Claro que médico não me deixou ir até elas. Mas as trouxe até mim. O que eu não entendi foi o porquê de Tumalina estar junto.
Assim que entraram pela porta, Élida correu até mim e abraçou-me com força, chegando a me fazer ter falta de ar. Retribui o abraço, mas não conseguia apertá-la da mesma forma, já que ainda me sentia fraco.
- Achei que você iria me deixar. – Ela confessou.
- Acha mesmo que eu faria isso? – peguei suas mãos entre as minhas – Ficarei incomodando você para sempre. – Brinquei.
- Eu te amo, David! – Voltou a me abraçar.
- Também amo você, minha doidinha. – Sorri e sobre os ombros dela meu olhar encontrou o de Maria Eduarda, me fazendo estremecer.
Antes que Élida se afastasse, Tumalina se aproximou:
- Como se sente, David?
- O que voc&
Já deitado numa cama confortável, embora de hospital, sentindo o cheiro de lençóis limpos e desinfetados, bem como a organização do ambiente impecável, me senti muito melhor.- Nunca mais peça uma viagem de aniversário. – brinquei com Élida assim que ficamos sozinhos no quarto.- Duvido que alguém o leve junto numa expedição, David. – Ela riu e se aproximou de mim, abraçando-me novamente.- Feliz aniversário, Élida! Desculpe por tê-la feito passar seu grande dia desta forma.- O que eu poderia querer mais? – ela riu – Estou com você, vi o lago dos desejos, que era o que eu mais queria... Dei meu primeiro beijo...- E você nem fica corada ao dizer isto?- Eu não! Não fiz nada de errado. – Deu de ombros.- Maria Eduarda também não faz nada de errado...
POV Maria EduardaEra nítida a ligação de afeto que havia entre Élida e Dodô, sua babá. Pensei no quanto as coisas aconteciam como tinham que ser, sendo que a mãe da menina havia ido embora, mas ela havia encontrado alguém que lhe deu todo o carinho que podia.Eu já tinha ouvido dizer que mães eram insubstituíveis, mas sabia que não era verdade. Encontrei em Mabel o carinho materno, assim como Élida havia encontrado na babá. Mães que abandonavam seus filhos eram sim facilmente substituíveis.- Muito prazer, sou Maria Eduarda Hauser... Quer dizer, ainda não oficialmente porque não me divorciei. Mas só na possibilidade de ter que mencionar o nome Montez Deocca, chego a ter calafrios. – Sorri e dei-lhe um beijo na bochecha.- Ah, Duda, não abraça muito ela que eu fico com ciúme – Élida disse, se jogando nos braços da mulher – Dodô, você não vai acreditar em tudo que aconteceu... Tenho tantas coisas para lhe contar.Dodô abraçou a menina com intensidade e começou a chorar. Olhei para Davi
- Não mesmo! Só não quero que corra o risco de ir à sua casa pegar roupas e demorar para voltar. Ou mesmo dizer que o chef do hospital não é bom o suficiente para saciar a sua fome.- Eu não faria isto! – Ri, incerta se ele realmente achava aquilo.- Eu sei! Estou brincando! – confessou – Mas combinei com Orlando que ele viria aqui e trabalharíamos um pouco.- Mas você está internado num hospital e precisa descansar, David. Não pode trabalhar.- É só para resolver algumas questões que não posso esperar. Prometo que não levantarei da cama... De jeito algum.- Ele sempre foi assim, viciado em trabalho – Élida alegou, me puxando pela mão – Além do mais você está péssima de legging e tênis.Olhei para mim mesma e realmente precisava comprar outras roupas. Aceitei, mesmo a contragosto por deixá-lo sozinho e fui com elas.Estávamos no centro de Noriah Norte e foi fácil encontrar lojas bem próximo dali. Comprei algumas coisas que precisava como roupas íntimas, calças de alfaiataria, blusas b
POV DAVID- O senhor precisa descansar, senhor Dulevsky. E isto inclui não fazer esforço físico. – O médico foi enfático.Suspirei, decepcionado. Afinal, já tinha planejado fazer amor com Maria Eduarda na minha cama, na dela, na poltrona...- Entendeu, senhor Dulevsky? – O doutor ficou me olhando, esperando pela resposta, certamente temendo que eu não obedecesse.- Entendi... – Concordei, a contragosto.O médico saiu e Maria Eduarda me fitou:- Você é louco, por acaso?- Por você, sim.Ela meneou a cabeça, confusa, parecendo que iria me xingar, mas acabou mudando de ideia. Sorriu e veio na minha direção, dando um beijo na minha bochecha:- Eu não sei se acho o seu jeito fofo ou se tenho vontade de matá-lo quando me faz passar vergonha.- Quem mata aqui sou eu... Esqueceu? E sei muito bem
Suspirei:- Meu pai sabia o que fazia. Se ele queria que fosse assim, assim será.- Mas você é tão orgulhoso por tudo que o senhor Declan Dulevsky trabalhou para adquirir, do nada... E agora entregará tudo para uma pessoa a qual não acha merecedora.- Meu pai achava... Então é o correto a se fazer.- Seu pai achava que você casaria com TumbaLinda, David. E morreu com a certeza de isto aconteceria.- Não entenda como algo que fiz por você. Como eu disse, farei por mim. São anos dedicando-me de corpo e alma a D.D. É hora de descansar um pouco.- Dividirá o poder com ela. Será ainda pior. Trabalharão juntos.- Estou preparado para isto.- Por que você foi aparecer na minha vida, seu CEO de coração gigantesco? – sorriu, piscando várias vezes para que as lágrimas cessassem.- Apa
Entendi que aquilo queria dizer que estavam juntas. Ainda assim achei dispensável a visita de Adriana, já que duvidava que realmente estivesse preocupada comigo. Mas quanto a Verbena... Bem, além de ter salvado a minha futura esposa e a ter obrigado a ir conhecer o tal Vlady no bar do meu Hotel, propiciando mesmo que sem querer o nosso encontro, ela era irmã de Orlando, o meu braço direito. Então eu a respeitava e de certa forma era grato, pela vida de Maria Eduarda, principalmente.Expliquei brevemente a Verbena sobre meu estado de saúde, dizendo que provavelmente no dia seguinte seria liberado para voltar para casa.- E quanto à flor da lua? – Verbena olhou para Maria Eduarda – Realmente não a encontrou em lugar algum?- Claro que não. Eu tinha certeza de que ela estava na minha mochila, enrolada na roupa para que não tivesse risco de estragar no caminho de volta. –
No dia seguinte, Orlando veio me buscar. Élida já havia voltado o período de aulas e em breve tudo voltaria ao normal. Embora eu reclamasse de trabalhar demais algumas vezes, senti falta da D.D.Enquanto organizava as malas, Orlando olhou brevemente para Maria Eduarda e depois me disse hesitante:- Olhou as notícias hoje, senhor Dulevsky?Estreitei os olhos, preocupado:- Não, não olhei. Confesso que estes dias que passei aqui foi quase uma lua de mel. – Confessei, olhando para a mulher ao meu lado, que esteve presente a cada minuto do tempo que passei naquele quarto de hospital.- O que aconteceu? – Ela perguntou a Orlando, preocupada.- A senhora Maya Maxim deu entrevista a todos os jornais e sites, dando a data do casamento entre o senhor e a filha dela.Peguei o celular e antes que acessasse qualquer coisa, Maria Eduarda retirou-o da minha mão.- Não quero
POV MARIA EDUARDA- Então quer dizer que a sua ideia é seguir investindo no perfume de Ashley. – Conclui.Andress me olhava de forma diferente, mal se movendo na cadeira. Eu estava sentada pela primeira vez à frente dele em sua sala falando sobre negócios e a forma como eu representaria a Montez Deocca na D.D.- Eu não tenho outra opção. Assinei um contrato com ela. Se quebrá-lo, sabe que terei que pagá-la e não tenho condições de fazer isto. A não ser... Que você queira convencer David a me ajudar a pagar a quebra de contrato.Eu ainda lia meu contrato de trabalho, mas levantei os olhos na direção dele para dizer:- Por que eu faria isto? – perguntei de forma séria – Eu não disse em forma de crítica o fato de você investir tudo no perfume dela.- Fiz isto por saber que é sua cria&