CAPÍTULO 38 Fabiana Prass Antony estava muito diferente, hoje. Esse homem me confunde, não consigo saber nem o que eu quero, me sinto o tempo todo numa corda bamba, prestes a cair, e o pior é que eu gosto do toque dele em mim. Eu queria que ele fosse diferente, ele nem ao menos me tocou para conseguir o queria, e não posso culpá-lo, porque eu o deixei que continuasse, e senti muito prazer com ele dentro de mim, acho que o desejo sexualmente. Será que estou muito ferrada? Quantas personalidades, Don Antony tem? Pelo visto, eu estou longe de descobrir. Quem está comigo não é nenhum daqueles homens que conheci na Itália, e também não é aquele que cuidou da minha família no hospital. Quem é ele? O bruto que aquela prostituta comentou na boate? Senti dores com alguns toques dele, hoje. Certamente ficarei com algumas marcas, depois. Eu só senti que o Antony que esteve comigo na minha primeira noite voltou, quando eu o pedi um beijo, parece que algo clareou na mente
CAPÍTULO 39 Don Antony Strondda Acordar com a ligação do Enzo me tirou o juízo, precisei correr no banheiro para atender, eu não quis acordar a Fabiana. — Alô! — Primo, a Susany está aqui! — Aqui, onde? Na boate? — me encostei na pia. — Sim. Disse que as dores eram por ficar muito tempo parada e estava entediada, então veio ver as meninas! — MERDA, SE ELA ABRIR O BICO, ME DARÁ MUITOS PROBLEMAS! A SUSANY NÃO TEM NOÇÃO NENHUMA DAS COISAS, ENZO! — Quer que eu faça, algo? Posso colocar pra fora a pontapés! — Esqueceu que ela está grávida? Só faz o favor de não causar escândalo, e leva essa mulher para longe daí! — Está bem! — fiquei muito irritado, saí do banheiro furioso, e para ajudar encontrei com a Fabiana na porta. Ainda bem que ela não entendeu o que acontecia ali, e a safada da Susany me ligou de novo, então achei melhor bloquear. Eu me sinto culpado pela noite passada, sei que exagerei com ela, embora eu saiba
CAPÍTULO 40 Fabiana Prass Hoje é o dia da alta da minha mãe, e mais tarde o Antony já avisou que precisamos voltar, ele tem muito trabalho atrasado em Roma. O meu pai e o Maicon saíram cedo, mas não aceitaram o carro com a carretinha que o Antony deu, foram trabalhar recolhendo a reciclagem com o carrinho manual, deles... pelo menos hoje, não está chovendo. — Como se sente, mãe? — Eu estou muito melhor, já consigo fazer as minhas coisas! — Que bom! Então vamos para a casa! Quando chegamos no estacionamento ela se assustou com os carros que estávamos. — Esses são os carros do seu marido? — cochichou. — Sim. — Mãe, você precisa ver o avião! O meu cunhado é top de linha! — Rebeca comentou e a minha mãe não falou nada. Quando chegamos em casa, ela estranhou tantas comidas e coisas novas. — Isso, pelo visto também foi coisa do seu marido!? — ela questionou. — Senhora Sarita, isso foi a sua filha! Na verdade, as duas... — Antony men
CAPÍTULO 41 Fabiana Prass — Você não vem? Eu acho que quer vir! — ele perguntou mais uma vez, mas eu não me movi, fiquei parada o olhando sem negar, e sem fazer nenhum movimento que denunciasse a minha vontade de ir. Antony se aproximou de mim, me puxou deixando as minhas pernas fora da cama e com a mão direita prendeu os meus cabelos entre os dedos, apertou com força, colocou a perna esquerda em cima da cama. — Ai! — Reclamei da puxada, mas ele sorriu. — Já percebi que você prefere seguir ordens! Quero ver se sabe fazer isso... Coloque as mãos no meu pau e faça o movimento que eu estava fazendo! — neguei e ele sorriu de novo. — Se eu gritar, a sua irmã vai ouvir! — Isso é uma ameaça, Don? — Depende do ponto de vista! — puxou novamente o meu cabelo, e não sei o que tem na mão dele que me deixa mole, a cada puxada sinto mais desejo. — Maldito! — Reclamei, mas fui com as duas mãos no pênis dele, assim como falou, me lembro bem como era. — Ui! Que mã
CAPÍTULO 42 Don Antony Strondda É melhor não misturar as coisas com a Fabiana. Agora posso dizer que estamos bem, ela não parece querer dificultar, então é deixar rolar, e dar um jeito naquela Susany, que está me tirando o juízo. Às vezes tenho algumas impressões ruins, olhando assim para ela dormindo, completamente desprotegida de mim, penso se está realmente segura, se nos momentos de tensão ou raiva, eu realmente vou me controlar com ela... eu não me perdoaria se a machucasse. De outro lado também me pergunto, por que me preocupo tanto com isso? Eu a comprei, e não deveria me estressar, porque não posso simplesmente tratá-la como as outras? Eu poderia limpá-la e vesti-la, mas é melhor não. Não posso ter tanto contato assim, é melhor manter as coisas mais distantes, então eu me vesti e fui sentar nas poltronas um pouco. — Já pensou em qual emprego vai me colocar? — arregalo os olhos ao me lembrar que a Rebeca estava ali. — Que eu me lembre, eu també
CAPÍTULO 43 Fabiana Prass — Quem é aquele idiota? Eu não entendo como o Don, sendo um homem bom, confia tantas coisas àquele cara! — Rebeca disse revoltada. — Eu não me meto nessas coisas, e você também não deveria, o Enzo tem a total confiança do Don. — Enzo... é assim que se chama aquele folgado... Merda! Já comecei a me arrepender de ter pedido o emprego para o meu cunhado! Mas, pensando bem, eu preciso trabalhar, e ele que se vire para me aguentar, não vou facilitar pra ele! — reclamou e arregalou os olhos quando entramos no quarto que seria dela. — Estamos no quarto certo? — Sim, esse é o seu quarto! E, só para constar... se for trabalhar na boate, o Enzo será o chefe quando o Antony não estiver, então controle-se! — Que ódio! E, você vê se convence o seu marido a me arranjar o emprego, hein! — Verei o que posso fazer! E se precisar de roupas pode usar as minhas. — comentei, observando as que ela usava, muito velhas, já. — Ah, melhor
CAPÍTULO 44 Danúbia — Que merda! Já não bastava o patrão não vir jantar, porque agora nem vou poder vê-lo, ainda vou precisar servir essa daí, que parece estar morrendo de fome! — Reclamei na cozinha. — Danúbia... ela é a irmã da patroa, melhor tratar bem, você viu que o Don a respeita. — Ah, eu vou levar só a sopa pra ela, vai comer caldo frio! — peguei uma bandeja, e ouvi a Filipa resmungar algo, mas não prestei atenção e fui mesmo assim. A guria veste farrapos, o Don está a cada dia pior. Coloquei as coisas na mesa, ainda bem que já disseram pra ela que comeria sozinha, assim não me chateia reclamando de não ter companhia. O estranho é o seu sorriso no rosto, não sei por que sorri tanto, aposto que está querendo um pouco do Don também, todas querem... Me controlei para não rir da cara dela quando viu a sopa. — Cadê o jantar? — Tá aí! — ela olhou a sopa e me segurei para não gargalhar. Com sorte ela vai reclamar para o Don e levar uma chamada
CAPÍTULO 45 Antony Strondda A Fabiana não tem noção nenhuma como funciona esse meio. O meu pai instruía a minha mãe a nem esticar a mão para cumprimentar ninguém, e tudo o que eu queria era a minha esposa bem coberta, para não ter problemas. Infelizmente a noite já começou errada, e já tive que colocar um maldito no seu lugar, e preciso ficar aqui com ela, é importante para alguns membros do conselho uma mulher estar presente comigo, ela é a nova dama da máfia. — Não cumprimente ninguém usando as mãos, e sorria o mínimo possível! — cochichei no ouvido dela, quando chegamos no local. — Se queria uma escultura, eu poderia ter mandado uma bem bonita pra você! — me respondeu ríspida, me ignorando. O pior foi que os olhares foram todos para ela, eu comecei a ficar ainda mais incomodado. E conforme os membros foram chegando, foi piorando, o único em quem eu confiava era o tio Hélio. — Eu ouvi falar que a nova dama era belíssima, mas a olhando agora, é