CAPÍTULO 14 Fabiana Prass Strondda Fiquei parada feito uma boba, porque embora eu quisesse matar aquele Don sem vergonha, eu acabei me perdendo e o deixando me envolver com seu beijo. E o pior é que por alguns minutos, quem eu beijei não foi o jardineiro e sim o homem que me comprou, porque não visualizei nada, simplesmente gostei da maneira como se apoderou do meu corpo. Não vi nada do Jardineiro nele, pelo contrário... só que aquela prepotência toda mexeu com algo dentro de mim, e quando eu vi já estava gostando do beijo dele. Ainda bem que alguém chegou e eu pude voltar a respirar, porque vejamos e convenhamos, o maldito beija muito bem. Quando fui levar os utensílios de limpeza para dispensa, vi um carro de mulher que se aproximou do portão e logo estranhei as rodas dele serem na cor rosa. Eu não acreditei quando vi aquela descolorida descendo do carro, toda pomposa. Era só o que me faltava, aquela vadia vindo até aqui para me provocar. Ela desceu com
CAPÍTULO 15 Aquela ragazza está mesmo provando a minha paciência, me chamar de senhor, usar uniforme da área de serviço, cozinhar... — Caramba, onde aprendeu a cozinhar assim? — me surpreendeu a sua comida. — No Brasil. Sei fazer muitas coisas, se eu puder continuar... — Realmente é ótima, mas não precisa cozinhar, a cozinheira pode voltar quando eu pedir. — Mas, eu posso? — insistiu. — Tudo bem, mas não quero te ver o dia todo na cozinha! — decidi. — Claro... já posso vestir a camisa? — terminei a refeição e a olhei provocativo. — Pra quê? Está bem melhor assim! — Então posso ir ao jardim de sutiã? — levantou da cadeira, e fiquei louco, levantando no mesmo instante. Peguei a sua camisa e joguei em cima dela. — Não ouse me desafiar, ragazza! Se algum soldado te olhar assim, morre! Quer matar homens de bem? — estávamos frente a frente, e ela me encarou parecendo chateada. — Você é louco! — comecei a vestir a camisa nela e não parei até fechar o último botão, mas o leve contat
CAPÍTULO 16 Fabiana Prass Saí apressada daquele jardim, e nem olhei para trás. Ouvi ele me chamando baixo, mas ignorei e segui para a varanda. — Fabiana, espera! — ele segurou no meu pulso, já estávamos dentro de casa. — Eu cumpri o prometido, e você já quis coisas que não combinamos! — falei mais agressiva. — Eu só preciso que entenda, não sou nenhum puritano, e ficar sem sexo não dá! Você precisa colocar na sua cabeça que agora é a minha esposa, ou quer que eu arrume uma amante? — as palavras dele entraram como uma flecha na minha cabeça, e a minha mente automaticamente me lembrou da Susany, e falei apressada. — Não! Escuta aqui, Don Antony... — Fui para cima dele. — Você não ouse me trair com outra, não ouse! — apontei o dedo e ele arregalou os olhos. — Então não quer que eu tenha amante? Como acha que vou sobreviver? Por acaso vai me satisfazer? — veio bem perto me puxando para ele e me apavorei, me vendo numa sinuca de bico. Ele me encarava com aquele olhar prepotente de Do
CAPÍTULO 17 Don Antony Strondda Dios mio... aquela ragazza me deixa louco. Eu nem conseguia acreditar que ela veio por conta própria perto de mim. Eu deveria estar muito calmo, mas por incrível que pareça, estou muito mais alvoroçado. — O que está... fa... fazendo? — ela gemeu uma frase, ou eu estou tão excitado que fico ouvindo coisas? Aproveitei apalpar aqueles seios tão lindos, e nem me preocupei com algum pudor, a mulher é minha, e ela deixou, então... — Estou te lavando, e os seios parecem muito sujos! — sorri malicioso, delirando de prazer. Cheguei a abrir e fechar a boca, ao senti-la assim, tão perto de mim, e ainda encostando no meu pau. Seus seios são muito perfeitos e gostosos, nunca vi uma mulher com tantas qualidades juntas; ela é linda, um corpo perfeito, não abaixa a bola para os outros, e às vezes nem pra mim, até esse jeito medroso dela me excita. — Não parecem sujos! — comentou baixinho, mas não era uma reclamação, porque o seu tom de voz estava calmo demais, en
CAPÍTULO 18 Fabiana Prass O meu coração estava disparado, o que havia acontecido, ali? Um misto de emoções tomou conta de mim, e fiquei completamente perdida. No fundo, eu não queria parar, parecia intrigante tudo o que eu estava conhecendo, e no final das contas, ele é o meu marido. O problema é que parece errado, estranho... eu não tenho sentimentos pelo Don, e ainda tenho as imagens do jardineiro na minha mente, é como se eu estivesse me sabotando. Peguei uma lingerie e fui para os quartos dos funcionários, peguei um uniforme limpo e vesti. Fui até a cozinha e estava uma bagunça, então precisei organizar tudo e depois comecei a me divertir preparando o jantar. É tudo muito estranho, estar sozinha nesta casa tão grande com ele, e ainda sentir os olhos do Don queimando sobre mim. Quando eu cheguei no quarto vi que o Don estava quase dormindo, então trouxe uma bandeja com a sua comida na cama, e ele estranhou. — Fiz algo errado? — questionei.
CAPÍTULO 19 Don Antony Strondda Fui até a casa do tio da Fabiana logo cedo. Cheguei lá e havia virado uma zona, não havia mais nenhum bag arrumado ou material organizado para venda, estava tudo fora do lugar. Eu poderia jurar que vi as mesmas coisas no dia em que vim buscar a Fabiana aqui nessa casa e quebrei a cara desse velho maledeto. Me deu náuseas ao entrar e perceber o quanto estava sujo, e embora o caminhão já estivesse lá fora, e também, a máquina de prensa, ele não parecia preocupado em trabalhar. O arranquei do sofá pelo colarinho. — Seu maledeto! Figlio do diávolo! Eu deveria quebrar a tua cara por agredir a Fabiana, mas vou te dar outra chance! Só vou te deixar em paz depois que organizar essa zona! VAMOS! ESTOU ESPERANDO! — fiz o velho levantar e começar a arrumar aquela bagunça, porque sei o quanto é folgado, e também a Fabiana cuidava muito bem das coisas. Ele estava parcialmente bêbado, mas o fiz levantar a base de pontapés e organ
CAPÍTULO 20 Fabiana Prass ChOrei por horas naquele buraco horrível. Haviam minhocas e tenho pavor delas, mas não adiantava o quanto eu gritasse, parecia que ninguém me ouviria nunca. Não vi quando foi que dormi, acredito que acabei desmaiando com tamanho desespero, e pela primeira vez na vida, fiquei feliz quando vi o rosto do Don ali. Eu estava assustada e com dores no corpo, e fiquei ainda mais quando ele começou a gritar sem parar. Don Antony estava sem controle, e chegou a arranhar a minha pele arrancando aquelas roupas de mim. Os seus olhos não olhavam nos meus, a sua fúria era diferente, até parecia que era mesmo outra pessoa. Tem momentos em que ainda vejo o jardineiro nele, mas a cada dia eu percebo que existe muito mais do Don do que eu gostaria, e isso me assusta. Tive medo do que ele fizesse comigo, e devo ter parecido uma fraca na frente dele, e eu não gosto nada disso. Tomei o meu banho aos prantos, sem saber o que eu poderia
CAPÍTULO 21 Fabiana Prass Acordei com um cheiro de rosas mais exuberante. Quando abri os olhos encontrei uma rosa vermelha linda no travesseiro do Antony, pelo visto, ele levantou cedo para colher. — Don Antony? — chamei pelo quarto, mas não o encontrei. Levantei ainda nua e andei pelo quarto, e vi que não estava nem no banheiro, e a porta do quarto estava trancada do lado de fora. Fui até o closet e peguei a roupa mais simples que vi e vesti, já que uniforme se eu colocar, agora, será uma afronta ao Don. Com cuidado eu peguei a rosa e a coloquei com a outra que arrumei num vaso com água, e logo em seguida fui até a Janela para abrir e talvez sair por ali, mas antes que eu fizesse isso ou pulasse, ouvi que falavam de mim, e parei onde estava. — A nova dama é um fiasco! Você viu que burra? Vestiu uniforme da criadagem e ficou se passando de empregadinha. Parabéns pra ela, conseguiu irritar o Don logo depois da primeira noite! — zombou a Danúbia. — S