CAPÍTULO 30 Don Antony Strondda Eu fiz tudo conforme a Fabiana pediu. Deixei ela se sentir por cima, lhe dei atenção, e até comi carne branca que não gosto muito, e isso que nem foi a que ela fez. Voltei para a boate, estava com a cabeça melhor, então resolvi algumas coisas, muitas pessoas dependem das minhas decisões e escolhas, não posso atrasar tudo. Ouvi batidas na porta da minha sala VIP: — Quem é? — É a Susany, preciso falar com você! — “ainda bem que não abri”, penso. — Vá embora, Susany! Não quero falar com você, hoje! — É importante, Don! Me deixe falar, contigo! — Saia Susany! Eu já disse que hoje, não quero! — Tudo bem, eu volto outra hora... Esperei um tempo até que ela saísse para não ser incomodado, vou pedir para que o Enzo a demita, não vai dar certo ela e a Fabiana, juntas, quem vai pagar, serei eu. Todas elas ficam na minha cola, antes eu costumava pegar uma ou outra, mas agora nem posso ficar me envolvendo, eu teria pr
CAPÍTULO 31 Don Antony Strondda De manhã ela acordou nos meus braços. A sua mão repousava no meu peito, o seu rosto, no meu ombro, e uma das pernas estava em cima de mim. Estranhamente eu gostei... Nunca me senti tão próximo de uma mulher, e posso dizer que estou gostando de estar assim com ela, que é tão delicada e, ao mesmo tempo, saem faíscas se estiver chateada com alguma coisa. Acariciei os cabelos dela e beijei a sua testa, então ela acordou. Tentou levantar assim que percebeu onde estava, mas eu a segurei. — Fica aqui um pouco! Não estou fazendo nada de mais... — deslizei a mão no seu braço e ela não levantou. Fabiana ficou em silêncio por um tempo, enquanto eu a acariciava, embora nem tenha me olhado, os seus olhos estavam sob o meu peito. — Estou com fome... — Contou. — Então vamos levantar! Não vou trabalhar essa manhã, nós vamos buscar informações com o seu tio. — Nossa! Estou ansiosa com isso. — ela levantou rapidamente e foi estranho, me senti um pouco vazio sem e
CAPÍTULO 32 Don Antony Strondda Saí da minha casa, quase sem enxergar as coisas pela minha frente. Fiz questão de não ver a Fabiana, o meu rosto entregaria que havia algo errado, e tudo o que não quero, é confusão. — Danilo! Avise a senhora Strondda que precisei sair apressado, tenho um assunto sério para resolver, e não tenho horário para voltar! — avisei enquanto entrava no carro. — Sim, chefe! Pode deixar... Ele abriu o portão e saí acelerando o máximo que eu pude, aquela puttana do diávolo estava mentindo e me ameaçando, eu não deixaria as coisas assim, ela não pode fazer o que lhe der vontade, não mesmo! O hospital não era longe, coloquei os meus óculos escuros e a minha boina que estava no carro, não queria chamar a atenção. Liguei pra ela quando cheguei e perguntei onde estava, eu não entraria pelo portão da frente, evitaria ser visto ali. Assim que soube o quarto, eu me dirigi até lá, irritado eu encostei a porta atr
CAPÍTULO 33 Fabiana Prass O Don saiu sem me avisar, acho que, no fundo, ele não gostou de precisar ajudar com a minha família, deve ser isso que o incomodou. Liguei para o Maicon com mais privacidade, contei a ele sobre o que o tio Amador me fez, e precisei mentir quanto ao casamento, eu prometi ao Antony que não contaria nada sobre ele ter pago para que eu me casasse com ele para a minha família, e vou cumprir. Pelo que ele falou, a minha mãe está bem doente, e fiquei muito preocupada. Ansiosa por vê-los logo, comecei a arrumar umas roupas e dobrar na cama, deixaria arrumado. Fui até a governanta e pedi uma pequena mala, e ela pediu para a Danúbia pegar. — Vai viajar, então? — questionou. — Sim, acredito que na sexta. — O Don sempre diz que vai viajar, mas nunca consegue uns dias de folga! Não está se precipitando em arrumar para sexta? — Não. Me dê a mala, logo! — Vai acabar precisando desmanchar, hein... vai por mim. — Não se preocupe,
CAPÍTULO 34 Fabiana Prass Acordei com o Don em pé, terminando de colocar a sua boina e cachecol, fazia frio em Roma. Me encolhi com preguiça de levantar, mas ao me lembrar do motivo pelo qual eu levantaria tão cedo, criei coragem. — Bom dia, ragazza! — Bom dia! — corri até o closet procurando uma roupa e ele veio atrás de mim. — Cadê o meu beijo de bom dia? — me lembrei de que ele havia pedido isso, eu deveria beijá-lo quando acordasse e todas às vezes que nos cumprimentássemos e nos despedíssemos. — Estou morrendo de frio! — encostei os lábios nos dele, e voltei a procurar uma roupa, já colocando a lingerie. — Comprei uma roupa linda pra você, bem quente! Está aqui atrás, olha! — me espantei quando vi um casaco de pele, ele tinha uma calça de couro justa, que combinava, uma básica preta e uma boina com os mesmos detalhes, pendurada no cachecol. — Vou usar! — peguei as peças, mas fiquei com medo de usar, a minha família pensaria mal de mim,
CAPÍTULO 35 Fabiana Prass O hospital parecia ser em outro planeta, não chegava nunca. Eu já havia me esquecido como era andar por aquelas ruas tão movimentadas de São Paulo, e isso que eu andava a pé, quando morava aqui. A todo o instante eu olhava pelo retrovisor, a minha mãe estava muito diferente da mulher que me despedi quando fui para Roma, ela parecia estar num sono profundo, não voltou a abrir os olhos, me deixando muito nervosa. Don Antony dirigia com cuidado, olhava para o GPS, enquanto eu questionava a Rebeca dos motivos pelos quais tudo chegou a esse ponto. — Ela começou a se esforçar demais, depois que perdemos aquele carro velho que puxávamos as coisas. Sabe como é o ritmo, e sem carro a gente começou a trabalhar de madrugada. — Meu Deus, bem no inverno! — comentei. — Exatamente. Ela e o pai não deixavam a gente sair de madrugada, iam sozinhos. Eu e o Maicon estávamos indo durante o dia, mas eles dormiam umas duas ou três horas e voltavam pa
CAPÍTULO 36 Fabiana Prass O tempo passou rápido, e foi tão bom voltar a ver o meu pai e o meu irmão... Eles chegaram parcialmente molhados, a chuva estava forte lá fora, agora, e embora correram me abraçar, olharam estranho para o Antony, que se manteve na dele. — Meu Deus, filha! Pensei que nunca mais te veria de novo! Porque não fica aqui? Volta pra casa, ajuda a cuidar da sua mãe... — Pai, eu agora sou casada! Esse é o Antony, o meu marido! — apresentei para ele, que olhava estranho. — Muito prazer, senhor! Fique tranquilo, que agora a sua filha poderá vir ocasionalmente, temos um jato, ela estará por aqui de vez em quando. — Uau! Então é verdade que casou com um rico! — Maicon falou, e eu fiquei sem graça. — Maicon, não fale o que não se deve, vamos ver a sua mãe! Muito prazer, Antony! — o meu pai esticou a mão e ambos se cumprimentaram. A minha mãe não acordou, ficamos um tempo lá, e depois eu mesma decidi que o Antony
CAPÍTULO 37 Don Antony Strondda Essa viagem está me sugando, me sinto cansado. Mas, eu não poderia deixar de observar os problemas da família da Fabiana, então vou fazer alguns ajustes para eles viverem melhor. Assim, como eu precisava falar com o meu primo, aproveitei sair do quarto e resolver tudo de uma vez; apenas algumas ligações e estaria tudo pronto. Observei que havia muitas ligações no meu celular, mas eu deixaria para ver isso amanhã, hoje eu apenas resolveria as emergências. Ligação: — Carlo... — Sim, chefe. — Preciso que compre um carro simples e uma carretinha, logo pela manhã. Também quero que passe pegar a minha cunhada Rebeca, e que a leve para fazer compras, não economize, pegue tudo o que ela quiser. — Certo, mais alguma coisa? — Não. Para outros ajustes, acredito que eu precise ver com a família dela, por enquanto é só... — Certo, chefe! — terminei a conversa e notei que o meu celular começou a tocar, estava no silenc