Ao chegar na empresa as meninas estavam todas trabalhando, até mesmo uma nova assistente, Glória, estava na mesa conferindo alguns tons de tinta.
- Bom dia, meninas! Manuella está na sala dela?- Ela perguntou olhando para Carla.
- Sim, ela chegou cedo. O senhor Augusto está com ela. – Assim que Carla respondeu Alice foi bater na sala da sócia que logo respondeu, meu ofegante.
- Entre. – Ao abrir a porta Alice viu que a amiga estava com o batom borrado e Augusto estava arrumando suas roupas.
- Ah, vocês dois poderiam ir para um Motel. Eu achei que estavam em reunião. – Alice disse botando as mãos nos olhos.
- Desculpe, mas meu contrato é com você. Eu não sabia que não podia dar uns beijos na sua amiga. – Augusto respondeu sarcasticamente. <
Eugenio acompanhou Alice de volta para casa em silêncio e enquanto ela tomava um banho preparou o jantar. Já que sua filha tinha trabalhado o dia todo e deveria estar cansada. Ela, no entanto, estava preocupada com Arthur, pois não conseguia ligar, então deduziu que ele a tivesse bloqueado e mandou uma mensagem: “Preciso falar contigo, por favor me atenda.”No dia seguinte Alice foi mais cedo ao hospital para falar com a médica da sua mãe, mas as notícias não eram muito boas. Manuella e Augusto foram com ela para dar apoio.- Alice, o que tenho a te dizer não é muito fácil. –Disse a médica.- O câncer da sua mãe está se espalhando rapidamente e não podemos fazer mais cirurgia nela, pelo menos até que se recupere da última. Podemos tentar fazer algumas quimioterapias para que os tumor
Justamente na noite que Dona Helena faleceu Arthur recebeu uma ligação do seu amigo que estava investigando Leonardo que disse que seu trabalho estava concluído e que iria enviar as provas para o e-mail dele.Depois da ligação Arthur tentou ligar várias vezes para Alice, mas o telefone estava desligado então resolveu tentar pela manhã, mas também não conseguiu. Sem muita vontade de vê-la, ele resolveu ir até Decorart para falar com ela. Ao chegar, Carla olhou-o com espanto e ele ficou pensando que tinha alguma coisa no rosto, então foi até um espelho perto para conferir, mas Carla riu de sua reação.- Desculpa, Senhor Arthur. Eu achei que estivesse com Alice.- Eu vim conversar com ela. Ela está na sala dela?- Ela não vem hoje. – Disse Carla, mas era
Os dois saíram de mãos dadas e ela foi puxando a mão de Arthur para um imenso gramado que tinha no final da rua. No final do gramado tinha uma figueira muito antiga e um pequeno penhasco logo ao lado dela. Os dois sentaram-se no escuro e ficaram em silencio por um longo tempo.- Sempre que eu precisava ficar sozinha, ou pensar no que fazer eu vinha pra cá e ficava olhando a lua para ver se ela ia me dar a resposta que eu precisava. Parece que hoje o céu está com uma estrela a mais, por isso está tão claro. – Alice explicou porque gostava de sentar naquele lugar.- Eu gostei daqui. Tudo é tão calmo, não tem movimento na rua. Às vezes tem um cachorro ou um gato caminhando, mas é só.- Mas amanhã as cinco você perceberá a diferença. Todos começam a trabalhar muito cedo.
Leonardo estava parado bem na sua frente, com os mesmos olhos afiados de águia sobre o corpo de Alice.- Alice, que bom ver você! – Ele a cumprimentou bloqueando seu caminho.- Pena que não posso dizer o mesmo. – Ela olhou-o com raiva e tentou passar por ele, mas ele bloqueou seu caminho novamente. – Eu tenho que ir, pode sair do meu caminho?- Não posso! Você quer encontrar aquele seu namoradinho almofadinha?- Isso não diz respeito a você. – Ela já estava com raiva.- Pode ter certeza que sim. Você não vai conseguir ver ele nunca mais. – Alice branqueou quando ouviu isso.- O que você fez com ele?- Com ele? Nada! A pergunta deveria ser: o que farei com você? - Assim que terminou de falar ele assentiu
Nesse momento Arthur lembrou de seu amigo e que também não poderiam contar com a polícia local.- Eu sei quem pode nos ajudar, mas pode levar um tempo para ele chegar e trazer o pessoal. Vou fazer umas ligações e você fique calmo. - Arthur saiu e foi para o quarto de Alice, ligou para seu amigo que imediatamente atendeu e disse que estaria a caminho em breve e levaria consigo a polícia e mais pessoas para ajudar.- Senhor Eugenio, consegui ajuda, mas levará umas quatro horas para que cheguem. Até lá temos que ficar calmos.- Eu não consigo ficar calmo. Não posso esperar sabendo que minha filha está com o próprio diabo.- Se ele quisesse matar ela já tinha feito. Mas ele não quer. Ele quer que ela fique com ele.- Em pensar que eu queria for&c
Alice estava acordando, mas ainda não havia aberto os olhos. Estava sentindo um cheiro de álcool e lembrava vagamente de algumas coisas que haviam acontecido. De repente ela abriu os olhos e viu seu pai sentado em uma cadeira de madeira, nada confortável escorado aos pés de sua cama meio adormecido. Olhou ao redor e viu que estava em um hospital, porém bem debilitado. Ela não quis acordar seu pai e olhou-o dormindo por um tempo, sem saber quanto, até que ele acordou.- Oi, querida! Você está acordada a muito tempo?- Um pouco, mas não quis te acordar.- Você lembra o que aconteceu ontem?- Um pouco. Lembro que fui sequestrada e que você e o Arthur foram me salvar. Mas não lembro como vim parar aqui.- Você não tem nada grave. O médico acha que voc&eci
Alice não tinha o que fazer, falou com vários médicos de plantão, alguns enfermeiros e até com a equipe de limpeza. Porém ninguém estava disposto a quebrar as regras e deixá-la entrar. No final da noite teve que ir para seu apartamento sem ver o seu amado.Eugênio não pode deixar de perceber a tristeza nos olhos da filha. Sabia o que ela estava sentindo com tudo que estava passando. Olhou bem para ela, assim que chegaram e lhe deu um abraço.- Não se culpe. As coisas aconteceram porque tinham que acontecer, você não teve nada a ver com isso.- Se eu não tivesse entrado na vida dele, nada disso teria acontecido. – Agora ela estava soluçando no ombro de seu pai. Ele a levou para o quarto e deixou que chorasse, pois sabia que isso iria aliviar o que estava sentindo. Logo ela adormeceu. E
Os dias passavam muito rápido. Alice tinha muitos compromissos gerindo os dois negócios. Nos finais de semana ainda precisava visitar o pequeno João, porém isso só podia ser feito no momento em que Norma saia para visitar o filho na UTI e em segredo. Os empregados conheciam muito bem Alice, por isso mantiveram segredo e João Pedro gostava muito dela, então não contava nada para a vó, pois sabia que se fizessem isso não se veriam mais.Arthur continuava em coma, mesmo que o corpo já estivesse quase que totalmente recuperado. Os médicos acreditavam que havia algumas questões psicológicas que estavam bloqueando a sua recuperação. Augusto fazia visitas periódicas ao seu amigo, mas Norma não aceitava a visita da Alice, mesmo que os médicos dissessem que poderia fazer bem a ele.Em uma das tardes que Al