- Eu... Acho que entendi.
- Mesmo que não tenha entendido, sei que lembrará desta nossa conversa ao menos por alguns anos.
- Eu gosto de você, Duda.
- E eu gosto muito de você, Élida... Mesmo que tenhamos nos conhecido há tão pouco tempo. Agora vá lá... E aproveite os últimos momentos ao lado do seu amado... Afinal, amanhã é o fim da nossa aventura.
Élida voltou para ficar com Zaud e fiquei em dúvida se não tinha sido muito incisiva com ela. Mas então lembrei que eu gostaria muito que alguém tivesse feito aquilo comigo no passado. Talvez eu não tivesse sofrido tanto se meu avô não levasse em conta a amizade colorida que tinha com Mabel quando incentivou tanto meu namoro com Andress.
Enquanto voltava para a área das barracas, percebi os pés de David para fora da minha iglu, com a abertura dela para ci
- Eu acho... Que há espaço suficiente para todas nós no helicóptero. – Élida disse, tomando uma atitude que me surpreendeu.Não pensei que a garota fosse aceitar que TumbaLinda e Maya fossem conosco, mesmo sabendo da mentira que ela havia inventado sobre a gravidez bem como o que eu e David sentíamos um pelo outro.Esperava, no mínimo, que Élida fosse escolher a mim.Fui até David e abaixei-me ao seu lado, pegando sua mão. Ele não tinha reação alguma. O corpo seguia trêmulo e aquilo me deixava completamente angustiada.- Ele ficará bem. – Verbena abaixou-se ao meu lado, pondo a mão sobre a minha.- Élida... Deixou que elas fossem junto. – Desabafei, não me controlando.- Esqueceu que a menina só tem 14 anos?- Ela... Fez 15 hoje. – Lembrei, ao mesmo tempo que percebi que nin
Maya riu com deboche:- Agora entendi tudo... A amiga de Verbena está tendo um caso com o assessor de David. Vocês planejaram todo o golpe. E ainda tem a capacidade de quererem denegrir a imagem da minha filha.Verbena a olhou por alguns segundos antes de responder:- Sou irmã de Orlando. E caso ainda não saiba, sou lésbica.Maya franziu a testa, horrorizada, dando um passo para trás de forma imediata.- Se eu fosse você me cuidava... Ouvi dizer que pode ser contagioso! – Verbena começou a rir.- Vamos? – Orlando me convidou.- Sim, sim...Seguimos eu e Orlando para um lado e Eliardo, Maya e Verbena para o lado oposto. Élida ia na nossa frente, já entrando na mata novamente.Ouvi quando Maya disse a Eliardo:- Preciso usar seu telefone de satélite. E é muito, mas muito importante mesmo.David recebeu os primeiros s
Claro que médico não me deixou ir até elas. Mas as trouxe até mim. O que eu não entendi foi o porquê de Tumalina estar junto.Assim que entraram pela porta, Élida correu até mim e abraçou-me com força, chegando a me fazer ter falta de ar. Retribui o abraço, mas não conseguia apertá-la da mesma forma, já que ainda me sentia fraco.- Achei que você iria me deixar. – Ela confessou.- Acha mesmo que eu faria isso? – peguei suas mãos entre as minhas – Ficarei incomodando você para sempre. – Brinquei.- Eu te amo, David! – Voltou a me abraçar.- Também amo você, minha doidinha. – Sorri e sobre os ombros dela meu olhar encontrou o de Maria Eduarda, me fazendo estremecer.Antes que Élida se afastasse, Tumalina se aproximou:- Como se sente, David?- O que voc&
Já deitado numa cama confortável, embora de hospital, sentindo o cheiro de lençóis limpos e desinfetados, bem como a organização do ambiente impecável, me senti muito melhor.- Nunca mais peça uma viagem de aniversário. – brinquei com Élida assim que ficamos sozinhos no quarto.- Duvido que alguém o leve junto numa expedição, David. – Ela riu e se aproximou de mim, abraçando-me novamente.- Feliz aniversário, Élida! Desculpe por tê-la feito passar seu grande dia desta forma.- O que eu poderia querer mais? – ela riu – Estou com você, vi o lago dos desejos, que era o que eu mais queria... Dei meu primeiro beijo...- E você nem fica corada ao dizer isto?- Eu não! Não fiz nada de errado. – Deu de ombros.- Maria Eduarda também não faz nada de errado...
POV Maria EduardaEra nítida a ligação de afeto que havia entre Élida e Dodô, sua babá. Pensei no quanto as coisas aconteciam como tinham que ser, sendo que a mãe da menina havia ido embora, mas ela havia encontrado alguém que lhe deu todo o carinho que podia.Eu já tinha ouvido dizer que mães eram insubstituíveis, mas sabia que não era verdade. Encontrei em Mabel o carinho materno, assim como Élida havia encontrado na babá. Mães que abandonavam seus filhos eram sim facilmente substituíveis.- Muito prazer, sou Maria Eduarda Hauser... Quer dizer, ainda não oficialmente porque não me divorciei. Mas só na possibilidade de ter que mencionar o nome Montez Deocca, chego a ter calafrios. – Sorri e dei-lhe um beijo na bochecha.- Ah, Duda, não abraça muito ela que eu fico com ciúme – Élida disse, se jogando nos braços da mulher – Dodô, você não vai acreditar em tudo que aconteceu... Tenho tantas coisas para lhe contar.Dodô abraçou a menina com intensidade e começou a chorar. Olhei para Davi
- Não mesmo! Só não quero que corra o risco de ir à sua casa pegar roupas e demorar para voltar. Ou mesmo dizer que o chef do hospital não é bom o suficiente para saciar a sua fome.- Eu não faria isto! – Ri, incerta se ele realmente achava aquilo.- Eu sei! Estou brincando! – confessou – Mas combinei com Orlando que ele viria aqui e trabalharíamos um pouco.- Mas você está internado num hospital e precisa descansar, David. Não pode trabalhar.- É só para resolver algumas questões que não posso esperar. Prometo que não levantarei da cama... De jeito algum.- Ele sempre foi assim, viciado em trabalho – Élida alegou, me puxando pela mão – Além do mais você está péssima de legging e tênis.Olhei para mim mesma e realmente precisava comprar outras roupas. Aceitei, mesmo a contragosto por deixá-lo sozinho e fui com elas.Estávamos no centro de Noriah Norte e foi fácil encontrar lojas bem próximo dali. Comprei algumas coisas que precisava como roupas íntimas, calças de alfaiataria, blusas b
POV DAVID- O senhor precisa descansar, senhor Dulevsky. E isto inclui não fazer esforço físico. – O médico foi enfático.Suspirei, decepcionado. Afinal, já tinha planejado fazer amor com Maria Eduarda na minha cama, na dela, na poltrona...- Entendeu, senhor Dulevsky? – O doutor ficou me olhando, esperando pela resposta, certamente temendo que eu não obedecesse.- Entendi... – Concordei, a contragosto.O médico saiu e Maria Eduarda me fitou:- Você é louco, por acaso?- Por você, sim.Ela meneou a cabeça, confusa, parecendo que iria me xingar, mas acabou mudando de ideia. Sorriu e veio na minha direção, dando um beijo na minha bochecha:- Eu não sei se acho o seu jeito fofo ou se tenho vontade de matá-lo quando me faz passar vergonha.- Quem mata aqui sou eu... Esqueceu? E sei muito bem
Suspirei:- Meu pai sabia o que fazia. Se ele queria que fosse assim, assim será.- Mas você é tão orgulhoso por tudo que o senhor Declan Dulevsky trabalhou para adquirir, do nada... E agora entregará tudo para uma pessoa a qual não acha merecedora.- Meu pai achava... Então é o correto a se fazer.- Seu pai achava que você casaria com TumbaLinda, David. E morreu com a certeza de isto aconteceria.- Não entenda como algo que fiz por você. Como eu disse, farei por mim. São anos dedicando-me de corpo e alma a D.D. É hora de descansar um pouco.- Dividirá o poder com ela. Será ainda pior. Trabalharão juntos.- Estou preparado para isto.- Por que você foi aparecer na minha vida, seu CEO de coração gigantesco? – sorriu, piscando várias vezes para que as lágrimas cessassem.- Apa