ArthurNesse momento segurei na mão dele e entramos no iate que estava parado. Ao entrarmos percebi que estava tudo preparado para nós. Arthur se aproximou de mim, olhou no fundo dos meus olhos e percebo seus lábios muito próximos aos meus. Por um lado eu desejava beija-lo, me deixar levar por esse momento, mas por outro lado eu sentia que algo me impedia de ir além. Arthur se aproxima ainda mais, e quando tenta me beijar, automaticamente viro o rosto e me afasto dele. Ele fica parado por algum tempo, com toda certeza tentando compreender o que estava acontecendo, mas eu nada poderia dizer, pois eu mesma não estava entendendo o que acontecia dentro de mim e muito menos como explicar que meus sentimentos estavam confusos, e que ao mesmo tempo que pensava nele também lembrava do André. Minha mente estava uma confusão gigantesca e eu não sabia o que fazer para acabar com tudo isso. Caminho pelo iate e me sento na proa, a noite estava linda, céu lindo e cheio de estrelas. O mar estava t
ArthurApós longos quinze anos à procura da Eliza, eu ainda não conseguia acreditar que ela estava ali diante de mim, tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe. Tentei fazer uma surpresa para ela, a apresentando diante de todos como minha noiva, minha prometida e futura esposa. Porém as coisas não sairam como eu imaginava, e tudo o que consegui foi decepciona-la, além de diminuir a confiança que ele depositou em mim. Com muita dificuldade a convenci em aceitar meu convite para velejar, na verdade eu tinha em mente outros planos ao lado dela, mas após o acontecido perco as esperanças de tê-la em meus braços e fazê-la minha mulher. Mas fico satisfeito por ao menos ficar ao seu lado durante algum tempo, porém sem expectativas e apenas agradecendo por ter a mulher que amo próxima a mim.Eu sabia que Eliza nutria um sentimento por André, e algo ele também sentia por ela, caso contrário ele a teria encontrado uma maneira de mata-la no exato momento que entrou na mansão. Conheço muito bem And
ElizaVagarosamente abro os olhos, após sentir uma claridade sobre meu rosto, e então percebo que já havia amanhecido. Esfrego os dedos em meus olhos na tentativa de despertar de uma vez, e me assusto ao olhar em volta e perceber que não estava mais dentro de iate, mas sim na cabana, especificamente dentro do quarto. Estive aqui uma única vez, mas lembro de cada detalhe desse lugar que havia sido preparado com tanto carinho por Arthur, mas que através de uma estupidez por minha parte o momento que deveria ser único, acabou não terminando nada bem. Eu estava deitada na cama, tento me levantar, mas tudo girava e eu sentia uma forte dor de cabeça. "Isso que acontece quando exageramos na bebida, e principalmente quando não se tinha o hábito de beber. Preciso de um analgésico para ontem, ou vou surtar de tanta dor." — penso e retirando forças dos céus consigo ficar de pé, mas bastou eu pôr os pés no chão para uma náusea me dominar, e eu correr desesperadamente em busca de um banheiro.Por
Arthur D'AngelisEu já estava desesperado com a distância entre Eliza e eu, e levado pelo desespero faço uma proposta, que consiste em ela me dá trinta dias para mudar nossa situação e fazê-la se apaixonar por mim. Confesso que não estava esperançoso, mas me surpreendo com sua resposta, e enfim sorrio ao ouvi-la dizer que aceitava a minha proposta. Minha euforia foi de zero a mil em milésimos de segundos, e sem perca de tempo me aproximo dela pouco a pouco, e enfim consegui o beijo que tanto desejava desde que a vi chegando na nossa casa.Mais feliz do que nunca, decido que tornaria o dia dela inesquecível. Aproveitamos cada lugar daquela ilha, nadamos, passeamos de jet ski, almoçamos juntos e conversamos muito sobre planos futuros. Aproveito que Eliza foi tomar um banho, para providenciar uma surpresa, que eu tinha certeza absoluta que ela amaria. Faço uma ligação para Rick, que em tempo recorde prepara tudo. Estava bebendo um pouco de vinho enquanto me colocava a par da situação da
ArthurMe afasto de Eliza, olho para o relógio em meu pulso e vejo que já passavam das cinco horas da tarde, exatamente o mesmo horário que André havia marcado o tal encontro com a minha Eliza. Com certeza ficou furioso ao perceber que havia sido feito de palhaço e quem estava lá não era ela.Rapidamente me levantei e fui cobrir a Eliza com minha camisa, pois estava apenas de lingerie e exposta na ilha, e eu jamais permitiria que outro homem a visse ou a desejasse. Eu a amo demais, e a partir de agora ela é só minha e de mais nínguem, aquele que ousar se aproximar dela pode se considerar um homem morto. A nossa cabana ficava uns cinco minutos de distância de onde estávamos, dei um beijo em Eliza que estava assustada, me levantei do modo que estava e corri para buscar a minha arma. Rapidamente retornei e ouço o meu telefone tocar. O peguei de dentro do bolso da minha calça, e ali tive a confirmação que eu precisava para agir.— Fala comigo, Rick.— Senhor, o seu irmão ficou furioso co
ElizaEstava perplexa com a atitude grosseira que Arthur me tratou, mesmo sabendo de tudo o que fiz para deixar o que sinto pelo André para trás e nos dá uma oportunidade de sermos felizes juntos. Sinceramente eu não esperava essa atitude por parte dele, ainda mais quando era visível que eu estava apenas preocupada com o que pudesse acontecer com ele. Ao ouvir o disparo, olhamos para o mar e avistamos uma lancha se aproximando em alta velocidade, e André estava com uma arma em punho prestes a atirar novamente em nossa direção. Foi quando num piscar de olhos ele atirou e acertou em cheio na lâmpada que havia dentro da cabana na praia. Arthur me segurou forte pelo braço, e mais uma vez, falou num tom sério e bastante seco comigo. Ele estava sombrio, muito diferente do homem carinhoso e apaixonado que me tomou em seus braços a pouco, e isso me assustava profundamente. Sempre que se sentia acuado ele reagia dessa maneira, eu até entendia sua reação, mas aceitar esse jeito bruto, jamais.
AndréHoras antes do acidente com ElizaJá havia passado por toda àquela situação na boate, e ainda experimentar o dissabor de ficar afastado dos negócios da família dando lugar ao maldito do Arthur, estavam acabando comigo. A minha possessividade e o meu lado controlador me destruiam por dentro. Mas o que poderia se esperar de um homem que foi criado para ser impetuoso e frio o suficiente para conseguir levar com mãos de ferro todo um império? Muitos me achavam um monstro, mas não tinha como ser diferente. Não me deram escolha alguma, pra mim era somente isso e isso, ponto final. Não tive oportunidade de dizer tudo o que eu desejava para o meu futuro, e agora já era muito tarde para voltar atrás, e tentar mudar o que já estava enraizado na minha alma. Sempre tive muitas dificuldades de me relacionar, principalmente se tratando das mulheres. Para mim todas não passavam de interesseiras e cobras prontas para dar o bote quando tivessem uma oportunidade, assim como minha mamma fez com o
AndréSaí daquele hospital, e já dentro de um táxi que fui obrigado a usar porque foi Adriel quem me trouxe até o hospital com a desculpa da minha embriaguez e que já tinha feito besteiras demais para um único dia, liguei para Marina dizendo para me encontrar no lugar de sempre. Ela até tentou se esquivar, com certeza estava chateada pelo modo que a tratei na última vez que estivemos juntos, mas isso pouco me importava, e sequer dou-lhe alternativas para escolha, até porque ela era uma mulher qualquer e seu trabalho era servir quem lhe pagasse mais, sendo assim hoje ela não me escaparia.Já no flat, me sirvo de mais uma bebida enquanto aguardava a chegada de Marina, que chegou dez minutos depois, estava linda e deliciosa como sempre, mas seu olhar estava diferente, até juraria que ele escondia algo. Mas não foi para isso que a chamei, para descobrir o que a incomodava ou o que passava dentro da sua cabeça, e sim para diminuir essa erupção dentro de mim deixada por Eliza.Não dei sequer