No breve momento em que Aby expulsou o filho do meu quarto, me direcionei ao banheiro. Estava prestes a entrar no chuveiro, quando ouço Aby atrás de mim.
— Quem fez isso com você?
Eu ainda conseguia sentir algo escorrer pela minha perna, e sabia que era sangue. Sem responder Aby, entro embaixo do chuveiro e deixo que a água lave todo aquele sangue.
— Lacey, querida... — eu soluço, e logo sinto seus braços ao meu redor. — Eu sinto tanto.
Sorrio para a gentil mulher e refaço o caminho para o segundo andar da casa. Antes que eu pudesse pensar em ir para meu quarto, observo a porta entreaberta de Brandon.Ao entrar, noto a pequena bagunça do lugar. Brandon não era perito em manter o lugar arrumado e aquilo era nítido. Subo em sua enorme cama e sento-me, observando o homem embaixo das enormes cobertas.O peito de Brandon estava nu e estava rezando que fosse apenas o peito mesmo. Seria estranho demais estar em sua cama, com ele pelado... ou não. No quarto tinham três beliches e uma cama no meio. A minha era um dos beliches no canto direito.— Deita aqui. — digo, já fazendo o mesmo. — Olha isso aqui.Aponto para a cama de cima, onde tinham vários rabiscos meus.— Quem é Math? — Brandon pergunta, passando o dedo pelo rabisco que fiz.— Ah, hahaha. Minha primeira paixonite. Ele era bem maQuinze
— O que você quer que eu diga, Lacey? O cara estuprou você! Ele te machucou. Não aguentei ver ele andando pelos corredores como se nada tivesse acontecido.Cubro meu rosto com as mãos e ando de um lado para o outro.— Ok... bem, é apenas uma suspensão, certo? Então você irá fazer as provas finais... não é o fim...— Não. — o olho. — A diretora foi bem clara. Minha suspensão acarreta em não fazer as provas e n&a
Já no quarto, estava organizando algumas coisas que estavam jogadas, quando ouço batidas na porta. Ao me virar, vejo Brandon entrar.— Você não vai? — pergunta.— Não... quero dormir.Brandon se aproxima de mim e passa suas mãos pelos meus braços, ombros e segura meu rosto.— Você sabe o quão grato eu sou, não sabe?
Enquanto aguardo, percebo pela minha visão periférica, que um homem no final do balcão, me encarava sem parar.— Aqui está. — o barman diz, já colocando um copo com o que pedi, à minha frente.Sorrio em agradecimento e pego o copo. Viro-me e fico encostada no balcão, enquanto bebo o refrigerante.— Boa noite a todos. — a voz de Mark sai pelas caixas de som, espalhadas pelo salão. — Quero agradecer a todos pela presença no nosso le
Assim que acordo, decido preparar um café para Brandon e levá-lo na cama.— Bom dia, menina. — Úrsula diz, assim que entro na cozinha. — Quer alguma coisa?— Bom dia! Não, não se preocupe. Vou preparar algo para Brandon tomar lá em cima. Cadê os pais dele?— Saíram bem cedo. Nem café tomaram.— Que estranho. —
[Semanas depois]Algumas semanas se passaram, desde o dia em que eu tive uma discussão com Brandon, descobri sobre minha família e me tornei uma Lennox.Bem, oficialmente Lennox tem alguns dias, mas desde aquele dia, que eu não tinha o mínimo de contato com Brandon. Se ele chegava, eu saia. Se eu chegasse onde ele estivesse, dava meia volta e voltava para onde estava. Ele até tentou fazer com que conversávamos, mas eu não trocava meia palavra com ele.— Sua picuinha com Brandon j
— Não sei se consigo ir. — digo, parada na soleira da porta.— Eu te entendo, minha querida. — Mark passa seu braço pelo meu pescoço e me abraça carinhosamente. — Mas nós precisamos ir.— Se eu entrar naquele carro, sei que será definitivo. Nunca mais irei vê-la.Sinto o peito de Mark subir e descer e logo depois um breve beijo em meu cabelo.Último capítulo