— Senhor Burks, por favor, com licença — Hollie falou ao ver que o homem não se afastou dela. — É que hoje vai ter um happy hour e acredito que vá te fazer bem. Outras pessoas da empresa vão! — ele sorriu e Hollie abriu a boca para falar, mas Lennon apareceu. — O que está acontecendo? — ele falava por entre dentes e Tyler sorriu ao ver o patrão. — Senhor Dodson, oi! Eu estava aqui convidando Hollie para um happy hour! As mãos de Lennon coçavam para fazer duas coisas: uma, puxar Hollie para ele e demarcar território; dois, para socar Tyler pelo atrevimento!— Happy Hour? Eu soube que o marido da senhora Dalton é muito ciumento — Lennon disse, tentando não pular no pescoço do homem de sorriso fácil. — Ah… acredito que seja mais um motivo para ela ir! Ele não pode prendê-la! Lennon olhou para Hollie, que estava cansada e só queria ir para casa, mas ainda precisava buscar o irmão, portanto, livrar-se de Tyler era essencial. — Senhor Burks, eu não estou sendo presa. A decisão é minh
Depois que Thomas dormiu, Hollie e Lennon sentaram para conversar. — Amor, por favor, deixa que eu apresente você por quem você é: não só uma funcionária, mas também a minha esposa. Hollie soltou o ar. — Só… me dá mais um tempinho, tudo bem? Um mês. E aí, vamos aparecer juntos. Lennon assentiu. Ele não estava completamente satisfeito, porém, já era algo. Um mês… Ele teria que esperar mais um mês. “Mas não para demitir quem merece sair!” ele disse a si mesmo e aproximou-se da esposa, acariciando-lhe o braço. — Hollie… eu lembrei de uma coisa, hoje. Ah… você tá tomando alguma coisa? — ela franziu o cenho, claramente confusa. Lennon passou a língua pelos lábios. — Você tá tomando algum contraceptivo? Hollie piscou algumas vezes e o olhar dela ficou vazio. Lennon, involuntariamente, sorriu. — Ah, minha nossa! — Hollie se levantou do sofá, uma mão na testa. Lennon colocou-se de pé, também. — Lennon… eu, eu deveria ter ido ao médico, mas aí… Ela virou-se para ele com uma expressão
Percebendo a respiração de Hollie mudando, Lennon encostou o carro no meio-fio e virou-se para a esposa. Ela estava pálida. Ao ver os lábios de Hollie tremendo, bem como as mãos, Lennon pegou o telefone dela e o levou à orelha.— Aqui é Lennon Dodson, marido de Hollie. O que está havendo? Aconteceu algo com o menino?— Senhor, eu não sei como, mas Thomas Dalton sumiu durante o passeio! Primeiro, o choque, depois a preocupação e, logo, a raiva se juntou ao turbilhão de sentimentos de Lennon. — O que… Como assim ele sumiu? Estão na delegacia? — A-ainda não, senhor Dodson… — Então mandem o responsável da escola para lá, porque Hollie e eu estamos indo. Ele desligou, os olhos injetados. Lennon não conseguia acreditar! Além disso, ele não achava que fosse um travessura ou simplesmente algo como “o menino se machucou e se perdeu”. Não, nada nessa linha. Ele desconfiava que ali tivesse dedo de alguém, fosse inimigo dele nos negócios, ou… Lennon não diria imediatamente, mas ele podia a
As buscas não deram em nada. Quando soube do caso, Millana pediu as câmeras de seguranças e percebeu que Thomas parecia ter ouvido alguma coisa, porque ele se virou. O menino olhou para o grupo, deu até mesmo um passo naquela direção, porém, novamente olhou para trás. Ele foi na direção oposta a dos amigos e da professora. A gravação mostrava que havia ali um ponto cego, então, ou foi bem planejado ou apenas sorte do raptor. A próxima cena, já pelo lado de fora, mostrava alguém de costas, vestido de preto e com boné, carregando algo, e, pela forma como a pessoa andava, era algo não tão pesado, mas um pouco difícil de transportar. — Quero a equipe do lado de fora, pela saída B! — Millana disse, balançando a cabeça. Pelos últimos acontecimentos, ela mesma tinha suspeitas com relação aos Calhoun. Marcel estava andando de um lado para o outro no próprio escritório de casa. Hollie não tinha ligado para ele, e ele não sabia se era uma recusa ou se ela ainda estava pensando. Pensar que el
— Não estou mentindo, mãe — Hollie ofereceu seu melhor sorriso. — Thomas está bem e logo ele vai vir aqui. Ele tem se divertido muito. Martha sorriu, mas a sensação de que a filha lhe mentia não desapareceu. Ela conhecia Hollie muito bem! — Tudo bem — ela falou e suspirou.— Quando vai ser a nova sessão? — Hollie perguntou. — O médico disse algo sobre a senhora poder sair daqui? Ir pra casa? — Ainda não. Eu preciso ficar aqui até melhorar mais — Martha já não tinha muitas esperanças. — Francamente, Hollie, se isso for se prolongar demais eu não quero. Hollie engoliu em seco. — O que a senhora quer dizer com isso? O sorriso de Martha ficou ainda mais triste e ela olhou pela janela do quarto. — Estou cansada e com dor. Não quero passar o resto dos meus dias aqui — ela então olhou para a filha. — Não acha que é muito castigo? Tortura, até? Hollie alcançou a mão da mãe e a pegou, beijando-lhe o dorso. — Mãe, a senhora vai ficar melhor. Eu sei que sim. O médico não falou nada sobr
— Acho que é da mulher… a mais velha. A bruxa chata. Milana pegou imediatamente a placa do carro e verificou. Ela viu que não estava no nome dos Calhoun, mas no de uma empresa de segurança. — Pertence ao senhor Calhoun. Fizemos propaganda pra eles. Uhum — Gabriel estava bêbado, o que deixou Milana impressionada. “Ele não é inútil!”Ela procurou os dados da tal empresa e confirmou o que Gabriel tinha dito.— Não mereço um beijinho? — ele perguntou e Milana revirou os olhos, mas segurou o rosto dele e o beijou. Gabriel manteve os olhos fechados por uns segundos depois que Milana já tinha se afastado dele. Ele a observou enquanto ela trabalhava e, então, Milana se levantou, pegou o casaco dela que estava no encosto da cadeira e as chaves do carro. — Anda, vamos — ela disse para Gabriel, que fez beicinho mas se levantou. — Pra onde? — os olhos dele brilhavam, cheios de ilusões de que Milana o levaria para casa e eles passariam uma noite inesquecível. — Você, eu não sei, além de ir
— Com licença — Milana não ficaria dando explicações a Marcel. Na verdade, ela já tinha até falado demais! — Não deixem que o senhor Calhoun saia daqui.Assim, ela foi para o hospital, onde Lennon e Hollie estavam.— O que aconteceu? — Milana perguntou e Lennon foi quem se virou para ela. Hollie estava abalada demais.— Aparentemente, alguém mostrou um vídeo de Thomas, preso, para Martha — ele falou, soltando o ar, claramente cansado. Havia olheiras debaixo dos olhos de Lennon.— Quem foi?— Uma enfermeira. Ela está na sala do diretor — Lennon disse e Milana apenas colocou a mão no braço dele, num gesto de ‘eu sinto muito’ e se
Após ouvir a resposta, Milana pediu que enviassem a ela por mensagem e as localizações. Em menos de dois minutos, ela já estava rolando a tela e uma das propriedades tinha sido alugada recentemente. Era distante da cidade, e Milana estreitou os olhos. “O que ela teria para comprar ali?” POLICIAL JONHSTON: A senhorita Calhoun retornou à residência. MILANA: peça para que ela vá para a delegacia. Tô saindo daqui. Quero que mande duas viaturas para fazer varredura, com descrição, no endereço que vou mandar. POLICIAL JONHSTON: Sim, senhora. Milana foi para o elevador rapidamente. A sensação de que cada minuto que passava era perdido e poderia significar a morte do menino, era terrível. Milana sentia-se diretamente responsável, afinal, era ela quem tinha que achar a criança e o criminoso. A criminosa, aparentemente. E o pior era que a mulher tinha estado ali no hospital, debaixo do nariz de todo mundo! “Que ódio!” ela bufou. “Pelo menos a mulher não foi esperta o suficiente para coloc