Percebendo a respiração de Hollie mudando, Lennon encostou o carro no meio-fio e virou-se para a esposa. Ela estava pálida. Ao ver os lábios de Hollie tremendo, bem como as mãos, Lennon pegou o telefone dela e o levou à orelha.— Aqui é Lennon Dodson, marido de Hollie. O que está havendo? Aconteceu algo com o menino?— Senhor, eu não sei como, mas Thomas Dalton sumiu durante o passeio! Primeiro, o choque, depois a preocupação e, logo, a raiva se juntou ao turbilhão de sentimentos de Lennon. — O que… Como assim ele sumiu? Estão na delegacia? — A-ainda não, senhor Dodson… — Então mandem o responsável da escola para lá, porque Hollie e eu estamos indo. Ele desligou, os olhos injetados. Lennon não conseguia acreditar! Além disso, ele não achava que fosse um travessura ou simplesmente algo como “o menino se machucou e se perdeu”. Não, nada nessa linha. Ele desconfiava que ali tivesse dedo de alguém, fosse inimigo dele nos negócios, ou… Lennon não diria imediatamente, mas ele podia a
As buscas não deram em nada. Quando soube do caso, Millana pediu as câmeras de seguranças e percebeu que Thomas parecia ter ouvido alguma coisa, porque ele se virou. O menino olhou para o grupo, deu até mesmo um passo naquela direção, porém, novamente olhou para trás. Ele foi na direção oposta a dos amigos e da professora. A gravação mostrava que havia ali um ponto cego, então, ou foi bem planejado ou apenas sorte do raptor. A próxima cena, já pelo lado de fora, mostrava alguém de costas, vestido de preto e com boné, carregando algo, e, pela forma como a pessoa andava, era algo não tão pesado, mas um pouco difícil de transportar. — Quero a equipe do lado de fora, pela saída B! — Millana disse, balançando a cabeça. Pelos últimos acontecimentos, ela mesma tinha suspeitas com relação aos Calhoun. Marcel estava andando de um lado para o outro no próprio escritório de casa. Hollie não tinha ligado para ele, e ele não sabia se era uma recusa ou se ela ainda estava pensando. Pensar que el
— Não estou mentindo, mãe — Hollie ofereceu seu melhor sorriso. — Thomas está bem e logo ele vai vir aqui. Ele tem se divertido muito. Martha sorriu, mas a sensação de que a filha lhe mentia não desapareceu. Ela conhecia Hollie muito bem! — Tudo bem — ela falou e suspirou.— Quando vai ser a nova sessão? — Hollie perguntou. — O médico disse algo sobre a senhora poder sair daqui? Ir pra casa? — Ainda não. Eu preciso ficar aqui até melhorar mais — Martha já não tinha muitas esperanças. — Francamente, Hollie, se isso for se prolongar demais eu não quero. Hollie engoliu em seco. — O que a senhora quer dizer com isso? O sorriso de Martha ficou ainda mais triste e ela olhou pela janela do quarto. — Estou cansada e com dor. Não quero passar o resto dos meus dias aqui — ela então olhou para a filha. — Não acha que é muito castigo? Tortura, até? Hollie alcançou a mão da mãe e a pegou, beijando-lhe o dorso. — Mãe, a senhora vai ficar melhor. Eu sei que sim. O médico não falou nada sobr
— Acho que é da mulher… a mais velha. A bruxa chata. Milana pegou imediatamente a placa do carro e verificou. Ela viu que não estava no nome dos Calhoun, mas no de uma empresa de segurança. — Pertence ao senhor Calhoun. Fizemos propaganda pra eles. Uhum — Gabriel estava bêbado, o que deixou Milana impressionada. “Ele não é inútil!”Ela procurou os dados da tal empresa e confirmou o que Gabriel tinha dito.— Não mereço um beijinho? — ele perguntou e Milana revirou os olhos, mas segurou o rosto dele e o beijou. Gabriel manteve os olhos fechados por uns segundos depois que Milana já tinha se afastado dele. Ele a observou enquanto ela trabalhava e, então, Milana se levantou, pegou o casaco dela que estava no encosto da cadeira e as chaves do carro. — Anda, vamos — ela disse para Gabriel, que fez beicinho mas se levantou. — Pra onde? — os olhos dele brilhavam, cheios de ilusões de que Milana o levaria para casa e eles passariam uma noite inesquecível. — Você, eu não sei, além de ir
— Com licença — Milana não ficaria dando explicações a Marcel. Na verdade, ela já tinha até falado demais! — Não deixem que o senhor Calhoun saia daqui.Assim, ela foi para o hospital, onde Lennon e Hollie estavam.— O que aconteceu? — Milana perguntou e Lennon foi quem se virou para ela. Hollie estava abalada demais.— Aparentemente, alguém mostrou um vídeo de Thomas, preso, para Martha — ele falou, soltando o ar, claramente cansado. Havia olheiras debaixo dos olhos de Lennon.— Quem foi?— Uma enfermeira. Ela está na sala do diretor — Lennon disse e Milana apenas colocou a mão no braço dele, num gesto de ‘eu sinto muito’ e se
Após ouvir a resposta, Milana pediu que enviassem a ela por mensagem e as localizações. Em menos de dois minutos, ela já estava rolando a tela e uma das propriedades tinha sido alugada recentemente. Era distante da cidade, e Milana estreitou os olhos. “O que ela teria para comprar ali?” POLICIAL JONHSTON: A senhorita Calhoun retornou à residência. MILANA: peça para que ela vá para a delegacia. Tô saindo daqui. Quero que mande duas viaturas para fazer varredura, com descrição, no endereço que vou mandar. POLICIAL JONHSTON: Sim, senhora. Milana foi para o elevador rapidamente. A sensação de que cada minuto que passava era perdido e poderia significar a morte do menino, era terrível. Milana sentia-se diretamente responsável, afinal, era ela quem tinha que achar a criança e o criminoso. A criminosa, aparentemente. E o pior era que a mulher tinha estado ali no hospital, debaixo do nariz de todo mundo! “Que ódio!” ela bufou. “Pelo menos a mulher não foi esperta o suficiente para coloc
— Ordem, aqui! Onde pensam que estão? — um policial apareceu e se colocou no meio. — Não fiz nada com o seu irmão! — Chelsea se defendeu, indo para trás do pai. — Foi você que mandou o vídeo pra minha mãe?! Heim?— Que vídeo? — Marcel perguntou e olhou para Chelsea. — Já falei que não fiz nada! Se eu fosse mexer com alguém, seria com essazinha aí! — Chelsea disse e torceu a boca. — O que vocês acham que eu sou, heim? — É bom que não tenha feito nada mesmo, Chelsea — a voz de Lennon era uma clara ameaça. — Já disse que não! O telefone de Marcel tocou em meio a confusão e ele achou estranho ao ver o número sem identificação. Ele levantou a mão e atendeu. — Marcel Calhoun. — A-amor… — era a voz de Simone, chorosa.— Simone? — todos se calaram ao ouvir isso. — Onde você tá? Tá chorando? — E-eu… eu não sei onde estou! — ela chorou mais. — Por favor, me ajuda! Amor! Marcel olhou para Milana e esta fez sinal para ele ir para o escritório dela. Ele continuou falando com Simone e col
CENAS SENSÍVEIS. Com cuidado, os policiais se aproximaram. Milana estava andando acocorada, arma em punho, pronta para atirar se necessário. O som de uma criança chorando chegou aos ouvidos dela e ela fez sinal para os companheiros dela pararem. Com a mão livre para cima e depois para a lateral da casa, ela indicou para onde estava indo. Mais um sinal e apenas dois policiais foram com ela, enquanto os outros cercavam o local. — Seu fedelho maldito! — uma voz feminina soou e um barulho de baque contra carne. Milana apertou os dentes. Era óbvio o que estava ocorrendo. — Você não passa de uma porcaria! Igual a sua mãe e a sua irmã! — Não! Não fala assim delas! — mesmo chorando e com medo, Thomas não ficaria calando enquanto alguém falava mal da família dele! — Falo! — ela puxou a orelha da criança. — Se não fosse aquela desgraçada da sua irmã, o meu marido não teria se encontrado com a Martha e nada disso estaria acontecendo! Simone soltou uma risada de deboche. — Culpa e a sua ir