CENAS SENSÍVEIS. Com cuidado, os policiais se aproximaram. Milana estava andando acocorada, arma em punho, pronta para atirar se necessário. O som de uma criança chorando chegou aos ouvidos dela e ela fez sinal para os companheiros dela pararem. Com a mão livre para cima e depois para a lateral da casa, ela indicou para onde estava indo. Mais um sinal e apenas dois policiais foram com ela, enquanto os outros cercavam o local. — Seu fedelho maldito! — uma voz feminina soou e um barulho de baque contra carne. Milana apertou os dentes. Era óbvio o que estava ocorrendo. — Você não passa de uma porcaria! Igual a sua mãe e a sua irmã! — Não! Não fala assim delas! — mesmo chorando e com medo, Thomas não ficaria calando enquanto alguém falava mal da família dele! — Falo! — ela puxou a orelha da criança. — Se não fosse aquela desgraçada da sua irmã, o meu marido não teria se encontrado com a Martha e nada disso estaria acontecendo! Simone soltou uma risada de deboche. — Culpa e a sua ir
— Ele não teve ferimentos graves, mas está um pouco desidratado. Preciso saber se ele é diabético, para podermos injetar o soro nele. — Não, não — Hollie disse, esfregando as mãos. — Posso vê-lo? — Claro. Preciso só de algumas respostas, tudo bem? O policial já havia avisado a situação, por isso, a médica sabia que não era um caso de maus tratos familiares e o Conselho Tutelar não precisaria ser envolvido. Após falar com a médica, Hollie e Lennon foram levados para o quarto de Thomas e os olhos dele brilharam assim que viu a irmã e o cunhado. Hollie correu até ele e o abraçou forte, chorando. — Meu bebezinho, meu amor! — ela falou, apertando o menino e enchendo-o de beijos. — Eu fiquei tão preocupada… Thomas levantou as mãozinhas e limpou as lágrimas do rosto da irmã. — Eu to aqui, irmã — ele falou e ela o abraçou de novo. — Não sobra um abraço pra mim? — Lennon perguntou e Hollie sorriu, soltando o pequeno e dando um passo para o lado. — Ah! Campeão, que susto! Hollie ficou
Os lábios de Chelsea tremeram e ela abraçou Hollie de volta. — Não gosto de você, ainda! As duas riram. — Pelo menos vamos começar de novo — Hollie se afastou e estendeu a mão para Chelsea. — Eu sou Hollie Dodson. Chelsea inspirou fundo. — E eu sou Chelsea Calhoun. Marcel observou pela janela da porta e sorriu. Agora, só o que faltava era ele conseguir o perdão de Martha. E, claro, vê-la feliz e saudável. Ele contrataria os melhores médicos! Stanley estava no telefone com Lennon quando a notícia sobre a prisão de Simone foi anunciada na TV. Nia, que estava sem ânimo para o salão, tinha a manicure em casa. Assim que o nome da amiga foi mencionado, ela virou o rosto imediatamente. Ela afastou a manicure e correu atrás do marido, que não parecia abalado. — Stan, Stan! — ela falou, balançando as mãos, os cabelos com bobs, as mãos com os dedos abertos devido ao esmalte. Stanley segurou um riso. — Amor, você não vai acreditar! — O que houve? Não me diga que Simone foi presa!Nia a
Os olhos de Lennon estavam brilhando com uma fúria nunca antes vista. Ele soltou o pulso de Joana com força, fazendo-a quase cair. — Ashton, providencie a demissão da senhorita Gomez. Joana arregalou os olhos e balançou a cabeça. — Não, senhor Dodson! Mas… Isso não é justo! — Você estava prestes a agredir uma funcionária! Como isso não é justo? Esse tipo de comportamento não é tolerado! — os olhos dele varreram a sala inteira. A raiva de Joana não podia mais ser segurada. — É injusto! O senhor só a defende porque é o amante dela! Eu os vi chegarem juntos! — Lennon levantou as sobrancelhas, estreitando então os olhos, desafiando Joana a continuar. — Ela mesma disse que é casada! — É mesmo? — Lennon perguntou e olhou para Hollie. — Sim! — Joana olhou ao redor, querendo a simpatia dos outros. — É casada e tem outro amante. Tyler Bruks! Lennon inspirou fundo. Ele não gostou nada daquilo! — Eles dois saíram juntos! Eu vi! Eu só estava colocando essa vadia no lugar dela! — Joana s
Ao chegar até o bar, Milana foi levada até Gabriel, que estava mais do que bêbado. Assim que ele a viu, levantou a cabeça que estava apoiada no balcão, todo sorridente. — Meu amor! — ele falou enrolado e abriu os braços. Milana viu que ele não parecia muito bem. Ela inspirou fundo. — Obrigada — ela falou para o barman, que assentiu e perguntou se ela precisava de ajuda para levar Gabriel. Ela aceitou e, logo, deu partida no carro. — Amor… — Milana ignorou. Ela não sabia se poderia deixá-lo sozinho na casa dele, ou se deveria levá-lo para o apartamento dela. Ela optou pela segunda opção, porque ele parecia não estar muito bem e ela não queria ser depois responsabilizada. Chegando lá, Gabriel mal conseguia andar. Ele se apoiou nela e Milana agradeceu aos céus quando chegaram ao sofá e pode deixá-lo cair no móvel. — Deus, você pesa! — ela reclamou e se esticou. Porém, ao tentar se afastar, Gabriel a segurou pela cintura. — Você cheira tão bem! — Não posso dizer o mesmo de você — e
— Se está tão desesperado, pode procurar outra. Minha resposta é não! — Milana passou por Gabriel, que correu atrás dela e a abraçou. Ela se debateu. — Eu vou bater em você! — Se esse é o seu fetiche, eu tô dentro — Gabriel falou e virou Milana, beijando-a. A luta de Milana não demorou muito, até ela estar na cama, com ele por cima. Gabriel ficou mais de joelhos e a puxou para ele, as pernas dela por cima dos braços dele. — Inferno de mulher gostosa! Milana colocou a mão no peitoral de Gabriel para empurrá-lo, mas não o fez imediatamente. Gabriel sorriu e moveu os músculos, brincalhão. — Preciso tomar banho. Tenho que… tenho que trabalhar — a voz dela saiu com dificuldade. A garganta estava seca. — Podemos tomar banho juntos — ele disse. Milana notou que Gabriel estava muito limpo. — Eu usei seu banheiro antes de cozinhar. Isso inclui a sua escova de dentes. Milana deu um tapa no peito dele, mas Gabriel apenas riu. — Não acredito! — Ah, por favor. Já fizemos muitas coisas com n
Gabriel colocou o pacote de rosquinhas no banco do passageiro e pegou o celular, ligando para Milana. Ela pegou o celular e rejeitou a ligação dele. Gabriel franziu a testa. Ele ligou de novo, apenas para ter o mesmo resultado. Saindo do carro, ele atravessou a rua, os olhos fixos em Milana. — Eu já disse que ela sente a sua falta! — o homem falou. Ele parecia não ser muito mais velho do que Milana. Ela colocou a mão na cintura. — Não vou visitar. Para com isso! — Somos uma família! Acha que é fácil ter que dizer todas as vezes que você tá ocupada demais para vê-la? Gabriel parou de andar. Milana não tinha percebido ele ali, ainda. “Ela tem uma filha ou algo assim? Quem é esse cara? Como assim ‘família’?”— Não! E eu já disse que cortei laços com vocês! — Não pode simplesmente “cortar laços”! Gabriel não ouviu mais e saiu dali. Seria por isso que Milana não queria nada com ele? Não, ela queria, mas ela visava casamento. Ele tinha pensado muito sobre o motivo de Milana nem mes
Gabriel tinha mentido para ela. As mãos de Milana tremiam. Ela respirou fundo algumas vezes e resolveu perguntar antes de tirar conclusões precipitadas. Vai que era uma outra relação que ele tinha com a mulher? MILANA: Eu vi algo na TV. Sobre você e uma outra mulher serem um casal. Isso é verdade? Os minutos passavam e não havia resposta de Gabriel. Milana colocou o telefone de lado e pegou o travesseiro, soltando um urro de frustração contra o pano da fronha. DING!Ela pegou rapidamente o aparelho dela. Era uma mensagem de Gabriel.GABRIEL: Sim. Seco, curto. Milana soltou um riso de desdém para si mesma. Ela realmente achou que aquele homem pudesse ter interesse nela? — Ainda bem que eu não levei nada adiante! MILANA: Parabéns! E ela o bloqueou e deletou o contato dele. Se ele estava com aquela mulher, ele tinha brincado com as duas ao mesmo tempo. Milana sentiu um certo nojo de si mesma. Ela era a amante, então? Sim, ela tinha sido a amante! Se tinha uma coisa que Milana det