CAPÍTULO 28 Don Antony StronddA Essa mulher está me deixando louco. Eu sei que ela está chateada, e até tento respeitar, mas pretendo convencê-la o quanto antes de voltar a ficar comigo, agora que a conheci por inteira, não vou aguentar ficar longe dela. Cheguei na boate e ainda estava excitado, não consegui me aliviar no banheiro, e às vezes penso que a Fabiana é quem me causa isso, quero o corpo dela, é isso que eu quero. Enzo, logo começou a me mostrar todas as questões que eu precisava decidir, ou tomar alguma providência na boate e a respeito da máfia, mas eu simplesmente não estava conseguindo pensar em nada, o rosto de decepção da Fabiana estava me assombrando. — E eu, pensando que o casamento tivesse te feito bem! O que foi, agora? Mal consegue pensar, a tua mulher é brava pra caramba, né? Toma um drink, vai se sentir melhor! — Enzo me entregou um copo e me ajeitei na cadeira do escritório. — Aquela mulher é complicada! E, o pior é que é iss
CAPÍTULO 29 Fabiana Prass Eu não acreditei na audácia daquela Susany. Ela deve ter doutorado em ser puttana, misericórdia. A raiva me dominou e decidi pagar na mesma moeda, acho que quase enlouqueci o Don, já percebi que ele é facilmente domado com algumas coisas, o que facilita um pouco pra mim. Não sei como explicar como eu me senti quando ele me levou no colo para aquela mesa. Muitas pessoas nos olhando, a maioria puttanas, e eu só não gargalhei para não envergonhar o Don, tenho bom senso, e ele está cumprindo com o combinado. Percebi que ele evitou olhar para elas, parecia concentrado, e eu estava achando o máximo. Quando eu fui colocada na mesa, encontrei o rosto que eu queria... a Susany, ela me encarava furiosa, e agora eu não aguentei e sorri pra ela, que parecia se remoer de raiva. O Don foi até o meu salto, e quando ele se abaixou para pegar, eu fiz uma careta pra ela e outras puttanas riram, o Don me olhou e olhou em volta na mesma hor
CAPÍTULO 30 Don Antony Strondda Eu fiz tudo conforme a Fabiana pediu. Deixei ela se sentir por cima, lhe dei atenção, e até comi carne branca que não gosto muito, e isso que nem foi a que ela fez. Voltei para a boate, estava com a cabeça melhor, então resolvi algumas coisas, muitas pessoas dependem das minhas decisões e escolhas, não posso atrasar tudo. Ouvi batidas na porta da minha sala VIP: — Quem é? — É a Susany, preciso falar com você! — “ainda bem que não abri”, penso. — Vá embora, Susany! Não quero falar com você, hoje! — É importante, Don! Me deixe falar, contigo! — Saia Susany! Eu já disse que hoje, não quero! — Tudo bem, eu volto outra hora... Esperei um tempo até que ela saísse para não ser incomodado, vou pedir para que o Enzo a demita, não vai dar certo ela e a Fabiana, juntas, quem vai pagar, serei eu. Todas elas ficam na minha cola, antes eu costumava pegar uma ou outra, mas agora nem posso ficar me envolvendo, eu teria pr
CAPÍTULO 31 Don Antony Strondda De manhã ela acordou nos meus braços. A sua mão repousava no meu peito, o seu rosto, no meu ombro, e uma das pernas estava em cima de mim. Estranhamente eu gostei... Nunca me senti tão próximo de uma mulher, e posso dizer que estou gostando de estar assim com ela, que é tão delicada e, ao mesmo tempo, saem faíscas se estiver chateada com alguma coisa. Acariciei os cabelos dela e beijei a sua testa, então ela acordou. Tentou levantar assim que percebeu onde estava, mas eu a segurei. — Fica aqui um pouco! Não estou fazendo nada de mais... — deslizei a mão no seu braço e ela não levantou. Fabiana ficou em silêncio por um tempo, enquanto eu a acariciava, embora nem tenha me olhado, os seus olhos estavam sob o meu peito. — Estou com fome... — Contou. — Então vamos levantar! Não vou trabalhar essa manhã, nós vamos buscar informações com o seu tio. — Nossa! Estou ansiosa com isso. — ela levantou rapidamente e foi estranho, me senti um pouco vazio sem e
CAPÍTULO 32 Don Antony Strondda Saí da minha casa, quase sem enxergar as coisas pela minha frente. Fiz questão de não ver a Fabiana, o meu rosto entregaria que havia algo errado, e tudo o que não quero, é confusão. — Danilo! Avise a senhora Strondda que precisei sair apressado, tenho um assunto sério para resolver, e não tenho horário para voltar! — avisei enquanto entrava no carro. — Sim, chefe! Pode deixar... Ele abriu o portão e saí acelerando o máximo que eu pude, aquela puttana do diávolo estava mentindo e me ameaçando, eu não deixaria as coisas assim, ela não pode fazer o que lhe der vontade, não mesmo! O hospital não era longe, coloquei os meus óculos escuros e a minha boina que estava no carro, não queria chamar a atenção. Liguei pra ela quando cheguei e perguntei onde estava, eu não entraria pelo portão da frente, evitaria ser visto ali. Assim que soube o quarto, eu me dirigi até lá, irritado eu encostei a porta atr
CAPÍTULO 33 Fabiana Prass O Don saiu sem me avisar, acho que, no fundo, ele não gostou de precisar ajudar com a minha família, deve ser isso que o incomodou. Liguei para o Maicon com mais privacidade, contei a ele sobre o que o tio Amador me fez, e precisei mentir quanto ao casamento, eu prometi ao Antony que não contaria nada sobre ele ter pago para que eu me casasse com ele para a minha família, e vou cumprir. Pelo que ele falou, a minha mãe está bem doente, e fiquei muito preocupada. Ansiosa por vê-los logo, comecei a arrumar umas roupas e dobrar na cama, deixaria arrumado. Fui até a governanta e pedi uma pequena mala, e ela pediu para a Danúbia pegar. — Vai viajar, então? — questionou. — Sim, acredito que na sexta. — O Don sempre diz que vai viajar, mas nunca consegue uns dias de folga! Não está se precipitando em arrumar para sexta? — Não. Me dê a mala, logo! — Vai acabar precisando desmanchar, hein... vai por mim. — Não se preocupe,
CAPÍTULO 34 Fabiana Prass Acordei com o Don em pé, terminando de colocar a sua boina e cachecol, fazia frio em Roma. Me encolhi com preguiça de levantar, mas ao me lembrar do motivo pelo qual eu levantaria tão cedo, criei coragem. — Bom dia, ragazza! — Bom dia! — corri até o closet procurando uma roupa e ele veio atrás de mim. — Cadê o meu beijo de bom dia? — me lembrei de que ele havia pedido isso, eu deveria beijá-lo quando acordasse e todas às vezes que nos cumprimentássemos e nos despedíssemos. — Estou morrendo de frio! — encostei os lábios nos dele, e voltei a procurar uma roupa, já colocando a lingerie. — Comprei uma roupa linda pra você, bem quente! Está aqui atrás, olha! — me espantei quando vi um casaco de pele, ele tinha uma calça de couro justa, que combinava, uma básica preta e uma boina com os mesmos detalhes, pendurada no cachecol. — Vou usar! — peguei as peças, mas fiquei com medo de usar, a minha família pensaria mal de mim,
CAPÍTULO 35 Fabiana Prass O hospital parecia ser em outro planeta, não chegava nunca. Eu já havia me esquecido como era andar por aquelas ruas tão movimentadas de São Paulo, e isso que eu andava a pé, quando morava aqui. A todo o instante eu olhava pelo retrovisor, a minha mãe estava muito diferente da mulher que me despedi quando fui para Roma, ela parecia estar num sono profundo, não voltou a abrir os olhos, me deixando muito nervosa. Don Antony dirigia com cuidado, olhava para o GPS, enquanto eu questionava a Rebeca dos motivos pelos quais tudo chegou a esse ponto. — Ela começou a se esforçar demais, depois que perdemos aquele carro velho que puxávamos as coisas. Sabe como é o ritmo, e sem carro a gente começou a trabalhar de madrugada. — Meu Deus, bem no inverno! — comentei. — Exatamente. Ela e o pai não deixavam a gente sair de madrugada, iam sozinhos. Eu e o Maicon estávamos indo durante o dia, mas eles dormiam umas duas ou três horas e voltavam pa