Capítulo 51 Maria Luíza Duarte Saí do banheiro com os cabelos ainda úmidos, o corpo envolto na toalha e um sorriso de pura satisfação no rosto. Sentia cada músculo do meu corpo ainda vibrando pela intensidade do que havia acontecido momentos antes. Alexei mal olhou para mim ao passar em direção ao banheiro, mas o brilho predatório em seus olhos foi suficiente para me fazer estremecer. Ele sabia o que tinha feito comigo, e eu sabia o que tinha feito com ele. Fui até o closet, me vesti com calma e, quando terminei, ele já estava de volta. Banho rápido como sempre, cabelo ainda pingando água, mas impecável. Ele vestiu-se em silêncio, enquanto eu finalizava os últimos retoques no espelho. Troquei um olhar rápido com ele pelo reflexo, e Alexei apenas arqueou uma sobrancelha, um gesto que me dizia que, mesmo sem palavras, ele sabia que estávamos ficando conectados. Pouco tempo depois, estávamos no restaurante, um local discreto e sofisticado como Alexei preferia. As p
Capítulo 52 Don Alexei Kim Tirei Malu daquele restaurante. Não sei que merda é essa que essas mulheres resolveram perturbar a minha vida. De volta em casa, percebi ela inquieta. — O que foi, Malu? — encostei na porta, ela me olhou e sentou na cama. — Quem era aquela mulher? Primeiro foi Irina, agora... — balançou a cabeça, sem terminar de falar. — Eu nunca fui de relacionamentos, Malu. Tive várias mulheres, todas virgens que não podiam se relacionar com outros homens. Eu banquei todas elas, mas quando casamos isso acabou. Meu pai pagou uma compensação a cada uma, mas imagino que não estejam satisfeitas com a boa vida que perderam. Talvez ainda precisemos colocar algumas no lugar. — Que horror... por isso ela se achava tanto, esbanjando joias. — É mais isso acabou, espero que tenha ficado claro para elas e para você. Odeio mulher ciumenta — ela balançou a cabeça. — Não sou eu, é você. Deveria rever alguns conceitos. Agora me dê licença que
Capítulo 53 Don Alexei Kim Precisei sair de casa, acompanhar a entrega do armamento que chegou. Só voltei no final do dia. Distraído abri a porta do quarto e me deparei com Maria Luíza sentada na cama, o celular encostado ao ouvido. Ela estava de costas pra mim, concentrada, não pareceu perceber a minha presença, o que imediatamente chamou minha atenção. Não era comum vê-la assim, tão focada em uma ligação. — Marco, você tem certeza disso? — ouvi-a dizer, o tom quase autoritário, algo que raramente usava. Minha mandíbula travou. Marco, aquele maldito soldado. O nome dele ecoou na minha cabeça como um alarme. Fechei a porta com um pouco mais de força do que pretendia. — Preciso que você investigue, Marco. Quero saber quem é essa mulher e quais as ligações dela com Anton. Sabe que me deve isso — Ela se levantou, caminhando até a janela enquanto falava e minha raiva só aumentava — Sim, a Chiara. Quero tudo o mais rápido possível sobre essa mulher. Antes que pudesse dizer mais
Capítulo 54 Don Alexei Kim Eu iria atrás dela, mas meu celular tocou, era Don Antony. — Don Alexei... poderia me explicar porque o soldado que enviei está em Roma? — respirei fundo. — Sim. Eu e a Malu pedimos para que ele verificasse algumas informações na casa, mas acredito que ele prefira ficar aí em Roma. De qualquer forma, a opção é dele — falei casualmente, se Marco me desobedecesse, morreria com certeza. — Hum... entendo. Pede para a Malu me ligar amanhã cedo, por favor. E avisa que Fred logo estará viajando pra Rússia, para analisar seu sistema de segurança — bufei. A casa é minha e ele diz como se fosse só dela. — Claro. Bom descanso, Don — cortei. — Pra vocês também. Quando desliguei fui em direção ao quarto do Anton. Ele teria que explicar essa história direito. Por sorte o encontrei no corredor, seu rosto roxo, nosso pai havia batido mais nele do que quando bati ontem. “Ótimo!“ Encostei Anton na parede com força, o impa
Capítulo 55 Maria Luíza Duarte Os gritos e o choro ainda ecoavam na minha cabeça, apertando meu peito como se não fossem embora. Mas, na água da piscina, com Alexei ali perto, comecei a sentir o peso se dissolver. Ele não disse nada, só ficou comigo, atento a cada movimento meu, como se estivesse cuidando de mim, com seu braço esticado na borda da piscina. Seu olhar era cheio de preocupação, e sua presença me envolvia como um abraço silencioso, me fazendo acreditar que, com ele ali, eu podia respirar. Ele é tão rude, mas as vezes tão bom pra mim. O que será que estou sentindo? Será que é apenas gratidão? Não... não parece. Quando saí da água, ele me envolveu com uma toalha e me conduziu até o quarto. As mãos firmes, mas gentis, seguravam minha cintura. — Toma um banho quente, Malu. Isso vai ajudar. — Ele ajeitou os cabelos molhados que grudavam no meu rosto, aquela mão grande, marcada com cicatrizes discretas, mas tão suave pra mim. Sua voz tinha um tom firme, m
CAPÍTULO 56 Don Alexei Kim Deitei na cama, puxando Malu para perto de mim. Senti sua resistência inicial, mas depois ela cedeu, deixando o corpo relaxar contra o meu. Era como se a tensão dela fosse um fio elétrico, pulsando entre nós. Não gostava de vê-la assim, tão frágil. — Apenas relaxe, Malu. Ela não respondeu de imediato, mas suspirou fundo. Seus dedos tremiam levemente, e eu segurei suas mãos, envolvendo-as com as minhas. Comecei a massageá-las com cuidado, sentindo os pequenos nós de tensão ali. — Por que faz isso? — ela murmurou, a voz quase um sussurro, como se estivesse entre o cansaço e a curiosidade. — Porque você carrega mais do que imagina, Malu, — respondi, deslizando os dedos pelas palmas dela. Ela ficou em silêncio, mas eu senti que minhas palavras a atingiram. Continuei os movimentos, pressionando levemente, vendo como seus dedos finalmente relaxavam sob o meu toque. — Isso... isso me ajuda, Alexei, — ela murmurou, quase inaudível. — P
CAPÍTULO 57 Don Alexei Kim (No dia seguinte) O som do meu celular vibrando ao lado da cama me tirou de um sono leve. Pisquei algumas vezes, ajustando a visão ao brilho da tela. Era Marco. “Uma chamada de vídeo?“ Olhei para Malu. Ela ainda dormia profundamente, seu rosto estava relaxado contra o travesseiro. Um breve sorriso tocou meus lábios ao vê-la assim. Tão tranquila, tão minha. Levantei devagar, tentando não acordá-la. Peguei o celular e caminhei até o quarto anexo, fechando a porta com cuidado antes de atender. A imagem de Marco apareceu na tela. Ele estava em um ambiente escuro, mal iluminado, e parecia tenso. — Don, eu consegui respostas, mas acho que você vai querer decidir isso pessoalmente. — Ele moveu a câmera, e o rosto de uma mulher surgiu na tela. Seu cabelo estava desalinhado, o olhar um misto de medo e desafio, me lembro de vê-la na casa dos pais da Malu. Franzi a testa, me aproximando do celular. — Chiara? O que diabos está acont
Capítulo 58 Maria Luíza Duarte Fui pelo corredor, procurando pela Neide, mas não encontrei. Sofia já estava acordada, e quando me viu, começou a mexer os bracinhos e as perninhas para que eu a tirasse dali. — Bom dia, princesa linda! — a segurei no colo, ela parecia feliz em me ver — Vamos tomar um banho? Neide sumiu, e você vai passear com a nova mamãe, e o papai... — levei a pequena pelo corredor, depois de pegar as suas coisas para o banho. Quando entrei no quarto, Alexei já não estava. Coloquei ela sobre a cama, tirei as minhas roupas, ficando só de lingerie e depois as dela. A enrolei numa toalha e enchi a banheira. Levei Sofia até a banheira com cuidado, a pequena me olhava com aqueles olhinhos azuis, brilhantes de curiosidade. Entrei com ela, sentindo a água morna envolver nossos corpos, e a acomodei em meus braços. — Está gostoso, meu amor? — perguntei, enquanto a água brincava com os dedinhos dela, que chutavam com animação. Sofia deu uma