Mundo de ficçãoIniciar sessão
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Passo em falso
Gianni LafaietePuxo o cobertor envolvendo o corpo pequeno contra a leve onda de frio, estalo o pescoço um pouco irritado por precisar estar escondido no suburbio sem poder dar um maior conforto para ela, afasto o corpo devagar dela, jogando as pernas para fora deixando os pés tocarem o carpete antes de ir até a janela, afastando o tecido para observar a rua abandonada, ao longe o ceu começa a clarear indicando o final da noite longa. Confiro o celular sob a cabeceira sem nenhuma mensagem, aproveito isso para ir até o banheiro tomando um banho frio e demorado.Encontro a pequena comoda no quarto agradecendo por encontrar roupas decentes, visto um moletom e pego o celular dando um beijo na testa de Magnolia que se remexe com um resmungo abraçando o travesseiro.Balanço a cabeça ainda perdido nessa loucura que cometi, de tantas coisas estupidas que já fiz na vida, jamais imginei que quebraria uma regra da máfia por uma mulher. Passo a mão no pescoço ao descer as escadas, um passo em fal
Possível Traidor?
Bruno Lafaiete"Agora vamos falar de negócios de verdade" Abro um sorriso enorme para o velho, deixando que imagine uma falsa empolgação."Nessa última ida a Itália percebi que muitas fazendas estão sendo produtivas." Comecei incitando o caminho que desejo seguir. "Nem todas filho, acredito que podemos ganhar mais." "Estou aberto a todas as possibilidades." Com um sorriso enorme caminho de maneira lenta para o homem sentado na cadeira de ferro desfazendo o nó em seus pulsos atraindo sua confiança com a esperança da vida de luxos que manteve durante todos os anos. A ambição é como um veneno que em poucas doses diárias pode fortalecer o corpo ao ponto de se tornar imune, porém em grandes doses vai causando a cegueira dos homens. Castilho sofre desse mal tanto quanto Afonso, por mais que Gianni tenha as suas dúvidas em relação ao irmão sou capaz de ver atraves das ações friamente calculadas. Talvez já esteja no momento do meu tio se aposentar da máfia, encontrar pontos fortes e uma
Lar
Gianni LafaieteCruzo os braços no batente da abertura para a cozinha pequena, Magnolia parece se encaixar perfeitamente nesse ambiente, diferente de ontem no baile, apesar da beleza surreal, era nitido que estava incomodada em estar ali."Você fez café?"" Por que isso soa como uma surpresa?" Retruco segurando o sorriso.Esperar algo dela é como um mistério a ser desvendado a todo momento ainda mais com a lingua afiada que não perde uma oportunidade para alfinetar. Ela dá de ombros antes de falar."Um riquinho mimado que sabe ligar o fogão é algo novo de ver.""E eu acho algo bastante novo de se ver, uma ex freira que gosta de apanhar na bunda."Seu rosto se enche de sangue fazendo com que fique vermelha ao morder o lábio, por mais que toda a sua moral tente negar, sei que isso a excita. Magnolia é perfeita para mim, pois seu coração é puro ao mesmo tempo corajoso sempre desejando uma aventura segura."Você tem essa mania ughh." Resmunga se virando para abrir a geladeira exibindo a b
Nada irá me afastar
Magnólia WilliamsAs palavras de Gianni são como um afrodisíaco misturadas em sensações completamente novas, como um dia de primavera envolvendo o meu coração em um calor reconfortante. Antes que um simples beijo possa se tornar algo intenso, ele se afasta, seus dedos acariciando a minha pele ao deslizar para o pescoço arrancando suspiros involuntarios dos meus lábios. "Vem, vamos escolher um filme." "Quer mesmo ver um filme?" Questiono ainda insegura em relação a isso. "Com voce? Quero sim." Desvio o olhar desse jeito tao aberto dele, é como se entre quatro paredes Gianni se transformasse em um homem completamente diferente com detalhes que se encaixam perfeitamente para mim. "Vou preparar uma pipoca então." Ele ergue a sobrancelha sem entender."Filmes combinam com pipoca." "Na minha terra filmes combinam com vinho." "Não é cedo demais para beber?" "Nunca é cedo demais para se viver, amore mio."Mordo os lábios sentindo aquela velha felicidade de estar ao lado da minha mãe
último dia no paraíso
Magnólia WilliamsEsses dias ao lado de Gianni se parecem com um sonho do qual não quero acordar, seus braços envolvendo meu corpo. O calor do toque macio contra a coxa, fazendo o meu corpo se contorcer contra a cama. Sonho do qual acabo acordando com a claridade tocando o rosto, a boca quente percorrendo de maneira sedutora a parte interna da coxa enquanto a outra mão aperta com força o meu quadril fazendo o polegar se aprofundar contra o osso do ílio. O gemido escapa dos meus lábios enquanto os cílios batem sonolentos ainda, fazendo a mente despertar cada vez mais com o sopro quente contra a carne sensível. "Bom dia, amore mio." Essa voz grave é a mesma que permeia os meus sonhos e tem sido a música com a qual caio no sono depois de longas horas em seus braços, seja fazendo amor, assistindo filmes ou provando vinhos italianos diretamente dos seus lábios. "Bom dia ..." Engasgo com o gemido na garganta. "Gianni." Empurro os quadris para cima querendo um maior contato, ansiando pa
planos
Bruno LafaieteEncostado contra a porta fechada do sedan azul, observo Magnólia e Gianni subindo as escadas do jatinho particular, depois de sete dias com todos mentindo para encobrir a fuga do meu tio, os conselheiros já estão cobrando o posicionamento dele em algumas reuniões.Sete dias nos quais menti para Lívia, dizendo que não poderia levá-la ao orfanato, pedi a Magnólia para ligar do avião.Conhecendo a minha esposa sei que não permitiria que a mãe adotiva embarcasse sem a certeza de que Gianni se desfaça do casamento com Ana. Algo completamente inoportuno no momento em que estão todos aflitos, diante da notícia de morte de um dos nossos aliados na Rússia.Passo a língua nos lábios secos, reformulando alguns detalhes principalmente quando um dos meus hackers questionou quem é o Don, pois interceptando as mensagens encontrou uma dizendo que o chefe estava morto.Becca aparece ao meu lado, com suas botas pretas e uma calça de couro coloda as pernas cumpridas, os fios loiros amarra
A segurança dos nossos filhos
Livia LafaieteAs palavras de Bruno são como uma pedra de concreto sendo jogada contra o meu coração, mesmo que a todo momento tenha ludado de forma constante para acreditar nas palavras dele, criar e fortificar o nosso elo de confiança, passei a virar os olhos para a crueldade envolvendo esse mundo no qual fui jogada sem um único segundo para pensar nas consequências. Lidar com a maldade, na qual Bruno parece gostar de viver, desde o dia da consulta em que quase matou a médica dentro da nossa própria casa tem sido enlouquecedor, andar entre uma fina linha na qual posso acabar descobrindo coisas das quais não desejo saber se ele é ou não capaz de fazer.Sinto a minha respiração pesada enquanto meus dedos afagam a única curva que parece
Por ela
Bruno LafaieteApoio as mãos na mesa de madeira observando a porta fechada, inspirando profundamente o perfume suave que Livia deixou antes de sair do escritório deixando o silêncio preencher as certezas que gostaria de dar a ela. Empurro todas as coisas de cima da mesa sem dar importância se irão quebrar ou não, apenas, o som das coisas caindo dão um pouco de paz aos meus pensamentos confusos e caoticos.Minha esposa quer ter a segurança de uma vida na qual nossos filhos estarão seguros, mas isso não existe, não na máfia. A primeira vez que fui sequestrado foi aos cinco anos, a segunda aos oito anos, foi quando Gianni percebeu que já não existia mais uma inocencia a tentar preservar e determinou que começaria os treinamentos da minha iniciação, Becca sofreu um atentado aos sete quando o carro em que estava foi alvejado, com onze viu a melhor amiga morrer ao seu lado no exato momento em que chegamos para impedir que fosse sequestrada.Quero proteger Livia e os nossos filhos, por isso
Último capítulo