O Sr. Denham olhou para a mulher diante de si e contorceu-se. “Demasiado feia.”O coração de Susie disparou. Aquelas duas palavras foram suficientes para voltar a ficar nervosa. Nunca antes tinha desejado que Jane parecesse um pouco mais apresentável que as restantes.Se o Sr. Denham a considerasse demasiado feia, isso não significaria que Susie voltaria a ficar em maus lençóis?Susie espreitou para o contentor transparente com cuidado. A água no interior chegava a um metro de altura. E apressou-se a dizer ao Sr. Denham, “Não julgue pelas aparências, senhor. A Jane dar-lhe-á um bom espectáculo.”Apesar de Jane ter acabado de chegar, Ela conseguiu perceber o que se passava, através da conversa estabelecida entre os dois. Este espectáculo de que falavam iria ser mais outra dramática experiência para ela.O Sr. Denham olhava para Jane com dúvidas. “O que ela disse é verdade?”Os ombros de Jane arrepiaram-se. Esta era a segunda vez que hoje escutara aquela frase- ‘O que ela disse é
Mesmo a gritar com o Sr. Denham, Sean nunca parou de dar com a esfregona no contentor, não desistindo de o destruir.Atacava o contentor como se estivesse possuído por um diabo.Numa auto-estrada, a cinco mil quilómetros de distância do East Emperor, um Maserati percorria a estrada a uns 120km/h. As janelas estavam abertas, e o vento rugia lá fora, ocultando as vozes das pessoas lá dentro. Vagamente, o condutor disse, hesitante, “Acha que vai correr tudo bem, Sr. Soros? Aquele contentor é mesmo muito difícil de abrir, além de me ter pedido para mudar a chave. Alguém pode morrer.”Aquela voz era como leve sussurro, perdido no meio do vento. Mesmo assim, ele tinha conseguido ouvir cada palavra que fora dita. “E se alguém morrer? É ilegal dar-lhes acidentalmente a chave errada? John Denham é que gosta desses jogos pervertidos. Ele é que se devia preocupar.”O condutor não se atreveu a dizer mais nada, mas as suas mãos tremiam ao volante.“Ela não vai morrer. Se querem mesmo salvá
O queixo dela doía-lhe, e uma cara elegante aproximava-se de repente dela. “Olha melhor. Quem sou eu?”Aquela voz fria e aquele cheiro tão familiar perto da sua cara aclararam imediatamente a mente de Jane Dunn. “Porque estás…”“Porque estou aqui?” Sean não a deixou terminar a frase, os seus lábios alongaram-se num sorriso frio. “Precisas de perguntar? Não sabes que um dos meus hobbies favoritos é testemunhar os teus tormentos?”Próximo dele, Uno sacudiu-se, ao ver a mão direito do seu chefe.Drip drop, drip drop… a mão direita do seu chefe continuava a pingar sangue, então porque terá Sean dito aquilo?A grande mão de Sean largou o queixo de jane para o lado, com alguma brutidão, e levantou-se, estendendo o seu corpo comprido. Baixando o olhar, agraciou Jane com uma mirada de soslaio, dizendo-lhe “levanta-te. Vem comigo se não estiveres morta.”Uno não gostava da Senhorita Dunn, mas a mulher no sofá estava agora muito diferente daquela outra mulher orgulhosa e arrogante de há tr
As portas do elevador abriram-se ao som da campainha, e Sean carregou Jane na horizontal, apressando-se a sair do elevador. Ele correu para o quarto e colocou-a na cama larga, e imediatamente começou a retirar-lhe as roupas.Ele desabotoou cada botão, um atrás do outro. Mas esta mulher usa sempre assim tanta roupa, mesmo num dia tão quente?Por esta altura o seu indicador pousava na terceira camisola comprida, ficando perplexo. Quem é que utilizava uma longa camisola de algodão, própria para o outono, por baixo de tantas camadas de roupa, num dia de verão?Mas não podia deixá-la com aquelas roupas húmidas.Sean apressou o seu movimento, retirando-lhe as roupas molhadas.Depois, virou-se para retirar uma t-shirt branca do seu armário, colocando-a sobre o seu corpo.Ele fez tudo isto de uma vez, sem qualquer pausa. No meio da pressa em despi-la, ele repara na cicatriz que ela tinha na parte detrás da cintura.Sean colocou a t-shirt por cima dela e estava prestes a despir-lhe as ca
Ela rejeitava-o, mas ele ia imprimindo mais força nela.Smack!Ouviu-se o volumoso som de um estalo e, de um momento para o outro, fez-se silêncio no mundo.Sean olhou a mulher imóvel debaixo dele, incrédula. A sua mão tremia com violência, ao olhá-lo em extremo terror. Sean encarava-a sério a mulher deitada no meio dos lençóis. Ela não lhe tinha batido com força, não lhe tinha doído. Mas mesmo assim, mas esta tinha sido a primeira vez que, na vida privilegiada do Mestre Stewart, o líder do estimado império Stewart da Cidade de S, tinha sofrido um estalo, uma rejeição. Ele pressionava os seus lábios finos, um no outro, desenhando uma só linha com a boca, e olhou para a mulher por baixo dele. De súbito, levantou-se e saiu da cama, virando as costas a Jane, dizendo-lhe,“Troca essas calças molhadas. Não me molhes a minha cama.”Ele atirou-lhe um para de calças de homem. Elas caíram em cima da sua mão-Jane pestanejou. O homem nem se virou, suprimindo a sua raiva, ao sair do quart
Algo movimentou-se atrás dele“Faca aí parada. Onde pensas que vais?” Sean olhava para aquela mulher tímida, com os seus olhos penetrantes, no limite da sua fúria.“Trabalhar,” Jane respondeu devagar.De repente!A fúria no coração daquele homem deflagrou-se e a sua cara, fria e estática como jade, tornou-se indecifrável. Do nada, perguntou-lhe, “Trabalhar? Com o teu corpo assim, no estado em que está?” Tudo em que aquela estúpida mulher conseguia pensar era no dinheiro. Ainda há instantes, mal tinha sobrevivido, e a primeira coisa em que falara ao abrir os olhos foi em dinheiro. Que mais lhe importava, para além do dinheiro?Ó… E havia mais uma coisa!Zach Lucas!O nome do homem que ela não parava de murmurar, até quando dormia! Zach Lucas!“Se não tiver mais nada para me dizer, Sr. Stewart, vou trabalhar.” Ela mantinha-se tímida e reservada, com as suas costas curvadas, como se a sua coluna fosse incapaz de se endireitar. Ao vê-la assim, Sean sentia uma inexplicável fúria e u
Alora assemelhava-se a uma bomba prestes a explodir, caminhando até ao Departamento de Relações Públicas. Caminhava e grande velocidade, cortando o ar à sua volta, e deixando as pessoas que a viam espantadas. “O que se passa com Alora?”“Não sei.”“Parece que vai para o Departamento de Relações Públicas.”“Será que aquela empregada de limpeza fez alguma coisa outra vez?”“Parem de falar dela dessa maneira. Ela esforça-se tanto quanto pode, está a fazer-vos algum mal?” Perguntou Annie, com uma voz fria e chateada. “Somos meras empregadas, por isso deveríamos cingir-nos ao nosso trabalho. Se disserem alguma coisa errada e se isso vos puser em problemas, ninguém vos vai poder safar.”Ao dizer-lhes isso, ela olhou para Susie que tremia a um canto. “Despacha-te e serve a mesa nº3. Eles estão a reclamar, estão a dizer que já pediram as bebidas há séculos e qe tu ainda não lhas serviste.”Susie sentia-se isolada. Ela estava fora de si, desde que havia regressado daquele quarto no sexto
Aquelas três palavras- O nosso patrão. A gerente Kohr talvez pudesse não saber quem era o patrão, mas a pessoa que contribuíra para excelente reputação duradoura do East Emperor deveria ser alguém extremamente influente e capaz.Agora, no entanto, Alora contava-lhe que esse misterioso “patrão” fora quem salvou Jane Dunn.O patrão era apenas uma de muitas maneiras de apelidar este mega magnata no topo. Os joelhos de Kohr enfraqueceram tanto que ela caíra de costas no chão. Havia um sonido nos seus ouvidos. Alora não entrara em detalhes, mas tinha sido o suficiente para Kohr aperceber-se de algumas coisas.A sua cabeça estava uma confusão. De súbito, foi apanhada num momento de clareza e a sua cabeça levantou-se com brusquidão. Ela chorava, “Eu não sei nada de Jane Dunn, não sei onde se encontra, nem como está. Espera um momento, Alora, vou investigar isto.”Certamente, alguém que tivesse um desejo de morte, poderia sempre tentar causar dano a Jane.Se ela soubesse da ambígua rela