Edward.
A cena de Gregory causando confusão na empresa no dia da reunião do conselho fez meu sangue borbulhar. Ordenei que os seguranças fossem atrás dele, mas voltaram de mãos vazias. Essa lembrança ia e vinha enquanto a reunião acontecia e eu não conseguia pensar em outra coisa, exceto se Gregory levaria Emma para almoçar.
Meu plano inicial era ter a herança do vovô em minhas mãos. Eu sabia que o velho morreria em breve e então voltei para a cidade natal dos meus pais. Foi quando vi a Emma.
Eu havia contratado um investigador particular para investigar a vida do Gregory assim que soube que ele havia casado. Ninguém na mídia conhecia o rosto da mulher e aquilo despertou em mim uma enorme curiosidade. Quando olhei para o rosto de Emma pela primeira vez, eu pensei que Gregory tinha um bom gosto. Ela era bonita, mas não parecia nada feliz ao lado dele.
Gregory.Meus pés me levaram automaticamente na direção de Edward para tirá-lo dali e eu não vi quando Emma se levantou se aproximando dele.— Deixe que ele fique – ela disse, e meus pés travaram rapidamente. Foi o olhar amoroso com que Edward lançou para Emma que fez a raiva me consumir.— Emma – sou interrompido pelo gesto repentino de Edward segurando a mão de Emma. Eu não queria nada mais do que arrancar a sua mão da dele. Depois de tudo o que Edward fez, era inaceitável que Emma sorrisse com ele por perto.— Se ele ficar, eu tamb&e
Emma.Fiquei olhando para Gregory por muito tempo, simulando a pergunta dele, a resposta que eu deveria dar. Minha garganta secou e as palavras simplesmente não saíam dos meus lábios.— Por que você está fazendo essa pergunta? – Meus pensamentos ganham vida de repente.— Só responde o que perguntei.Agora, ele estava me olhando com aquele olhar gélido e não havia nenhum traço de sentimento em seu rosto. Fiquei ainda mais confusa.— Precisa ter um motivo para a pergunta – envolvi os braços em meu peito e o encarei com firmeza.Gregory abaixou a
Gregory.Emma não estava satisfeita com o que havia acontecido. Eu ainda a segurava, mas ela lutava para se livrar de mim.— Eu não disse nada disso — ela continuou se recusando.— Eu ouvi muito bem você dizer que me ama — eu a apertei com mais força contra o meu corpo.Eu não pretendia soltá-la, pelo contrário, meu corpo implorava para beijar seus lábios novamente e eu mencionei que faria isso quando inclinei o rosto em sua direção e Emma desviou o rosto.— Por que você está fazendo isso? — Ela parou de lutar contra mim, mas não olhou em meus olhos quando fez a pergunta.Eu tinha as palavras na ponta da língua, mas elas não ganharam vida. Se esconderam em minha boca, me obrigando a recuar. Soltei Emma e lamentei por não sentir mais o calor do corpo dela. A quem eu queria enganar? Até quando
Emma.Eu estava parada, apoiada na cama, em pé, olhando para a porta fechada pela qual Gregory havia acabado de passar. Eu ficava ouvindo a voz dele na minha cabeça o tempo todo enquanto ele repetia as palavras:— Eu amo você.Meu sistema defensivo estava em alerta agora e meus pensamentos bagunçados diziam que Gregory estava mentindo. Eu havia convivido ao lado dele por dois anos e meio e aquele homem nunca havia demonstrado nenhum afeto por mim, só desprezo. Agora ele dizia que me amava? Quais eram as probabilidades de eu acreditar nisso?Vi Lia entrando no quarto e fui obrigada a desfazer minha expressão de preocupada. Ela veio sorrindo em minha direção, como se soubesse de algo de que eu não sabia. O olhar dela permaneceu grudado em mim até que eu me deitasse e fechasse os olhos.— Não finja que está dormindo — ela encostou a boca
Emma.Minhas mãos tremiam. Eu permanecia com o olhar vago, vacilando entre a raiva e a vontade de ver Gregory de novo. Eu não entendia qual era a dele. Dizia que me amava e no segundo seguinte desaparecia.Enquanto eu procurava uma resposta, Samantha entrou no quarto, preocupada.— Emma, você está bem? — Ela se aproximou, observando com cuidado o meu rosto. — Você parece diferente.Sorri nervosa, tentando esconder o quanto eu estava aborrecida.— Eu estou ótima! — Ela continuou com os olhos grudados em mim. — Sabe que horas vou receber alta?— Não faço ideia — ela disse. Depois desviou o olhar e, como se lembrasse de algo importante, acrescentou: — O senhor Gregory já foi falar com o médico sobre isso. Não deve se preocupar.— O Gregory está aqui? — Gaguejei espantada. — Quer d
Gregory.Helena havia ido visitar Emma. Ela disse para que eu ficasse do lado de fora, aguardando porque tinha algo importante para me dizer. Fiz o que ela pediu, embora me sentisse um idiota por não entrar naquele quarto e me certificar de que Emma estava bem.Lia dizia que ela estava bem, mas parecia mal-humorada. Certamente era devido a mim. Eu havia passado as últimas horas empenhadas em pesquisar os melhores hospitais e especialistas que salvassem a vida de Emma e usado isso como uma bela desculpa para não ter que me encontrar com ela.— O tratamento para o câncer é igual em todo o mundo, senhor Gregory – o médico da Espanha me dizia por videoconferência – não há muito o que se fazer nesses casos a não ser a cirurgia e o tratamento.Não havia ninguém que pudesse me garantir a sobrevivência da Emma e aquilo estava acabando comigo. Eu não desistiria tão facilmente. Eu não queria perder a Emma logo agora que eu descobrir o quanto desejava tê-la ao meu lado.Eu estava com os meus olh
Gregory me ergueu e me segurou no colo. Eu suspirei, assustada. Ele me carregou pelas escadas até parar em frente ao nosso quarto, abrir a porta e delicadamente me colocar em cima da cama. Depois disso, ele olhou para mim como se calculasse suas palavras e finalmente disse:— Eu vou chamar a Samantha para ajudar você a tomar um banho – ele se agitou, virando as costas para mim.— Gregory…— Não fale mais isso perto de mim – os olhos dele se arregalaram quando ele se virou para me olhar. Havia lágrimas neles – eu não quero ouvir você dizer que está morrendo quando eu estou aqui fazendo o que posso para salvar você.Entendi o quanto minhas palavras o feriram. Imediatamente, Gregory virou as costas e foi embora. Lembrei-me das palavras de Helena, afirmando que Gregory estava empenhado em procurar uma cura para mim. E ele realmente estava, embora eu não acreditasse que aquilo fosse possível.Talvez aceitando a realidade, a dor se tornasse menor.Samantha entrou pela porta poucos minutos d
Uma viagem para mim e para Emma.Não entendia por que eu estava animado, mas comecei a arrumar minhas roupas para partir. Eu ouvia a voz de Emma vindo da sala, ela parecia feliz e sua risada invadia meus ouvidos.Quando o meu celular tocou, eu não tive vontade de atender. Eu queria ficar ouvindo a voz dela, mas foi o nome na tela do aparelho que me fez parar tudo e atender a ligação.— O que você quer?— Eu estou na porta da sua casa te esperando – a voz de Masson era ameaçadora –, e se você não sair, eu vou invadir sua residência. Tenho certeza de que a Emma não vai gostar de me ver.Larguei o celular sobre a cama e corri as escadas, escapando pela porta. Fazia muitos dias que eu não via Masson, eu até pensei que ele havia esquecido as ameaças, mas ali estava ele de novo, tornando minha vida um pouco mais difícil. Não havia nenhuma segurança no local, eu havia dispensado todos os funcionários, então eu teria que lidar com Masson sozinho dessa vez. A minha pressa em sair de casa chamo