CAPÍTULO 113 Rebeca Prass Duarte Ouço o barulho do carro na garagem e logo dos sapatos que entraram em casa... “ele chegou.“ Respiro fundo, pois já coloquei a cozinheira para correr como todos os dias, deixo meu marido pensar que ela cozinhou, mas quem fez fui eu, e ai o dela se contar pra ele. A faxineira eu deixo me ajudar, mas “essa”, aquele chato já sabe que despacho assim que termina, gosto de privacidade e também gosto de agora ter as minhas coisas, já que nunca tive, então gosto de cuidar. O seu perfume entrou na cozinha, e senti quando parou atrás de mim, hoje não me agarrou, “ou melhor, agarrou a minha bunda”. — Está tudo bem? — ele perguntou com tom mais baixo, me virei pra ele o encarando. — Estaria se eu tivesse o que fazer! Já estou cansada de ficar aqui sozinha! — ele sorriu. — E eu achando que o problema seria você querer trabalhar, mas na verdade, não quer ficar sozinha? Acho que vou ligar na boate e pedir para outro ficar no
CAPÍTULO 114 Rebeca Prass Duarte As mãos dele, são grandes. Sinto minha pele arrepiar quando ela escorrega no centro das minhas costas, isso é estranho, mas eu gosto. — Você está estranhamente, calmo! Aconteceu alguma coisa diferente, hoje? Está falando baixo, parece que está pensativo. — perguntei enquanto o sentia. — Estou me controlando! — Mas, controlando do quê, criatura? Controlando pra não me deixar louca aqui nessa cama? Porquê eu gosto de ficar louca... — falei mais baixa a última frase. — Vamos deixar isso para outro dia! — puxou os meus ombros me virando para ele. — Acredite, não faltará oportunidades! — Sei... — VIRE-SE! — falou mais alto, tom de ordem, aquele comum que normalmente me excita rápido. “No começo irritava, mas ultimamente gosto de ouvir ele falando assim”. Fiquei de frente pra ele, o seu olhar era misterioso, eu não estava entendendo o que ele queria. — O que você quer, Enzo? Me diga, que talvez eu entenda! — ele abriu o restante da sua camisa, en
CAPÍTULO 115 Fabiana Prass — Está tudo bem? — Perguntei ao olhar o Don no jardim, mexendo com algumas rosas, antes de entrar. Ele não mandou mensagem e também não ligou o dia todo. — Estou bem! — levantou a cabeça, deu uma olhada rápida para mim e voltou a mexer nas rosas, então me abaixei e comecei a ajudá-lo a separar o pouco mato que estava entre elas e quando virou pra mim, roubei um beijo. — Você trata de dizer agora mesmo o que aconteceu, Don Antony! Se não, vou achar que está me escondendo algo... não confia em mim? — ele estava num pequeno transi, mas acho que chamei a sua atenção o suficiente, porquê mesmo com as mãos sujas de terra me beijou. Antony segurou o meu rosto como se eu fosse desaparecer dali, eu poderia jurar que a minha voz e o contato com a minha pele é o que o acalma. A sua língua se envolveu na minha, senti o seu corpo passando para o outro lado, ele se deitou na terra e com os braços me deitou também. — Preciso te sentir,
CAPÍTULO 116 Don Antony Strondda Às vezes penso que a minha cabeça é fodida demais. Olho para Fabi, e ao lavar o seu corpo a minha mente vai para tantos lugares. — Eu gostaria de me arrepender de ter te comprado... — comentei quando a levei para o quarto, depois do banho. — Gostaria? — sorriu pra mim. — Às vezes..., mas na maioria delas, penso que foi a melhor coisa que já fiz, então... — gargalhamos juntos. — Safado! Você me fez sofrer, sabia? — o seu olhar me parou por alguns segundos. — Você ainda sofre, Fabi? — Não, agora estamos muito bem, foi o destino que se encarregou de nos unir e isso é ótimo. — Na verdade, eu fui pressionado para me casar, você sabe..., mas quando te escolhi eu tive muitos motivos, e não sei explicar como foi isso, a minha mente era bagunçada, só que olhando pra você e para aquelas criaturas que me trouxeram para escolher, não havia nem comparação. — tirei o cabelo do seu rosto. — O que posso faze
CAPÍTULO 117 Don Antony Strondda Acordei e vi aqueles olhos verdes me observando. Sorri e me ajeitei na cama, puxando a Fabiana para mim. — Bom dia... — Bom dia, bela mia! Acordou cedo. — Você não vai acreditar numa coisa... — ao ouvir aquilo me sentei na cama, tinha algo errado. — Diga logo, não me assuste, babene? — Estou com vontade de comer babiroba... — falou baixinho. — Comer o quê? — Gabiroba... uma frutinha que a gente encontrava bastante nas ruas, e muitas vezes foi o nosso café da manhã! — E, como é? Não me lembro de comer isso! — fiquei pensando longe. — É parecida com jabuticaba, mas é laranja. — Puxa, teremos que procurar, mas vamos tomar um café, primeiro! — falei e ela sorriu. — Claro, foi apenas uma lembrança... Enquanto ela se vestia, recebi uma ligação do meu soldado, informou que os pais e o irmão da Fabi vieram. — Sua família está aqui! Deixei que entrassem! O problema é que me lemb
CAPÍTULO 118 Rebeca Prass Duarte Eu não sei o que o Enzo tem. Esse jeito dele, já estou acostumada, as vezes eu gosto, outras eu odeio, porém vida que segue. Mas tem algo novo nele, que não entendi o que é; vou descobrir. — Estou pasma! Meu marido chato e possessivo “deixou”, eu usar vestido e ir na boate! O que está aprontando, hein? — perguntei dentro do carro, a caminho da boate. — Você só precisa se comportar. Esse vestido não é vulgar, nem muito fechado! E, não se aproxime de homens, todos sabem que agora é minha mulher, vai ficar perto de mim! — me deu uma olhada e assenti, ele não precisa saber agora, que continuo a mesma e não pretendo obedecer, apenas entendi como lidar com ele, e um dos truques é se fazer de sonsa para atacar na hora certa, então me calei. . Quando chegamos na boate, Enzo grudou na minha cintura, dei uma olhada pra ele, mas não se importou, caminhou abraçado comigo, não entendi. Começou a ficar chato, andar grudada nel
CAPÍTULO 119 Rebeca Prass Duarte Ele ergueu as minhas pernas em algo mais em cima, e ouvi o barulho de algo abrindo e prendendo os meus tornozelos de forma muito firme, eu mal conseguia mexer. O seu olhar safado me fez encará-lo, estiquei o corpo como dava na cadeira e respirei devagar, sentindo os dedos dele passarem pelo meu pescoço, agora era suave. — Agora a minha diaba está presa! — Cuidado... — Porquê? — foi por trás de mim e agora foram as duas mãos no meu pescoço e nos meus cabelos, respirei devagar, de forma alguma demonstraria algum medo. — A gente sempre pode se surpreender, não é? — sorri sarcasticamente. — Acontece que agora não pode fazer nada, está vulnerável! — sussurrou no meu ouvido. — “Agora”... é raso demais, curto demais, marido! Daqui à um segundo o agora será o segundo passado, e daqui um pouco teremos um novo presente, que no momento é o nosso futuro! — Gargalhou. — Merda! Eu esqueci que você fica
CAPÍTULO 120 Fabiana Prass Strondda (Semanas depois) Hoje o Antony não desceu..., mas pulou da cama, assim que o despertador tocou: — Está na hora Fabi, se a gente demorar, vai se atrasar, e podemos perder a consulta! — Diz ele preocupado, andando pelo quarto, procurando as nossas roupas como se elas fossem fugir dali. — Calma, Antony! Tenho horário agendado, e ainda falta... — olho no relógio. — Uma hora e meia para o nosso horário! — Falo para ele de olhos arregalados ao me sentar na cama, e não consigo esconder o sorriso ao ver a ansiedade dele. — Estou tão ansioso, amore mio... quero ver o que é o bebê, e como está! Nem consegui dormir direito esta noite. — Calma... Vendo o apavoramento dele, decidi logo levantar, tomei um banho, e me arrumei para a consulta. Nem vi quando foi que ele se arrumou, pois já estava pronto, me esperando para o café. Tomamos o nosso café, escovamos os dentes, e Antony não perdeu tempo, me acelerando, com medo de perder a consulta. — Amore mi