CristineDespertei com o sol alto, a claridade entrando pelas cortinas e tocando minha pele desnuda. — Bom dia! — exclamou, me olhando com carinho.— Bom dia! Há quanto tempo está acordado?— Alguns minutos. Mas você estava dormindo tão lindamente que não quis acordá-la.— Não estou nada linda. — Resmunguei. — Mulher nunca acorda bonita.— Você acorda. Ou eu só seja um bobo apaixonado que vê beleza até na sua cara amassada.— Dylan! — Bati em seu peito e ele gargalhou.Ele se inclinou e tentou me beijar. Virei o rosto e ele fez uma careta engraçada.— Bafo matinal, nem pensar. — disse, tampando a boca.— Não ligo. — Deu de ombros, sorrindo.— Mas eu ligo. — disse e me enrolei no lençol, saindo da cama.— Tem escova nova no armário perto da pia e pasta também. — gritou, rindo.— Certo. Obrigada!Olhei-me no espelho e fiz uma careta ao ver meu cabelo bagunçado. Nós dormimos após tomarmos um banho de verdade ao finalizarmos nossa transa.Coloquei pasta na escova e escovei os dentes.Já
Cristine— Falou com sua prima? — Dylan perguntou, entrando no quarto.Eu estava me vestindo para voltar à minha casa. Tinha passado o dia e a noite com o Dylan.— Sim, falei por mensagem com ela ontem. — Ele me ajudou a fechar o vestido e deixou um beijo molhado nas minhas costas.— Ela voltou para casa ou dormiu na casa dos meus pais?— Voltou para casa. A festa terminou bem tarde e ela tinha bebido um pouco.— As festas que minha família oferece sempre duram até a madrugada.— E você não gosta de festas assim? — perguntei, abraçando-o.— Já gostei, não vou mentir, mas hoje prefiro algo mais calmo. Talvez seja a idade.— Você não é tão velho. — Ele me olhou chocado.— Pensei que diria que sou jovem ainda.— Não vamos exagerar. — disse, controlando o riso.— Olha quem quer levar umas palmadas nessa bunda gostosa. — Gargalhei quando ele me fez cócegas.Ele me deu um beijo rápido e se afastou para pegar a carteira, celular e as chaves do carro. Me estendeu a mão e saímos do seu quarto.
CristineAlguns dias tinham se passado depois do que Carlos fez com minha casa e Dylan estava o procurando feito louco.Ele tinha acionado seus contatos e eu não via a hora dele conseguir encontrá-lo e o mandar para a cadeia. O delegado Gustavo veio me procurar para eu dar queixa da destruição da minha casa, pois seria mais uma acusação contra Carlos, o que garantiria mais anos de prisão a ele quando ele fosse preso.Calos me deixou um bilhete com ameaças, bilhete este que Dylan não me deixou ler, e tinha o entregado ao Gustavo para que fosse anexado aos altos do processo contra meu ex-namorado.O cerco contra ele estava se fechando e era questão de tempo até ele ser preso e futuramente condenado.Hoje eu resolvi visitar dona Inês, pois já estava há dias sem vê-la e estava com saudades. Ela já é uma senhora de idade e me preocupo com sua saúde.— Dona Inês? Sou eu, Cristine. Vim visitá-la.Falei entrando em sua casa. Eu tinha uma chave reserva da época em que eu fazia faxina em sua ca
Cristine— Dylan! — disse seu nome assim que ele atendeu. — Você está na empresa?— Não, estou no meu apartamento, por quê? O que houve? Está chorando?— Descobri algo sobre meu pai. Preciso de você.— Está vindo para cá? Quer que eu te busque em algum lugar?— Já estou bem próxima daí, mas liguei para confirmar onde estava.— Vou preparar a banheira para você tomar um banho relaxante quando chegar.— Obrigada! Eu te amo.— Também te amo.Desliguei e voltei a olhar pela janela do táxi. O peso daquela revelação estava me sufocando. Meu peito doía, e minha mente estava um turbilhão de pensamentos desencontrados.Assim que saí da casa da dona Inês, peguei um táxi sem nem pensar direito. Eu só precisava ir para longe de tudo aquilo, me afastar da sensação de que o chão sob meus pés havia desaparecido. Minhas mãos tremiam, e minha respiração estava irregular. Mandei uma mensagem para minha prima desmarcando nosso almoço. Não conseguiria estar em um lugar com tanta gente sem desmoronar na f
Dylan.Dia do desfile.Olho em volta conferindo se está tudo certo para o desfile que acontecerá em algumas horas.Há alguns funcionários finalizando a decoração e outros colocando as cadeiras ao lado da passarela.— Senhor Dylan, sua irmã me pediu para chamá-lo. — Rosa, uma das cabeleireiras, fala, parando ao meu lado.— Aconteceu algo? Ela disse que já estava tudo certo com as roupas e as modelos.— E está, mas Antônia se nega a vestir o vestido desenhado pelo senhor Hugo. Ela alega que a peça não combina com ela.— Antônia já está passando dos limites. — digo, já sentindo a raiva me invadir.Deixo o restante dos funcionários terminando de arrumar as cadeiras e sigo Rosa até o camarim.— Antônia, a peça é linda e vai ficar perfeita em seu corpo. — Ouço a voz calma de Cristine.— Você não entende nada de moda. — Ela gritou. — Não passa de uma pobretona que está dando o golpe no dono da empresa.— Já chega, Antônia. — Grito, me fazendo ser visto por ela. — Pegue suas coisas e saia daq
DylanConferi as horas e vi que ele já estava para começar. Dei o sinal para a organizadora e os convidados tomaram seus assentos. Subi na passarela e fiz um breve discurso, agradeci a todos pela presença e desci, deixando que o desfile começasse.Uma a uma, as modelos foram entrando e mostrando os vestidos feitos por Hugo. Ele é um excelente estilista e meu contrato com ele durará muitos anos se ele assim quiser. Batemos palmas a cada modelo que entrava. O desfile já estava quase no final quando a mais linda das mulheres entrou. Cristine estava linda em um vestido preto com detalhes em azul que marcava suas curvas suaves e deixava suas coxas à mostra. Ela desfilou graciosamente e recebeu muitas palmas. Olhou-me e me presenteou com um lindo sorriso. Sorri de volta e lhe dei uma piscadela.Hugo entrou com as outras modelos, depois que Cristine terminou de desfilar, e encerrou o desfile. Levantei-me, indo até ele, e o cumprimentei. Tiramos fotos com as modelos e logo tratei de segurar
CristineAtualmente.Fecho a porta do carro e confiro se trouxe tudo em minha bolsa. Sair de casa com duas crianças sempre te faz esquecer algo.— Miguel, não corra assim com sua irmã. — grito para meus gêmeos que entram na casa dos meus sogros como se estivessem sendo perseguidos.— Céus! Essas crianças. — Resmungo, começando a andar.— Oi, meu raio de sol. — Meu marido vem me abraçar.— Seus filhos entraram feitos furacões. — Entramos na casa dos meus sogros.— Eu os vi. Jurema fez pudim para eles e Igor tinha mandado uma mensagem para eles antes de vocês saírem de casa.— Agora está explicado o porquê da animação deles. — Sorri e o beijei. Nossos filhos eram formigas quando se tratava de doce. E Jurema, a cozinheira dos meus sogros, sempre os enchia dele.Nós já estávamos casados há quase 7 anos. Dylan me pediu em casamento uma semana após o desfile.Dois meses depois..., descobrimos a gravidez e, quando os gêmeos fizeram um ano, nós nos casamos.Hoje podíamos viver tranquilos, a
CristineMeses depois...Me abaixo para dar um beijo na cabeça de cada um dos meus filhos e Dylan faz o mesmo. Hoje nós estamos completando 7 anos de casados e sairemos em uma viagem para a Espanha. Jessica me falou tão bem do país e suas belezas que não pensei duas vezes antes de pedir a Dylan que fôssemos para lá. A cidade que escolhemos foi Málaga.Ela é uma cidade litorânea, localizada no sul da Espanha e banhada pelo Mar Mediterrâneo. É uma cidade quente e ensolarada, com clima muito parecido com o do Brasil e, para quem curte praia e sol como eu, é um dos destinos mais encantadores e certos para se relaxar e aproveitar um bom dia de sol.Málaga também é considerada o berço de Pablo Picasso, pois foi onde o artista nasceu. Lá possui um museu com seu nome, onde estão suas mais famosas obras: o Museu Picasso Málaga.Estamos organizando essa viagem há uns 6 meses, mas só agora, depois que encerrei o caso que eu tinha em mãos e condenei os envolvidos, é que pudemos fazê-la. Essa vi