Olhei-me no espelho pela milésima vez. Eu tinha aquele vestido vermelho vivo há anos e nunca havia usado. Era de uma marca conceituada, porém muito simples para um grande evento e chamativo demais para uso no dia a dia. Era tomara que caia com o busto liso e justo e a parte da saia era com grande quantidade de tecido igual a parte superior, porém com um belo caimento e fazendo volume, mesmo que longa. Optei por sandálias douradas de salto fino e sem acessórios, já que achei que o modelo expunha demais a parte dos meus seios.
Amarrei meus cabelos num rabo de cavalo baixo, de forma a acentuar meu pescoço longo. Sempre que me perguntavam a parte do meu corpo que mais gostava eu dizia ser os olhos porque tinha vergonha de assumir que amava meu pescoço.
Quem em são consciência gostava do próprio pescoço? Eu!
Toquei o colo, sentindo falta do meu cordão com dois coraç
- Vlady vai achar que você é uma mulher linda, prevenida e que não quer ganhar uma DST. – Piscou.Balancei a cabeça e ri, fechando a porta. Desci de elevador e peguei um táxi até o Hotel Imperatriz, que ostentava cinco estrelas e para o qual me dirigi ao bar interno quando cheguei.O tal doutor Vlady estava hospedado no Hotel porque a casa estava em reforma. Segundo Verbena ele tinha posses e nenhum interesse em relacionamento sério ou casamento. Quarenta anos, solteiro, sem filhos.POV DAVIDEu não esperava ficar tanto tempo em Noriah Norte sem conseguir voltar à Noriah Sul ou mesmo à Itália. Com a morte recente de meu pai eu não confiava em ninguém para assumir a filial na Itália nem para me auxiliar na matriz.Élida me ligava todos os dias querendo que eu a trouxesse. Mas era praticamente impossível deixar uma menina
- Foi ele que a deixou! Aposto nisto porque parece magoada. – Fui sincero – E este assunto a deixa desconfortável e pensativa.- Não achei que Verbena fosse lhe contar sobre isto. – Ficou séria.- E realmente não contou nada.Peguei a taça dela que estava sobre a mesa e observei a marca de seu batom na borda, bebendo exatamente onde seus lábios haviam tocado, sentindo o gosto do uísque misturado com o doce do suco de cereja, imaginando beijar seus lábios enquanto meus olhos não conseguiam sair dos dela.De forma séria bebeu um gole do uísque e depois o segundo. Trocamos os copos novamente e a mulher bebeu o restante da sua bebida de uma vez, exatamente no mesmo lugar que eu havia tocado meus lábios. Teria sido um beijo, porém na borda da taça?Foda-se que ela estava interessada no meu dinheiro. Eu não casaria com ela nem nada d
- Deseja outra dose? – Ouvi o barman perguntando a ela e olhei para os lados, observando se alguém estava filmando ou fotografando nós dois. Ela poderia ter sido enviada por minha noiva desvairada.- Não, ela não deseja outra dose. – Peguei sua mão apressadamente, antes que o tal Vlady aparecesse.- Senhor Du... – ele me olhou, certamente preocupado com a aliança.- Eu já disse que estamos satisfeitos... Sem mais bebidas... – Fui ríspido.- A aliança! – Ele ficou confuso.- Jogue fora... Ela dá azar! – Maria Eduarda disse, piscando para ele, enquanto eu praticamente a arrastava para fora do bar em direção ao elevador.Encaminhei-a para o elevador VIP. Eu não gostava de dividir espaços pequenos com pessoas estranhas, independentemente de onde fosse. Observei-a olhando atentamente para a porta do elevador, as m&
Maria Eduarda ficou me observando atentamente, parecendo em transe. Estaria lembrando do ex-marido? Que porra eu estava pensando? Deveria me importava com o que passava pela sua cabeça?- Você é... Grande! – ela disse e fiquei em dúvida se ruborizou-se novamente ou ainda não havia se recuperado da outra vez que corou.- Ah, eu sei! – Me gabei, levantando um pouco a cabeça e observando meu pau ainda sob a cueca.- Falo do seu... Peito. – Foi séria, tocando-me na região do tórax, com seus dedos finos e mornos percorrendo sem pressa minha pele.Estreitei os olhos, confuso. Qual mulher com um pau do tamanho do meu na frente se preocupava em elogiar o meu tórax?Os dedos deslizaram pelo meu abdômen, fazendo eu ter uma sensação estranha, como se cada parte que ela tocasse acendesse um fogo incessante dentro de mim.- É tudo tonificado... – ela sorriu, apertando-me os quadris e depois a cintura, como se nunca tivesse visto um corpo de homem na frente.- Use a abuse... Da forma que quiser. –
Levantei e a observei em êxtase, a respiração ofegante, o peito com os belos seios indo e vindo com rapidez, a pele alva ainda me implorando para continuar a tocá-la.- Sabe que não acabou, não é mesmo? – Falei.Ela me olhou, com os lábios entreabertos. Puxei-a para a beirada da cama, pegando suas pernas e colocando-as em cima de meus ombros.- Se eu sentir isso novamente, vou morrer... – Ela disse com a voz fraca.- E desde quando alguém morre por sentir prazer? – Comecei a rir.Querendo senti-la ainda mais, passei a glande do meu pau ao longo de sua boceta molhada, espalhando seu gozo o máximo que consegui. Depois enfiei-me nela, enquanto de cima observa todo seu corpo mover-se ao comando do meu, e os olhos implorarem por mais e mais.Movia-me com lentidão, sabendo o quanto ela devia me desejar com força e profundamente.- Preparada para morrer, Maria Eduarda? – Minha voz saiu fraca, parecendo demonstrar todo meu desejo.- Eu... Queria ter morrido antes... Ter morrido mil vezes ante
Verbena pegou o telefone:- Vlady? Me diga que você dormiu com uma garota loira de vestido vermelho!Conforme ela ouvia a explicação do amigo do outro lado da linha, seus olhos se arregalavam. Por fim, ela sequer se despediu dele, jogando o telefone no sofá:- Definitivamente, você não dormiu com Vlady. Ele se atrasou e quando chegou não a encontrou... E o devasso passou a noite com outra mulher que encontrou. E sequer teve a dignidade de me avisar!Eu já havia cometido a loucura de ir para um encontro intencionando dormir com um homem, sendo que tudo já estava planejado de antemão. E ainda por cima dormi com o homem errado?Pus a mão na cabeça e comecei a sentir uma dor instantânea.- Está tudo bem? – Verbena se preocupou.- Eu dormi com um estranho!- Vlady teoricamente também era um estranho para você.- M
- Foi... Incrível! – Não consegui negar.Verbena gargalhou e me puxou até o sofá, fazendo-me sentar ao lado dela enquanto bebia café:- Me conte tudo... Porque pelo visto Vlady destruiu você. – Observou-me de forma debochada.- Eu não consigo acreditar que dormi com um homem que não era Andress... – abaixei a cabeça e tapei meu rosto com as mãos, envergonhada.Verbena retirou as minhas mãos do rosto e me fez encará-la:- E não deve se envergonhar disto. Eu só queria que você tivesse alguns orgasmos. E pelo visto consegui.- Eu gozei... Cinco vezes. – Senti minhas bochechas pegando fogo enquanto falava sobre aquilo com uma mulher que havia conhecido há pouco tempo.Ela bateu palmas:- Estou orgulhosa de você, Duda! Depois de um ano em coma e tudo que passou depois de acordar, era o mí
Ashley levantou-se da cadeira assim que me viu, atônita com minha presença.- Este é o meu lugar... A minha mesa de pesquisas. – Falei, confusa.- Já faz um ano que você não senta aqui.- Mas... Você tinha o seu lugar e a sua sala. Por que... Está na minha?- Não sabia que você voltaria a trabalhar aqui... Andress não me avisou.- Mas ele deve ter lhe dito que pegou toda a minha herança, não é mesmo? E investiu na Montez Deocca. Então, creio que juridicamente, tenho direitos na empresa.- Não quando assinou um documento dando direitos a ele sobre tudo que era seu.- Ashley, você sabia que ele tinha o intuito de me roubar? Isso foi planejado por vocês dois? É isso? – Fiquei devastada.- Andress não roubou você, Duda. Ele investiu na empresa.- E por que está falindo? O que ele fez com o dinheiro, afinal?- Eu acho... Que este assunto não me diz respeito. – Ela abaixou o olhar.Aproximei-me da minha mesa e questionei:- Se eu lhe fizer uma pergunta... Me responderia de forma sincera...