Sofia estava tentando estudar para um teste, seus pensamentos estavam no final de semana com Luca e o quanto ela desejava que aquilo se repetisse até sua tia começar a encher sua cabeça.
— Minha sobrinha amada, quando vai se casar com ele? E case com comunhão total de bens, não seja ingênua. Vai que acontece algo com ele e...Sofia a interrompeu, incrédula.— Eu não acredito no que estou ouvindo! Primeiro, bata na porta do meu quarto antes de entrar e aguarde para saber se pode ou não entrar. Segundo, não estou com ele por dinheiro. Estou estudando para ter uma carreira e um futuro que não dependam de ninguém além de mim. E, por fim, Luca não vai morrer. Ele é inteligente, forte e esperto. Agora saia do meu quarto, preciso estudar.Ellen suspirou dramaticamente antes de insistir:— Calma, amor da tia, eu só quero o seu bem. Se ele já tomou as liberdades com você, então tem que casar. Você é uma menina de família.Sofia estreitouEles chegaram à casa que Luca havia dado de presente para Dmitri. O russo já havia enviado o endereço para Ellen e marcado um horário para o encontro. — Amigo, que casa maravilhosa! Obrigado pelo presente. É melhor vocês dois se esconderem, ela deve chegar a qualquer momento — disse Dmitri, satisfeito. — Sim, ficaremos atrás daquelas cortinas. Há um pequeno cômodo que dá para o jardim, ficaremos ali — respondeu Dwayne. Assim que ouviram a campainha, os dois se posicionaram conforme o plano. — Querido Dmitri, há quanto tempo! Billy, coloque a garota ali, por favor — disse Ellen, sua voz carregada de falsa doçura. — E você continua linda como sempre, minha querida — respondeu Dmitri, observando Sofia. — Amei a pombinha, mas tenho negócios para resolver. Como o valor do pagamento é alto, até mais tarde o dinheiro estará em sua conta. — Claro, meu querido. Confio em você. Divirta-se.
Olhar para Ellen e perceber que a única pessoa que deveria protegê-la das maldades da vida era a mesma que a vendeu duas vezes para benefício próprio era um golpe difícil dela assimilar.Mas tudo que vai, volta. De certa forma, Sofia sentia que seus pais a protegiam, onde quer que estivessem. Primeiro, Ellen a vendeu para Luca. No início, ela sentiu um medo surreal dele, mas depois percebeu que ele era um bom homem e que, de alguma maneira, tinha sentimentos genuínos por ela.Depois, sua tia tentou vendê-la para Dmitri, que, no final, desistiu da compra ao descobrir quem ela realmente era. Sofia sentiu-se incrivelmente sortuda. Se aquele homem não fosse amigo de Luca, talvez, naquele momento, ela já tivesse sido abusada e sua vida teria se tornado um inferno.Agora, observava Ellen ajoelhada, dizendo palavras que antes talvez acreditasse.— Luca, eu não fiz isso porque quis! Foi Dmitri Romanov! Ele ficou louco por ela quando a viu e a queria de qualquer maneira. Eu já não sou mais jove
Hoje é aniversário de Luca, e Dwayne teve a ideia de organizar uma festa à fantasia. Luca adorou a proposta e imediatamente anunciou em suas redes sociais que faria a comemoração em sua casa de festas, um espaço exclusivo para eventos, com quartos e banheiros no andar de cima, enquanto o térreo era destinado às celebrações.— Sofia e eu seremos Arlequina e Coringa — disse Luca, empolgado.— Emilly e eu seremos vampiros — acrescentou Dwayne.As meninas ficaram encarregadas de comprar as fantasias, enquanto eles cuidariam dos preparativos do evento. Assim que chegaram ao shopping, seguiram direto para a loja de fantasias.— Emi, tenho a sensação de estar sendo seguida... Você está sentindo algo estranho? — Sofia perguntou, desconfortável.— Estou me sentindo observada, sim, mas deve ser coisa da nossa cabeça. Vamos nos apressar, o dia está passando rápido.— Claro, vamos logo.Enquanto escolhiam os trajes, Emilly comentou,
Luca subiu para o quarto e deitou na cama, esperando Sofia. Tirou a calça rapidamente, pois, como ainda estavam na festa, não poderiam demorar muito. Afinal, era o aniversário dele.De repente, a porta se abriu e, ao mesmo tempo, a luz se apagou. Ele viu a silhueta dela entrar e fechar a porta atrás de si.— Amor, cuidado, está muito escuro aqui — disse ele.Ela veio rapidamente em sua direção e parou apenas para tirar a parte de baixo da fantasia. Logo, sentou-se sobre ele.No instante em que entrou nela, algo pareceu diferente. Não era o mesmo toque apertado de sempre. Luca percebeu a diferença imediatamente, mas a mulher não parava de se mover sobre ele. Quando estava prestes a gozar, a porta se abriu, deixando a luz do corredor iluminar parcialmente o quarto. Ele ergueu os olhos e viu Sofia parada ali.Olhou rapidamente para a mulher sobre ele e a empurrou, fazendo-a cair sentada no chão.— Sofia, amor, eu pensei que era você
Sofia voltou para casa com a carona de Tony. Depois de deixá-la, ele seguiu para a universidade, prometendo enviar o conteúdo da aula do dia. Ela não pretendia comparecer à aula.Ao entrar na casa, encontrou Luca na sala, conversando com os seguranças. Assim que ele percebeu sua presença, interrompeu a conversa e se virou para ela.— Então, só voltem aqui se estiverem com ela, entende… Sofia? Você voltou, amor. Está bem? Onde estava?Ela passou direto, sem sequer olhar para ele, e subiu rapidamente para o quarto, trancando a porta atrás de si. Logo em seguida, ouviu Luca batendo do lado de fora. Encostou-se na porta, tentando conter as emoções.— Vai embora, não quero falar com você agora — disse, sua voz tremendo levemente.— Amor, precisamos conversar. Você sabe que eu nunca trairia você. Você é a única mulher que eu desejo.— Eu sei, Luca, mas ainda assim eu vi você com outra mulher, te satisfazendo… Eu não consigo olhar para
Luca acordou no chão do quarto com o corpo e a cabeça latejando. Com dificuldade, levantou-se e foi até o banheiro, pegando um remédio para ressaca no armário antes de tomá-lo rapidamente. Entrou no chuveiro, deixando a água quente levar embora o peso do que sentia. Após o banho, vestiu um terno preto e ajustou a gravata cinza. Tinha uma reunião no centro da cidade e odiava ter que lidar com esse tipo de compromisso quando estava de ressaca. Ao sair do quarto, encontrou Sofia no corredor. — Precisamos conversar — ela disse, hesitante. Luca suspirou, desviando o olhar. — Eu tentei fazer isso nos últimos dias, mas você não quis. Agora sou eu quem não quer — respondeu, firme. — Preciso ir, estou atrasado. Sem esperar resposta, passou por ela e seguiu seu caminho. Seu coração se partiu mais uma vez, mas estava cansado de tantas decepções. Sofia tentou falar com Luca, mas ele parecia magoado demais para ouvi-la. Como Emilly estava ocupada com a última ultrassonografia antes do nasci
Emilly acordou sentindo-se mal. Preocupada, levantou-se com dificuldade e foi até o quarto de Sofia para falar com ela. — Oi, amiga. Entra, estou terminando meu banho — respondeu Sofia do banheiro. Assim que saiu, percebeu a expressão preocupada de Emilly. — Amiga, não estou me sentindo bem... Acho que estou tendo contrações desde às cinco da manhã, mas o Théo só nasce na semana que vem. Péssima hora para Dwayne e Luca terem escolhido viajar. Sofia respirou fundo, tentando manter a calma. — Tudo bem, vamos pegar suas coisas e as do Théo. Pedimos para o Eron nos levar ao hospital e o Draco avisa os meninos. Emilly observou Sofia por um momento e franziu a testa. — Amiga, você está pálida... Não parece bem. — Não consigo comer nada... Tudo que como, coloco para fora — Sofia respondeu, passando a mão na testa. No momento em que estavam no corredor, a caminho do quarto de Emilly para pegar as bolsas, Sofia sentiu uma tontura forte e perdeu o equilíbrio. — Jordan! Me ajuda! A Sof
Já fazia um mês desde o nascimento do pequeno Théo e, no dia anterior, ele havia sido batizado. Emilly e Dwayne escolheram Luca, Sofia e Draco como padrinhos e madrinha do bebê, o que a deixou imensamente feliz. Foi um dia maravilhoso. Como nunca tinha cuidado de um recém-nascido antes, Sofia estava aprendendo com Emilly. Ela, por sua vez, havia adquirido experiência cuidando de seus dois irmãos e de duas primas. Na época, morava com a tia, pois sua mãe, viciada em drogas, vivia desaparecendo. Quando tinha apenas doze anos, seus irmãos, ainda muito pequenos, foram acolhidos pela tia. No entanto, quando Emilly completou dezesseis, sofreu um trauma terrível: seu tio a atacou. Sua tia chegou a tempo de flagrar a cena, mas, em vez de protegê-la, preferiu acreditar que Emilly havia seduzido o marido e a expulsou de casa. Sem ter para onde ir, Emilly acabou encontrando Soraya, que, ao perceber sua fragilidade, se aproveitou da situação. A fez acreditar que a única forma de sobreviver era