente vou me controlar com ela... eu não me perdoaria se a machucasse. De outro lado também me pergunto, por que me preocupo tanto com isso? Eu a comprei, e não deveria me estressar, porque não posso simplesmente tratá-la como as outras? Eu poderia limpá-la e vesti-la, mas é melhor não. Não posso ter tanto contato assim, é melhor manter as coisas mais distantes, então eu me vesti e fui sentar nas poltronas um pouco. — Já pensou em qual emprego vai me colocar? — arregalo os olhos ao me lembrar que a Rebeca estava ali. — Que eu me lembre, eu també