Sofia cruzou os braços e olhou firme para Luca. — Eu não vou embora até você me responder uma coisa. Você bebeu? Ele ergueu as sobrancelhas, claramente irritado. — Essa pergunta é séria? Eu realmente preciso responder? — Eu fui até o escritório, Luca. O cheiro de uísque estava forte. Agora responde minha pergunta... Luca se levantou, visivelmente chateado, e caminhou até ela. Antes que Sofia pudesse reagir, ele segurou seu rosto e a beijou com intensidade, a língua de Luca deslizou pela língua de Sofia convidando-a para uma dança sensual. O corpo dele gritava e ansiava por um toque dela, ele quis caprichar nesse beijo dando leves mordidas no lábio dela fazendo-a lembrar do amor deles. Quando Luca ouviu Sofia gemer parou o beijo e sussurrou com dificuldade: — Está sentindo gosto de uísque na minha boca? Ela se sentiu tonta com aquele beijo, mas, na mesma intensidade com que a segurou, ele a soltou. — Desculpa, é que... — Não dá para confiar em um alcoólatra, não é? — Ele riu,
Sofia suspirou, sentindo o peso da situação sobre seus ombros. Justo agora que estava se acertando com Luca, Enola surgia para atrapalhar tudo. Não poderia mais adiar, precisava contar a verdade para ele. — Amor, podemos conversar? Luca sorriu ao ouvi-la chamá-lo assim. — É tão bom ouvir você me chamar de amor... Repete, por favor. Eu amo ouvir isso. Eles estavam na porta do escritório quando Luca começou a beijá-la, empurrando-a suavemente na direção do quarto. Assim que chegaram, Sofia se afastou, determinada a manter o foco. — É sério, amor, preciso mesmo falar com você. — Pode ser daqui a dez minutos? Ela franziu a testa. — Por que você quer dez minutos? A resposta veio mais rápido do que ela esperava. Luca avançou sobre ela, sem dar espaço para argumentos. Só trinta minutos depois, com muita insistência, Sofia conseguiu fazê-lo se sentar na cama para ouvi-la. — Já que não posso te fazer delirar e gritar meu nome mais algumas vezes... Fala então, amor, estou ouvindo. El
Nayla continuava falando sobre as atrocidades que teve que suportar nas mãos de Ellen. Enquanto relatava tudo, mantinha o olhar fixo em Sofia, como se a culpasse por algo que não tinha nada a ver com ela. Sofia suspirou. Precisava explicar para aquela garota boba o que sua nada querida tia lhe fizera. Talvez assim ela entendesse que compartilhar o mesmo sangue não define caráter. Luca, ao seu lado, não gostava nada da maneira como Nayla a encarava. — Não gosto do jeito que ela está te olhando. — Calma, amor. Não foi só a minha vida que Ellen destruiu. Luca cruzou os braços, desconfiado. — Melhor você se explicar, porque estou começando a pensar que estou incluído nesse "destruiu" aí. Sofia olhou para ele com seriedade. — Você lembra de tudo, né? Ela tentou me vender para o Dmitri. Antes disso, fingiu estar com a mesma doença que matou minha mãe. Depois, tentou me vender de novo... E dessa última vez, se tivesse conseguido, você nunca mais teria me visto. E, antes de morrer, ain
Luca não gostou muito da ideia de Sofia de colocar Nayla em sua casa, mas acabou aceitando, pois isso lhe proporcionou a oportunidade de passar quatro dias a sós com sua esposa. Para isso, alugou uma cabana em uma área rural, afastada de tudo e de todos. Assim que chegaram, Sofia olhou ao redor, desconfiada. — Por que estamos tão longe de tudo? Você vai me matar e casar com a nossa nova babá? Luca sorriu, se divertindo com a pergunta. — Amor, vou te matar sim, mas de prazer. Antes que ela pudesse responder, ele a beijou e começou a tirar suas roupas ali mesmo, na sala. — Tem certeza de que estamos realmente sozinhos? — ela perguntou, ofegante. — Sim, amor. Toda a área ao redor está protegida. Nossos seguranças estão posicionados a uma distância segura. Ninguém vai se aproximar sem que saibamos. Ele a pegou no colo e a levou para o quarto, onde deram início a uma intensa maratona de prazer. Mais tarde, enquanto estavam deitados, Sofia brincou: — Você sabe que podemos fazer iss
Antes de bloquear Enola, Sofia acabou lendo suas mensagens. A situação da mulher não era nada boa. Pelo que entendeu, os filhos dela tinham uma doença crônica no coração, aparentemente uma condição hereditária do tio paterno. Além disso, Enola havia quitado algumas dívidas altas de jogo e, agora, não tinha dinheiro suficiente para garantir o melhor tratamento médico para as crianças. Após refletir por alguns instantes, Sofia tomou uma decisão. Chamou Draco até o escritório para uma conversa. — Voltei hoje de Markham para resolver alguns problemas pessoais, mas ainda tenho um tempo. Pode falar — disse Draco ao entrar na sala. — O problema é esse... — Sofia entregou o celular para ele, mostrando a conversa com Enola. Draco leu as mensagens e soltou um suspiro impaciente. — Essa mulher não tem jeito mesmo. — Já fiz além do que minha dignidade permite. Aqui está um contrato assinado por ela. Assuma esse caso para mim. Você a conhece há mais tempo e sabe de todos os podres dela
Luca não conseguia acreditar que aquele cretino havia tido a audácia de se aproximar de Sofia daquela maneira, mesmo sabendo que isso poderia custar sua vida. Sofia havia lhe enviado uma mensagem dizendo que precisavam conversar, mas ele nem se deu ao trabalho de responder. Estava ocupado organizando alguns documentos e transferindo-os para o computador com a ajuda de Emma. Sim, ela havia voltado a trabalhar com ele. Depois de conversarem e entenderem a verdadeira origem do caos que havia dominado suas vidas, conseguiram lidar melhor com a situação. Para a felicidade de Luca, Dwayne e Draco tinham removido todas as bebidas alcoólicas da base. Agora, só havia água, suco e refrigerante por ali. — Você parece bem irritado... Quer conversar? — Emma perguntou, observando-o atentamente. — Aconteceu algo hoje que me deu vontade de matar alguém. E quer saber? Se esse infeliz tiver o azar de cruzar o meu caminho, o destino dele já está selado. — O que esse pobre coitado fez para despertar
Sofia já havia partido, e a saudade começava a apertar. É sempre assim quando se ama de verdade— Luca queria estar com ela o tempo todo, desejando que estivesse bem e pensando nele da mesma forma. Ele também sentia falta dos filhos, que estavam em casa, mas sabia que as coisas ali estavam se acalmando e que, em breve, todos voltariam. Perceberá que Draco e Tony enfrentavam alguns problemas, mas ambos garantiram que resolveriam tudo. Enquanto refletia sobre isso, lembrou-se de Dwayne e decidiu ir até sua sala. — E aí, irmão, como estão as coisas por aq... Antes que pudesse terminar a frase, viu uma cena nada agradável. — Sai de cima de mim, Ava. Ah... Oi, Luca. Luca cruzou os braços e franziu a testa. — Não vou dar asas pra cobra. Você aí, Ava, não é? Então, fora daqui. E se pensar em fazer qualquer coisa depois que sair, um tiro na cabeça será a única resposta. Agora, sai. A mulher engoliu seco e saiu apressada. Dwayne suspirou e balançou a cabeça. — Eu só não a mandei embora
Sofia olhou para Tony com preocupação.— Agora que estamos aqui, podemos falar sobre você. O que está acontecendo?Tony desviou o olhar, mexendo distraidamente na taça de vinho à sua frente.— Eu não quero te preocupar com os meus problemas. Você já tem coisas demais para lidar.— Para te ajudar, eu sempre estarei disponível. Então, comece a falar.Ele suspirou e olhou ao redor do restaurante.— Podemos ir para minha casa? Não estou me sentindo à vontade aqui.— Tudo bem, então vamos.Cada um entrou em seu carro, e Sofia seguiu Tony até sua casa. Ele não morava mais na residência onde a levará depois do que aconteceu no aniversário de Luca. Anos atrás, mudara-se para uma casa maior, com um amplo quintal, ideal para os gêmeos.Ao chegarem, Sofia estacionou na frente da casa, enquanto Tony guardava o carro na garagem.— As crianças foram passar uns dias com meus pais. Eles os amam. Então, hoje somos só nós e essa casa enorme.Sofia cruzou os braços e o encarou.— Agora pode começar a fa