Sarah.Um mês depois...Havia se passado um mês desde que eu aceitara namorar o Henrique e nós estávamos nos dando muito bem. Havíamos nos entendido e estávamos cada vez mais apaixonados um pelo outro. Nesse tempo de convivência, descobrimos termos muita coisa em comum, como: mesmo gênero de filme e série, mesma comida e até a mesma cor.Como prefiro ficar em casa a passar noites e mais noites de noitadas em baladas, Henrique tem trocado suas idas às casas noturnas para ficar comigo e Cristal. Ele já havia me confessado que não estava mais saindo como antes, se sentia sozinho, então preferia estar em casa assistindo ou jogando seu videogame a sair à noite. Henrique praticamente se mudou para minha casa, ele tem estado quase diariamente lá e Cristal tem amado toda a atenção que tem recebido do pai. Eu também não fico atrás com relação a isso e estou amando ter comigo todos os dias. Há uma semana, ele marcou um jantar com alguns de seus amigos e me apresentou oficialmente a eles como
Sarah.No outro dia...— Já está tudo pronto. — Duda avisou.Já estávamos terminando de decorar a área da piscina da casa da Amely, onde seria sua festa surpresa. Os homens estavam com as crianças e Amely tinha sido convencida pela mãe dela, que sabia da festa, a passar o dia no spa e aproveitar seu aniversário relaxando. Isso nos daria tempo para preparar tudo.— Vamos nos arrumar que ela já deve estar chegando.Demos uma última conferida em tudo e subi para o quarto que Henrique tinha aqui na casa do Marcos e fomos nos arrumar.Henrique tomou banho e se trocou enquanto eu amamentava Cristal. Quando ele saiu já pronto, deixei-a ao seu encargo e fui tomar banho e me arrumar também. Minutos depois, já estávamos prontos.— Você está muito gostosa nessa roupa. — Ele falou, batendo em minha bunda.— Você também. — Sorriu e circulou os braços ao redor do seu pescoço.— Não vejo a hora de terminar a festa e tirar essa roupa e te usar a noite toda. — Provoquei, mordendo seu lábio.Cristal, qu
Sarah.Dias depois...— Pronta? — Henrique perguntou, entrando no meu quarto.— Sim. — Respondi, terminando de passar o batom.— Cadê a Cristal? — calcei meus pés e dei uma última olhada no espelho.— Brincando no chiqueirinho. — Ele pegou a carteira e as chaves do carro.— Vamos? — falei, pegando minha bolsa e saindo do quarto. Estávamos indo para o chá de bebê do meu sobrinho.Bárbara já estava com 6 meses e só está fazendo o chá por causa da mãe dela, que quis muito isso. Ela fez um book de grávida com a Duda e ficou linda. Teremos uma miniexposição de suas fotos na festa e eu estava louca para ver. Eu também fiz um book com a Duda, mas foram fotos sensuais que vou dar de presente ao Henrique no aniversário dele, que é daqui a duas semanas. Peguei Cristal e saímos de casa. Estava nervosa com esse chá em especial, pois encontraria meus pais lá. Caíque não queria convidá-los por minha causa, mas eu não permiti que isso acontecesse. Eles eram nossos pais e, apesar do que me fizera
Sarah.Horas depois...Cristal brincava no chão, comigo segurando seus bracinhos para que não caísse. Estava rindo de seus gritinhos animados, mas logo meu sorriso se desfez ao sentir um cheiro não muito agradável. Torcendo o lábio, coloquei-a em meu colo e conferi a fralda dela. Fiz uma careta ao ter certeza de que ela havia feito cocô. Às vezes me questionava o que fazia para sua fralda feder tanto.— Vou levá-la para trocar a fralda. — avisei a Henrique, nossa filha precisava ser trocada o mais rápido possível.— Precisa de ajuda? — Não, acho que consigo enfrentar uma fralda de cocô. — Sorri da careta que ele fez, ajeitei nossa filha em meu colo e caminhei para dentro da casa do meu irmão.Entrei na casa e segui direto para o quarto do meu sobrinho, que já estava pronto. A bolsa com as coisas da Cristal estava lá.— Que fedozinho, mamãe. — falei, tirando sua roupinha para lavá-la. Já estávamos no banheiro. — Como uma coisa linda como você pode fazer algo tão fedorento, hein? Em min
Sarah.— Nós merecemos o seu desprezo, mas queremos o seu perdão. A culpa nos mata a cada dia e saber o quanto falhamos com você, com vocês... — minha mãe olhou para minha filha — nos atormenta todas as noites.— Mãe, pai...— Nos perdoe, filha, por favor. — Meu pai abriu os braços querendo um abraço e eu os olhei de longe. Era difícil para mim, pois eu sofria todas as noites por sua rejeição.Era uma luta interna, porque eu os amava, mas a mágoa era enorme, dói na alma o que me fizeram. Suas palavras naquele dia, o modo como me trataram, insinuar que eu era uma vagabunda, chamar minha filha de bastarda, eram coisas demais para perdoar do dia para a noite.Nada explicava ou amenizava o que me fizeram. Nada!— Você não consegue nos perdoar — ele falou, derrotado. Seus braços caíram ao lado do corpo e mais lágrimas caíram por seu rosto. — Eu entendo e não fico com raiva de você por isso. Nós fizemos por onde nossa relação acabar assim. Nós fizemos com que nos odiasse.Coloquei minha filh
AgathaFecho a porta atrás de mim e ajeito a bolsa de Danilo e a minha no meu ombro. Hoje ele irá comigo para a casa da dona Sarah. Meus pais já estão em idade avançada e, como Danilo não poderá ir à aula, pois sua professora está doente, eu irei levá-lo para o meu trabalho.Apesar de eu só ter 22 anos, minha mãe e meu pai já têm 60 e 65 anos, respectivamente. Eles se casaram com mais de 30 anos e minha mãe levou quase 10 para me ter. Ela não podia engravidar e teve que fazer um longo tratamento até conseguir. Como ela já tinha quase 40 anos quando nasci, o médico achou melhor ela não tentar outra gravidez e correr riscos desnecessários, pois ela já havia realizado o sonho de ser mãe.Meus pais sempre me apoiaram e me deram de tudo. Cuidam do meu filho muito bem, mas Danilo só tem 5 anos e está na fase de brincar, correr e explorar todas as coisas possíveis, então faço de tudo para não sobrecarregá-los ao cuidar dele.Hoje eles vão precisar sair e não poderão ficar com o neto. Meu pai
AgathaDou suas frutinhas e depois a banho, pois ela se lambuza toda ao comer. Danilo acorda e desce da cama, vindo ao quarto de Cristal. Estamos no banheiro que há no quarto dela e eu estou lhe dando banho.— Ela está pelada, mamãe. — Ele diz, tampando os olhos para não ver a bebê sem roupas.Eu sempre disse que ele tem que respeitar as mulheres e não ficar mexendo com as meninas de sua escolinha e nem as vendo nuas. Faço de tudo para que meu filho se torne um homem de caráter e que respeite a todos à sua volta. Meus pais fazem o mesmo.— Ela está tomando banho e é só um bebê.— Oi, Cristal. — Ele a cumprimenta, tocando na sua mãozinha, e ela j**a água no rosto dele.— Não pode molhar os outros, Cristal. — Ele briga, mas a menina ri e j**a mais água nele.Danilo percebe que ela quer brincar e logo se forma uma guerra de água. Sorrio para a interação dos dois, mas trato logo de parar a brincadeira quando olho ao redor e vejo tudo molhado.— Vamos trocar de roupa, mocinha? — Pego Crista
Sarah.Minutos antes…Olhei aflita para Agatha e clamei internamente para que ela me dissesse que nada de tão grave havia acontecido com minha filha.— Me desculpe, senhorita Sarah. Meus pais não puderam ficar com meu filho hoje e eu tive que trazê-lo comigo, como a senhora sabe. Eles estavam brincando no quarto dela. Cristal estava andando pelo quarto e, ao tentar agarrar um ursinho que estava em cima da cômoda, agarrou-se à mesinha ao lado dela. Foi questão de segundos, dona Sarah, eu tentei ser rápida, mas a mesinha com o abajur caiu sobre ela e cortou seu rostinho. Perdoe-me — ela chorava, agarrada ao filho que, ao ver a mãe chorar, passou a chorar também.Eu estava aflita, mas entendi que ela não teve culpa e que isso poderia ter acontecido até comigo. Respirei fundo para me acalmar e acalmá-la também. Ficar desesperada não resolveria nada e sua aflição só estava me deixando mais angustiada.— Calma, Agatha, a culpa não foi sua. Já era para eu ter tirado aquela mesinha do quarto d