CristineParo diante da vitrine e encaro o vestido que vi de longe. Ele é muito lindo e meu desejo de comprá-lo só aumentou ao vê-lo de perto.Mas sei que o preço é alto e não sei se devo me dar o luxo de comprá-lo.— Vejo que já escolheu. — Vanessa diz, parando ao meu lado.— Eu gostei desse.— Ele é realmente muito bonito e ficará incrível em você. — diz, sorrindo ao ver a beleza da peça.Estamos em um shopping, eu, ela e minha prima Vanessa. Ela nos convidou para ajudá-la a comprar o vestido para a festa de casamento de seus pais e eu aproveitei para escolher o meu.Dylan vai me apresentar como sua namorada a todos de sua família e amigos. Estou muito nervosa e com medo do que irão falar de mim. Afinal, sou pobre e órfã, enquanto ele é um multimilionário do setor da moda e muito famoso.— Sim, mas o vestido deve custar uma fortuna e não posso me dar ao luxo de comprar algo tão caro assim.— Pois peça para prová-lo. Se ele ficar bem em você, o que eu aposto que sim, ele será seu. É
Cristine— Tem muita gente e fotógrafos. — Jessica comentou ao meu lado.— Dylan é um homem muito importante.— Não precisam ficar nervosas. Ficaremos com minha família e vocês já os conhecem.Confirmei com a cabeça e seguimos para dentro da mansão dos pais dele.— Dylan, quem são essas belas mulheres ao seu lado? — Um dos repórteres perguntou e vários flashes pipocaram em nossos olhos.— Essa bela moça ao meu lado — ele me beijou no rosto — É minha namorada e essa ao lado dela é sua prima. Cristine e Jessica.— Belas mulheres. Vocês estão juntos há muito tempo?— Na verdade, nos conhecemos há alguns meses, mas só começamos a namorar recentemente.— Formam um belo casal.— Obrigado!Permaneci calada e apenas sorrindo para as fotos que eram tiradas de nós dois. Dylan respondeu algumas perguntas sobre o próximo desfile e depois se despediu dos fotógrafos e entramos na mansão.— Que bom que já chegaram. — Caroline, mãe de Dylan, vem até nós e me puxa para um abraço. — Está linda, minha q
CristineChegamos próximo a um casal e percebi que eram eles quem Dylan queria me apresentar. O homem era negro e bem alto, com músculos bem marcados e a cabeça quase raspada. Ele era bonito. Já a mulher ao lado dele era branca, magra, com o cabelo tão negro quanto à noite, sua expressão era de puro deboche e superioridade. Ela me olhou com nojo quando nos aproximamos e quis dar na cara dela na mesma hora.— Marcos. Quero te apresentar minha namorada.— Olá, muito prazer. — Ele pegou minha mão e a beijou. — Essa é minha namorada, Safira.— Prazer. — disse gentilmente, mas ela me ignorou.Dylan apertou os punhos e Marcos a olhou com raiva.— Não seja mal-educada, Safira. — reclamou Marcos.— Não se preocupe, Marcos. Não podemos exigir educação de quem não tem. — Falei, olhando para ela.— Quem pensa que é para falar comigo assim? Não passa de uma garota pobre que está tentando dar o golpe no amigo do meu namorado.— Safira! — exclamou Marcos.— Assim como você? Ou acha que não percebo
Cristine Dylan fitou o triângulo entre minhas pernas e soltou um suspiro pesado, rouco, excitado.Ele me desejava e todo seu corpo, seus olhos, demonstravam isso. — O azul lhe cai muito bem. — falou, sorrindo de lado.Minha calcinha era de renda e da mesma cor do vestido. Ele tomou distância, passou a se despir também. Ofeguei a cada paca que ele tirava do corpo, mostrando-a para mim.Seu corpo era lindo, forte, másculo. Sua pele era branca e lisa, seu abdômen definido com os gominhos marcados e os braços fortes com veias saltadas. Quis me jogar em seus braços, beijar e lamber todo o seu peito. Quando ele ficou só de cueca na minha frente, mordi o lábio inferior sem conseguir me conter e um gemido baixo me escapou.— Seu olhar me faz pensar coisas. — falou ele, sorrindo.— Que coisas? — fiz-me de inocente.— Que quer me devorar. Que deseja que eu te tome nos meus braços e te foda agora mesmo.— Oh, céus... Você é intenso. — Sussurrei, apertando as pernas.— Quero muito fazer isso.
CristineDespertei com o sol alto, a claridade entrando pelas cortinas e tocando minha pele desnuda. — Bom dia! — exclamou, me olhando com carinho.— Bom dia! Há quanto tempo está acordado?— Alguns minutos. Mas você estava dormindo tão lindamente que não quis acordá-la.— Não estou nada linda. — Resmunguei. — Mulher nunca acorda bonita.— Você acorda. Ou eu só seja um bobo apaixonado que vê beleza até na sua cara amassada.— Dylan! — Bati em seu peito e ele gargalhou.Ele se inclinou e tentou me beijar. Virei o rosto e ele fez uma careta engraçada.— Bafo matinal, nem pensar. — disse, tampando a boca.— Não ligo. — Deu de ombros, sorrindo.— Mas eu ligo. — disse e me enrolei no lençol, saindo da cama.— Tem escova nova no armário perto da pia e pasta também. — gritou, rindo.— Certo. Obrigada!Olhei-me no espelho e fiz uma careta ao ver meu cabelo bagunçado. Nós dormimos após tomarmos um banho de verdade ao finalizarmos nossa transa.Coloquei pasta na escova e escovei os dentes.Já
Cristine— Falou com sua prima? — Dylan perguntou, entrando no quarto.Eu estava me vestindo para voltar à minha casa. Tinha passado o dia e a noite com o Dylan.— Sim, falei por mensagem com ela ontem. — Ele me ajudou a fechar o vestido e deixou um beijo molhado nas minhas costas.— Ela voltou para casa ou dormiu na casa dos meus pais?— Voltou para casa. A festa terminou bem tarde e ela tinha bebido um pouco.— As festas que minha família oferece sempre duram até a madrugada.— E você não gosta de festas assim? — perguntei, abraçando-o.— Já gostei, não vou mentir, mas hoje prefiro algo mais calmo. Talvez seja a idade.— Você não é tão velho. — Ele me olhou chocado.— Pensei que diria que sou jovem ainda.— Não vamos exagerar. — disse, controlando o riso.— Olha quem quer levar umas palmadas nessa bunda gostosa. — Gargalhei quando ele me fez cócegas.Ele me deu um beijo rápido e se afastou para pegar a carteira, celular e as chaves do carro. Me estendeu a mão e saímos do seu quarto.
CristineAlguns dias tinham se passado depois do que Carlos fez com minha casa e Dylan estava o procurando feito louco.Ele tinha acionado seus contatos e eu não via a hora dele conseguir encontrá-lo e o mandar para a cadeia. O delegado Gustavo veio me procurar para eu dar queixa da destruição da minha casa, pois seria mais uma acusação contra Carlos, o que garantiria mais anos de prisão a ele quando ele fosse preso.Calos me deixou um bilhete com ameaças, bilhete este que Dylan não me deixou ler, e tinha o entregado ao Gustavo para que fosse anexado aos altos do processo contra meu ex-namorado.O cerco contra ele estava se fechando e era questão de tempo até ele ser preso e futuramente condenado.Hoje eu resolvi visitar dona Inês, pois já estava há dias sem vê-la e estava com saudades. Ela já é uma senhora de idade e me preocupo com sua saúde.— Dona Inês? Sou eu, Cristine. Vim visitá-la.Falei entrando em sua casa. Eu tinha uma chave reserva da época em que eu fazia faxina em sua ca
Cristine— Dylan! — disse seu nome assim que ele atendeu. — Você está na empresa?— Não, estou no meu apartamento, por quê? O que houve? Está chorando?— Descobri algo sobre meu pai. Preciso de você.— Está vindo para cá? Quer que eu te busque em algum lugar?— Já estou bem próxima daí, mas liguei para confirmar onde estava.— Vou preparar a banheira para você tomar um banho relaxante quando chegar.— Obrigada! Eu te amo.— Também te amo.Desliguei e voltei a olhar pela janela do táxi. O peso daquela revelação estava me sufocando. Meu peito doía, e minha mente estava um turbilhão de pensamentos desencontrados.Assim que saí da casa da dona Inês, peguei um táxi sem nem pensar direito. Eu só precisava ir para longe de tudo aquilo, me afastar da sensação de que o chão sob meus pés havia desaparecido. Minhas mãos tremiam, e minha respiração estava irregular. Mandei uma mensagem para minha prima desmarcando nosso almoço. Não conseguiria estar em um lugar com tanta gente sem desmoronar na f