Suzana sabia que estava fugindo mais de si mesma do que de Renato. Quase não conseguiu se manter fria; mais um pouco se entregaria a Renato, ali mesmo, na cozinha. Mexeu-se na cama a noite toda. Acordou, pela manhã, com Renato lhe balançando, suavemente:Suzana, Suzana, acorde!Como Suzana se revirou na cama a noite toda, estava totalmente descoberta e, como estava sensual! Abriu os olhos, lentamente, e Renato teve que mais uma vez ser forte. Como ela era linda! Não importava nada do que tinha feito antes, a queria para sempre. Nunca deixaria de querê-la, mas ela não o queria. Não lhe era indiferente, mas era só físico, ele queria o seu coração, mas isso era impossível.Que horas são?Oito e meia, dorminhoca!Por que não me acordou há mais tempo, Renato?Eu já liguei para o hospital, meu pai está dormindo. Só vai acordar mais tarde. Vamos, levante para tomar café.Você está parecendo meu pai.Deixa eu deitar um pouquinho com você? Essa cama está muito convidativa. Suzana, na mesma
Quando você quer é bem agradável, mas eu estou falando, no caso de você ter algum assunto para resolver.Nenhum assunto é mais importante ou interessante que você. Agora você vai ficar flertando comigo?Não estou jogando com você, Suzana. Você aceita almoçar comigo?Será um prazer.Conversaram sobre várias coisas. Renato perguntou o que ela tinha feito todo esse tempo que estavam longe. Suzana contou as experiências que teve na Europa e nos Estados Unidos.Todos esse anos se passaram e alguém foi importante para você? Amou alguém? Amei, e ainda amo um homem.Por que você não está com ele?Ele não me ama. Vamos mudar de assunto.Eu ainda quero me casar com você, mesmo sabendo que você ama outra pessoa. Nós não temos nada a perder. Seu amor por este homem é impossível. Eu não vou amar mulher nenhuma, mesmo. Temos atração um pelo outro. O sonho do meu pai é nos ver juntos.Não vai dar certo, Renato. Nós vamos acabar nos machucando e eu não vou ter relação íntima contigo se
Renato comia um brunch com ovos Benedict e panquecas americanas no Paribar, era seu point quando precisava vir a São Paulo. Estava desde quinta-feira e pretendia voltar na terça. Ele olhava saudoso para aquela vista da Praça Dom José Gaspar, já esteve aqui com ela. Sendo domingo as pessoas caminhavam para seus lugares preferidos e ele só pensava em Suzana.Como sentia falta dela, tão única, ele não saberia dizer se estava muito feliz ou se estava muito triste por ter se casado. Porque mesmo assim não podia tocar naquela que amava tanto.Suzana aceitou se casar com ele por conta de seu pai, mas não quis saber de mais nenhum cerimonial de casamento, recusou enfaticamente a lua de mel e viajou a trabalho no dia seguinte. Eles quase não se viam e pra Renato por enquanto valia muito a pena, pois ela estava na vida dele. E no momento já bastava.Mas isso não queria dizer que não sofria todos os dias por não poder demonstrar de todas as maneiras como ela era essencial pra ele e de como a d
Meu Deus! Será que enlouqueci? Como fui falar com o Renato que sentia sua falta? Não posso ficar desatenta quanto a isso porque Renato não sabe e não quer amar uma mulher, o trauma que sua mãe deixou, feriu tanto seu pai quanto ele, e isso foi o resultado que fez Renato espelhar todas as mulheres pela sua mãe. Renato me deseja, um desejo que ele não faz questão de esconder, mas ele deseja outras e isso dói meu coração, preciso me policiar, ficar mais atenta. De repente o celular começa a tocar. Ah, não quero falar com ninguém! mas com a insistência, Suzana olha e vê que é Renato -Oi Renato, está sem sono? - Suzana, o que você falou quando desligou o telefone? - Ué? Não sei Renato, não lembro, mas não foi você que desligou o telefone? Renato ficou em silêncio por algum tempo só a sua respiração era ouvida. - Suzana, você não falou nada? - Não. - Está bem, boa noite Suzana, bom descanso. - Pra você também, Renato. Suzana chorou tanto que acabou dormindo de cansaço ao aco
Renato realmente não sabia o que fazia primeiro, se a beijava, se a tocava, tal era o desejo que sentia nesse momento, ficou extremamente difícil de se controlar, e a situação só piorava.Não sei se foi impressão, mas Suzana estava correspondendo com bastante vontade, eu sei que ela não é indiferente a mim, mas do jeito que me beijava, estava me fazendo perder a razão.- Renato por favor me solta.- Porque Suzana? Você me quer eu sei disso, não sou um garoto, você está me deixando totalmente descontrolado.- você tem razão, eu te desejo mesmo, mas estamos falando de sexo e isso não é o que quero.- E o que você quer Suzana? porque eu te quero e muito, se os dois desejam porque fica fugindo? - Não é assim que tenho sonhos Renato.- Suzana, Suzana, você não é um pouco grandinha para estar pensando em sonhos? Assim que falou, Renato percebeu que cometeu um grande erro, Suzana ficou fria, implacável, e isso foi direto ao seu coração.- Me solta Renato. ele não teve outro jeito e a soltou
Renato observava Suzana olhando pela janela do avião e esfregando as mãos, ela simplesmente não pregou o olho e toda hora segurava na sua mão, quando percebia que estava fazendo isso soltava, e ficou assim quase a viagem toda até que Renato pegou a mão dela e não a largou mais. Renato percebeu que estavam perto do Aeroporto Charles de Gaulle. Foram direto para o Hôtel Plaza Athénée, na 25 Avenue Montaigne, em Paris. Como sempre muito bem recebidos em seu quarto, com Champanhe e macarrons que Suzana tanto amava. Suzana agora olhava tensa para a Torre Eifell que era uma das vistas.Vem Suzana, vem comemorar sua chegada a Paris, como os seus adorados macarrons vou abrir um champanhe!-Não estou com fome, Renato, quero um belo e demorado banho e cama.-Cuidado com o que desejas.-Bobo. Suzana sorri e vai para o banheiro.Renato estava tentando tranquilizar Suzana mas não verdade ele estava uma pilha de nervos. O seu emocional estava bem abalado porque ele sabe o que passou nesse país. An
Comeram uma sobremesa quente e voltaram para o quarto.Agora tomaram banho juntos no chuveiro, mas Renato não tocou em Suzana.Quando foram para o quarto, Renato pediu.-Me beija Suzana.-E mais uma vez Suzana concordou.Se Renato estava descontrolado ou ansioso Suzana não conseguiu ver. Ele estava agindo diferente ultimamente.Suzana beijou Renato com intensidade, mas ele freou e com um cuidado que parecia que Suzana iria se quebrar voltou a beijar Suzana.Ficaram um bom tempo assim, Renato a abraçou e começou acariciar seus cabelos para que ela dormisse, mas, reparou que Suzana não conseguia dormir e ele então começou aquele carinho mais íntimo e sussurrou no seu ouvido para deixar ele a acalmar e ela relaxou.Enquanto Renato acariciava, fazendo carinhos nela que homem nenhum nunca fez, ela gemia baixinho e suspirava.Renato estava em transe, deitou de lado e se segurou de todas as formas, o foco não era ele e sim Suzana. No estado em que ela estava, seria fácil fazer amor, mas ele
Ao chegarem, foram direto para casa de Henrique a pedido de Renato, Suzana estranhou, pois estavam bastantes cansados. - Porque estamos indo para casa de Henrique? Estou cansada Renato, mesmo que esteja com muita saudades, queria tomar um bom banho e descansar bastante para amanhã o visitarmos. - Suzana, preciso que me entenda, vou te deixar com meu pai e vou sair pra resolver algo urgente. - Renato, não é que eu não possa ficar sozinha na nossa própria casa, espera, o que você não está me contando? Henrique tá bem? Está passando mal? Aconteceu alguma coisa com ele? Fala Renato! - Às vezes tenho ciúmes do meu pai, sabia? Renato falou sorrindo pra poder mudar de assunto. Não aconteceu nada sério, mas ele precisa de companhia e não quis uma enfermeira, então só me restou você de opção, fiz mal? - Claro que não, se tivesse me falado nem estaríamos tendo essa conversa. - Quero que me ame mais que ao meu Pai Suzana. E sorriu. - Vai sonhando homem de gelo. - Mas você viu que