Sem demorar muito Arthur buscou seu carro esportivo e os dois saíram para a casa de Alice. Quando chegaram, Arthur a acompanhou até seu apartamento e abriu a porta.
- Tem um envelope debaixo da porta. – Disse Arthur- Vou pegar para você.
Alice abriu e leu a mensagem e se arrepiou toda: “Eu sei onde você está escondida. Não adianta fugir.”
- O que foi? Você está pálida. Algo errado? – Alice entregou o bilhete para Arthur e caiu sentada no sofá com lágrimas de desespero no rosto e tremendo. - Você quer falar sobre isso? Você ainda não me contou nada sobre seu passado, talvez eu possa ajudar.
Ela não respondeu, ficou ali parada em estado de choque, perdida em pensamentos. Arthur ficou ali olhando-a por um tempo. Depois a abraçou e quando os soluços
Alice morava em um sítio com seu pai, sua mãe e um irmão dois anos mais novo. O sítio ficava em meio a grandes fazendas e vários dos donos delas já haviam feito ofertas por ele, mas senhor Eugenio havia negado todas.Porém o Sítio não estava indo muito bem e depois que terminou o ensino médio Alice pegou o caderno de contabilidade, o estudou e percebeu que havia algo errado: A produção caiu drasticamente nos últimos anos, mas isso não aparentava no trabalho que tinham somente no dinheiro a receber. Logo depois de ver isso ela tentou alertar seu pais que preferiu acreditar nos seus empregados, pois eram amigos a muitos anos.Logo o sítio entrou em colapso e não conseguiu pagar suas dívidas com o banco e teve que ser leiloado. A família Miller foi morar na vila: seu Eugênio começou a trabalhar
Alice gritou com Leonardo:- Senhor Leonardo, você não deveria fazer isso com sua esposa. Ela já está mal o suficiente.- Como se atreve a dizer o que posso ou não fazer com ele. – Ele disse se aproximando de Alice. – Já que não posso fazer com ela eu poderia fazer com você. É isso que você quer?- Eu não disse isso! – Alice começou a andar para trás e bateu em um móvel. – Por favor pare. – Implorou ela.- Agora eu não posso parar, você vai ser minha, sua putinha de merda. Isso é para você parar de se meter onde não deve.- Não, pare por favor. – Ela ainda implorou. - Eu vou gritar.- Não adianta gritar. Aqui todos sabem que não devem se intrometer nos
No dia seguinte ela vai para o trabalho e faz os seus afazeres de sempre. Antes de sair encontra o seu chefe na escada.- Minha esposa está precisando de uma roupa limpa. Vá agora e troque. -Alice voltou e trocou a roupa como ele havia mandado. Quando estava saindo, Leonardo a pegou pelos cabelos e a estuprou de novo e a jogou no mesmo quarto.- Não te preocupes, eu ligo para seu pai e digo que você prefere passar a noite aqui.- Você não vai me deixar ir? – Ela estava com medo e não queria ficar. Porém estava sem forças para lutar.- Não, de agora em diante você é minha, de mais ninguém.Em algumas semanas a esposa do chefe faleceu e isso foi uma brecha para Alice pedir demissão, já que seu trabalho era cuidar dela. Gean foi com ela para proteg
Arthur ouviu tudo com atenção, sentiu raiva quando Alice contou ao dono da fazenda e da reação do pai quando soube de tudo. Para ele os pais deveriam acreditar nos filhos incondicionalmente.- Acho que agora que você sabe do meu passado, não vai mais querer me conquistar. – Disse Alice com lágrimas rolando pelo rosto.- Muito pelo contrário. Agora eu quero te provar que sou diferente: que gosto de você de verdade. Seu passado faz quem você é, mas não define para onde você vai.Os dois se abraçam por um longo tempo, até que os soluços de Alice param e ela resolve levantar e lavar o rosto.- Vou fazer nosso almoço. Onde está o João Pedro? Você não o deixou sozinho?- Ele está com a minha irmã. Os doi
- Não sei, mas ele jurou que não deixaria mais ninguém tocar em mim. Eu estou com medo.- Eu não vou deixá-lo chegar perto de você. Tenho um amigo que é um bom investigador. Vou pedir pra ele investigar esse tal Leonardo. Os dois saem de casa de mãos dadas e vão até o restaurante que fica em um bairro simples da cidade. Os dois entram e Alice percebe que mesmo sendo em um bairro mais pobre a decoração é muito bonita, com flores do campo no centro das mesas e um canto com um homem tocando música ao vivo em seu violão deixava o lugar alegre.- Achei que pessoas ricas não gostassem de bairros pobres.- Eu nunca disse isso. Gosto de lugares onde posso ser eu mesmo, sem ter que dar um monte de dinheiro. Esse é outro dos meus lugares favoritos.- &Eacut
- Esse lugar é muito bonito. – Disse Alice admirada com o parque.- Eu trazia o João Pedro para brincar aqui. Minha sogra mora aqui perto. - Ele vê a cara de admirada de Alice e tenta remendar. – A Mãe de Andreia.- Você não precisa explicar. Eu entendi. - Eles caminham mais um pouco e Alice pergunta. – Você sente muita falta dela?- No começo eu senti, mas nosso casamento não andava bem. Brigávamos muito. – Ele pára e fica pensativo e triste.- Desculpe, não quis mexer na sua ferida.- Não tem porque se desculpar. Está na hora de eu superar isso também, mas me sinto tão culpado.- Por quê?- Porque brigamos muito naquela noite e ela saiu de casa. Era uma noite chuvosa. Eu
Alice chega em seu escritório e logo vê uma nova orquídea em sua mesa. Orquídea amarela de uma espécie não muito comum, enorme sobre a mesa. Ela pega e coloca sobre a estante ao lado da azul e pega o cartão.“Para uma mulher muito especial. Espero que tenhamos muitos domingos como o de ontem. Beijos. Arthur”Ela sorri e começa seu trabalho, muitas pessoas a procuraram nesta segunda depois do que viram na casa dos Parkers e ela teria bastante trabalho naquela semana, muitas reuniões com novos clientes e fornecedores.O tempo correu, Alice quase não teve tempo para ligar para Arthur, mas sempre mandava uma mensagem de boa noite. No sábado ao meio dia ela resolveu ligar para ele enquanto terminava de fechar seu escritório.- Oi, você está ocupado? – Perguntou Alice quando
O casal foi para a casa de Arthur e almoçaram lá. Alice aproveitou para brincar um pouco com João Pedro, pois não o via há algum tempo. Depois saíram para ir ao cinema.- Pai, posso te perguntar uma coisa? - João Pedro olhou para o pai com curiosidade.- Pergunte ao meu filho. Pela sua cara é algo bem sério.- Você poderia namorar com a Alice? – Alice olhou para ele que sentiu vergonha de ter feito a pergunta. - É que eu gosto muito dela e se vocês se casarem ela poderá morar em nossa casa e ser minha mãe.Alice fica com lágrimas nos olhos, se abaixa e fica na altura dele para poder falar olhando em seus olhos.- Eu também amo você como se fosse meu filho. – Ela o abraça com força. – Eu e seu pai estamos tentand