Janne Romano Acordo na manhã seguinte com o corpo todo dolorido, como se tivesse sido atropela por um elefante. Procuro com Matteo na cama e já não o encontro. Ele tinha dito que iria para Roma resolver uns assuntos. Tomei meu banho, troquei de roupas e desci para a cozinha. Cumprimentei a todos com um sorriso radiante, mas minha alegria não foi compartilhada pelos outros._ O que houve Lolita? Por que está tão séria?_ Nada, senhora. Estou bem, obrigada. Posso servir o seu café?_ Sim. Estou com muita fome – Respondo e ela me serve como se eu fosse uma estranha._ Eu te fiz alguma coisa? – Pergunto por fim._ De modo algum. Devo lhe servir chá ou café? – Ela pergunta séria._ Café – Agradeço ainda sem entender e quando vou a cozinha, cumprimentar o restante dos funcionários, aqueles com quem tinha afinidade, percebo que estão todos distantes._ Que bom que finalmente acordou – Diz nona atrás de mim – Qual será o cardápio de hoje?_ Matteo não irá almoçar em casa, Luigi e Dian
Janne Romano Eu não só bebo, como desmaio de tanto que bebi com Dulce na sua festinha de pré-despedida em seu apartamento. Nós duas comemos, dançamos e bebemos sem pensar no que seria do futuro. Outras duas amigas do trabalho dela também nos ajudaram a fazer a bagunça e o som rolou solto noite adentro. Claro que com as portas fechadas, para evitar problemas com os vizinhos, mas a festa que daríamos no clube, superaria todas. Quando acordei, no dia seguinte, minha cabeça latejava horrores._ Drog@! – Choraminguei abrindo os olhos – Dulce... eu preciso de remédio._ Dulce não está – A voz de Matteo ressoou de algum lugar. Levantei o corpo apressada, procurando por ele, mesmo sabendo que isso não era possível pois ele estava em Roma. Matteo estava sentado na poltrona do quarto me olhando com uma cara de quem queria o meu pescoço._ O que está fazendo aqui? – Perguntei limpando a garganta, só então me dando conta de que estava em nosso quarto._ O que são essas marcas em seus
Matteo Romano Chego a Roma as três horas da tarde. A velha Caccini tinha nos convidado para um chá na mansão, onde daria sua resposta final a minha proposta. Luigi tinha retornado para Bellano, deixando Fabrizio sozinho na casa de nossa tia avó, Bastiana. Ela era a irmã mais nova de nona e só a víamos quando íamos a Roma. Apesar da idade avançada era igualmente dura, assim como nona. A minha cara não estava boa, mas a cara de Fabrizio servia como consolo, ele estava pior do que eu._ Eu não estou preparado – Ele reclama pela vigésima vez – Não se trata da garota. Se ela gosta de rezar, tudo bem, não serei eu quem irá comprar briga com deus, mas eu não sou o tipo de homem para fazer parte daquela família._ Nenhum homem está preparado para casar até estar casado – Diz tia Bastiana nos servindo chá._ Já estamos de saída, tia – Aviso recusando a xícara que me oferece._ O problema não é a garota. Se nos casássemos e ela viesse morar comigo em Bellano, seria outra históri
Janne Romano Chego a festa de Dulce e a encontro toda produzida logo no barzinho do hall da entrada. Ela estava conversando com outras duas garotas e quando me viu abriu um sorriso largo._ Você está um arraso! – Disse me dando um abraço – Está tudo certo com o marido? Ele está mais calmo. _ Ah, sim – Falo tentando disfarçar o tumulto de emoções ruïns que Matteo tinha me feito sentir o dia inteiro. Depois que Matteo disse que não tinha horas para voltar, tinha simplesmente desaparecido e não dado nenhuma notícia. Eu também não liguei pra ele. Ele não me ligou, por que eu ligaria? _ Quem são esses caras? – Dulce pergunta olhando por cima de meus ombros. Viro imediatamente para ver de quem está falando e me deparo com uns seis seguranças de terno._ Devem ser os seguranças da boate._ Vamos subir – Ela me puxa para dentro da boate, onde o som é ensurdecedor. As outras duas garotas nos seguem. Dulce aponta para o outro lado do salão, gritando que iriamos precisar atravess
Janne Romano Levanto do sofá em um pulo enfurecido, mas ele me segura pela cintura, me impedindo de se afastar dele._ Onde pensa que vai? – Pergunta me mantendo presa – Não seja impaciente. A festa da sua amiga não vai mudar de lugar se você se atrasar um pouquinho._ O que vai fazer? – Pergunto e logo três mulheres seminuas entram na sala. Matteo senta no sofá espaçoso, me puxando para o seu colo. A música da sala fica mais agitada e os seguranças saem fechando a porta, nos deixando apenas com as dançarinas._ Quem disse que podia sair de casa sozinha com um vestido curto desses, Janne Romano? – Ele sussurra a pergunta com seu rosto colado ao meu, puxando a gravata do pescoço com uma mão, enquanto me prende com a outra. As garotas começam a dançar de forma obscena, no ritmo da música agitada._ E com que tipo de roupa eu deveria vir? Uma saia no tornozelo? – Pergunto tentando me soltar dele – Mande elas saírem daqui. Não vou admitir que fique aqui sozinho com três mulheres
Janne Romano Matteo e eu aproveitamos a sala VIP para mais uma rodada, desta vez comigo sentada no colo dele. Não sei se era o lugar, a música ou a bebida, mas foi intenso, avassalador, diferente de todas as outras vezes. Simplesmente perfeito. Antes de deixarmos a boate, passei na festinha de Dulce para me despedir, mas ela estava trilouca, dançando no colo de um dos strippers. Dulce era fogo. Desisti da despedida e deixei a boate com Matteo na minha cola. No dia seguinte, acordei tarde e para variar, Matteo já não estava na cama. Desde que tínhamos nos casado, eu nunca tinha visto ele levantar. Ele realmente levava a sérios seus treinos matinais. Quando desci para o café da manhã, me dei conta de que já era quase o horário do almoço, então decidi aguardar._ Para a dona da casa, você é muito despreocupada – Reclamou nona atrás de mim._ Não vamos ter nenhuma ocasião especial nona – Me defendi dando um passeio na cozinha._ Ainda não aprendeu a fazer os pratos favorito
Matteo Romano_ Puxa – Janne reclama sem paciência, enquanto eu tento subir o zíper de seu vestido. Já estávamos atrasados para o jantar e aquele era o terceiro vestido que ela tentava vestir._ Eu não vou – Ela bufa furiosa – Nenhuma roupa me serve – Reclama._ Tem uma infinidade de vestidos aqui. Com certeza vai encontrar algo que fique bom._ Não. Eu queria esse – Reclama inconformada._ Queria esse, mas ignora o cardápio da nutricionista. É meio ilógico._ Por favor amor – Ela choraminga sentando na cama._ Não faz esse biquinho. Você está linda. Escolha outra roupa._ Você acha mesmo? Eu acho que estou engordando._ Gorda ou magra, você é a minha bambina comilona._ Matteo... – Ela chia brava, mas não resisto a provocação. Ela realmente era uma fofura mesmo com o rostinho mais cheio e os quadris mais largos. Meu celular toca. Eu atendo e deixo Janne brigando com os vestidos. O casamento de Fabrizio não foi uma ideia apreciada pelo restante da família, o que já era esperad
Matteo Romano Como era o esperado, ficamos hospedados na mansão Caccini. Luigi ficou encarregado da segurança do local e todos os funcionários contratados para o evento foram revistados. Luigi era muito eficiente quando o assunto era segurança. Ele tinha um faro fino para encontrar qualquer irregularidade. Janne, Giorgina e Diana aproveitaram a tarde para passearem por Roma e fazerem compras, já nona foi visitar sua irmã, tia Bastiana. Fabrizio e eu passamos o restante da tarde reunidos no escritório da mansão, reavaliando a certidão de casamento do velho Caccini que tinha deixado sua esposa sem direito a absolutamente nada por causa do casamento com separação total de bem. Da mesma forma que meu pai fez com Geovana. No nosso mundo, isso era muito comum, pois era uma forma de garantir a fidelidade da esposa, o que era um tanto redundante, já que traição nunca terminava bem. Quando a mulher não morria, fugia sem direito a nada._ No seu caso, o casamento será com comunhã