Já fazia um mês desde o nascimento do pequeno Théo e, no dia anterior, ele havia sido batizado. Emilly e Dwayne escolheram Luca, Sofia e Draco como padrinhos e madrinha do bebê, o que a deixou imensamente feliz. Foi um dia maravilhoso. Como nunca tinha cuidado de um recém-nascido antes, Sofia estava aprendendo com Emilly. Ela, por sua vez, havia adquirido experiência cuidando de seus dois irmãos e de duas primas. Na época, morava com a tia, pois sua mãe, viciada em drogas, vivia desaparecendo. Quando tinha apenas doze anos, seus irmãos, ainda muito pequenos, foram acolhidos pela tia. No entanto, quando Emilly completou dezesseis, sofreu um trauma terrível: seu tio a atacou. Sua tia chegou a tempo de flagrar a cena, mas, em vez de protegê-la, preferiu acreditar que Emilly havia seduzido o marido e a expulsou de casa. Sem ter para onde ir, Emilly acabou encontrando Soraya, que, ao perceber sua fragilidade, se aproveitou da situação. A fez acreditar que a única forma de sobreviver era
O dia estava tenso. Luca havia tido uma reunião com Julian Ritter, chefe da máfia alemã, e sua irmã, Hanna Ritter, subchefe da organização. Eles queriam fechar um acordo, mas as atividades em que estavam envolvidos não o agradavam nem um pouco. Às dez horas, ele se levantou e anunciou: — Senhor Ritter, tenho um compromisso agora, mas volto em trinta minutos. Fiquem à vontade com meu subchefe, Dwayne. Este é meu sócio, Draco. Voltarei para finalizarmos nossa conversa. — Ah, claro. Creio que vai ver sua esposa grávida, não é? Muito bonita, por sinal — comentou Julian, com um sorriso sugestivo. — Vejo que já sabe muito sobre mim — respondeu Luca, mantendo a expressão séria. — É parte do meu trabalho… investigar pessoas. — Julian fala de forma sombria, mas Luca o ignora. Ele deixou a reunião para encontrar Sofia. Depois de receber uma notícia maravilhosa, retornou feliz para a negociação, embora não conseguisse afastar a preocupação com a esposa. — Como dissemos antes, não temos in
Logo após sua visão escurecer e o caos tomar conta de sua mente, Sofia se viu em um sonho doce. Estava na praia com Luca, Emilly, Dwayne, Tony e Draco. Todos pareciam felizes, aproveitando um piquenique à beira-mar. O sol quente acariciava sua pele, tornando a cena ainda mais perfeita. No entanto, num piscar de olhos, o cenário mudou. O céu foi coberto por nuvens negras e, ao olhar para o mar, Sofia viu uma onda gigantesca se formando e avançando em sua direção. Tentou alertar os amigos, mas, por mais que gritasse, ninguém parecia ouvi-la. Desesperada, olhou para Tony, que parecia chamá-la. — Sofia? Sofia? Acorde, por favor. Você está bem? Me responde, amiga! Ela tentou abrir os olhos, mas algo a impedia. — Tony? Eu não sei onde você está… Não consigo ver nada. Acho que me vendaram. — Graças a Deus! Eu também estou vendado, mas tinha esperança de que estivéssemos próximos… A bebê está bem? — Sim, está… Muito quieta, deve estar dormindo — respondeu Sofia, com a voz trêmula.
Luca e seus aliados estavam há horas na sala, tentando negociar um acordo que não envolvesse o tráfico de mulheres, independentemente da idade, em seu território. No entanto, Julian e sua irmã eram gananciosos demais, tornando a negociação difícil. Diante da resistência, Luca pediu ajuda a Dmitri, cujo território era ainda maior, para formular uma contraproposta.— Eu ofereço a você mulheres entre 18 e 30 anos. Em troca, quero o mesmo que ofereceram ao meu amigo: 35% dos lucros — propôs Dmitri, encarando Julian por um longo momento.Julian balançou a cabeça em negação.— Impossível, meu caro. O que oferecemos ao seu amigo foi o acesso livre a mulheres entre 14 e 30 anos. Tenho clientes que gostam de garotas bem jovens. Se o limite for 18 a 30 anos, posso oferecer apenas 25% dos lucros.Luca cerrou os punhos, sentindo a raiva ferver dentro de si.— Você só pode estar brincando. Meninas de 14, 15, 16, 17 anos são apenas isso: meninas! Como
Luca está furioso, ele não acredita que Hanna e Julian poderiam jogar tão sujo o obrigando a decidir ser usado por uma vadia alemã somente para ter sua esposa grávida no confortável e protegido lar deles.— Aquela desgraçada não pode fazer isso comigo! — Luca esbravejou, passando as mãos pelos cabelos em frustração.Dwayne suspirou pesadamente.— Você precisa pensar bem, irmão. É a vida da Sofia e da Bella que estão em jogo.Luca fechou os olhos por um instante, tentando conter a raiva que queimava em seu peito.— Draco, já marcou o local para buscar o Tony?— Sim, o encontro será no subúrbio em duas horas.Luca assentiu, mas a incerteza ainda o consumia.— Ainda não sei o que vou fazer, irmão. Não posso ir para a cama com outra mulher, não depois de tudo que sinto pela Sofia. Mas, ao mesmo tempo, não posso suportar mais um dia sem ela.Dwayne cruzou os braços, observando-o atentamente.— Nossa
Tony acordou com o corpo formigando e uma dor de cabeça horrível. Ao virar o rosto para o lado, viu aquela mulher nua, sorrindo enquanto fumava um cigarro. Seu estômago revirou, e, sem tempo de sair da cama, virou-se e vomitou ali mesmo.— Gato, que noite tivemos! Nenhum homem fez comigo o que você fez — disse ela, ainda sorrindo. — A única coisa que me deixou triste foi você ter me chamado de Draco algumas vezes... Mas tudo bem, era comigo que você estava mandando ver. Nota dez para você.Ela se aproximou, tentando beijá-lo, mas Tony a empurrou e saiu da cama o mais rápido que pôde. Pegou uma toalha do chão e seguiu em direção à porta, mas antes que pudesse sair, sentiu os braços dela o envolvendo por trás.— Tudo bem, vou deixar você voltar para cuidar da sua amiguinha... Mas estou começando a ficar com ciúmes. Meninos, podem levá-lo de volta.Os homens o conduziram de volta. Como Sofia ainda dormia, Tony foi direto para o banheiro, entrou debai
Luca já estava impaciente com aquela mulher em cima dele, agindo como se tivesse controle sobre tudo. As horas passavam lentamente, e ele começou a se perguntar se havia sido enganado por aquela desgraçada. Mas, antes que seus pensamentos pudessem ir mais longe, o som do celular vibrando na mesinha ao lado da cama o fez reagir. Sem hesitar, tirou a mulher de cima dele e pegou o aparelho.— Ei, amorzinho, volta aqui... Você ainda não gozou, não é justo com você, porque eu já perdi a conta de quantas vezes eu já...— Pode parar — interrompeu ele, vestindo-se o mais rápido que podia. — Eles já estão em segurança, então não preciso mais continuar com isso.Ela o olhava com um sorriso convencido, mas ele foi direto:— E não se iluda. Você nunca me daria prazer ao ponto de me fazer gozar. Eu estava aqui por livre e espontânea ameaça, não porque queria.Quando se virou para sair, ouviu a voz dela às suas costas:— Você ainda vai ouvir f
Quando chegaram à sala, Luca viu Sofia em pé, tremendo muito, com o celular na mão. Ele olhou para Tony, que parecia transtornado, enquanto Draco corria até ele. Sofia fitou Luca, com lágrimas escorrendo sem parar pelo rosto. — Por que fez isso comigo? Eu amo você, respeito você. Eu não mereço isso. Ela jogou o celular na direção dele, mas Luca conseguiu pegá-lo antes que caísse no chão. Enquanto Sofia subia as escadas, ele olhou para a tela do aparelho e congelou. Aquela desgraçada havia filmado tudo e, pelo ângulo da gravação, parecia que ele estava gostando daquilo. Seu estômago revirou, e ele sentiu vontade de vomitar. Lançou um olhar para Draco, que tentava acalmar Tony, e então subiu as escadas atrás de Sofia. Ao chegar no quarto, viu a porta aberta e duas malas sobre a cama, já sendo arrumadas. — O que você pensa que está fazendo? — perguntou. — Acho que você não é cego, né? — respondeu