Ela rejeitava-o, mas ele ia imprimindo mais força nela.Smack!Ouviu-se o volumoso som de um estalo e, de um momento para o outro, fez-se silêncio no mundo.Sean olhou a mulher imóvel debaixo dele, incrédula. A sua mão tremia com violência, ao olhá-lo em extremo terror. Sean encarava-a sério a mulher deitada no meio dos lençóis. Ela não lhe tinha batido com força, não lhe tinha doído. Mas mesmo assim, mas esta tinha sido a primeira vez que, na vida privilegiada do Mestre Stewart, o líder do estimado império Stewart da Cidade de S, tinha sofrido um estalo, uma rejeição. Ele pressionava os seus lábios finos, um no outro, desenhando uma só linha com a boca, e olhou para a mulher por baixo dele. De súbito, levantou-se e saiu da cama, virando as costas a Jane, dizendo-lhe,“Troca essas calças molhadas. Não me molhes a minha cama.”Ele atirou-lhe um para de calças de homem. Elas caíram em cima da sua mão-Jane pestanejou. O homem nem se virou, suprimindo a sua raiva, ao sair do quart
Algo movimentou-se atrás dele“Faca aí parada. Onde pensas que vais?” Sean olhava para aquela mulher tímida, com os seus olhos penetrantes, no limite da sua fúria.“Trabalhar,” Jane respondeu devagar.De repente!A fúria no coração daquele homem deflagrou-se e a sua cara, fria e estática como jade, tornou-se indecifrável. Do nada, perguntou-lhe, “Trabalhar? Com o teu corpo assim, no estado em que está?” Tudo em que aquela estúpida mulher conseguia pensar era no dinheiro. Ainda há instantes, mal tinha sobrevivido, e a primeira coisa em que falara ao abrir os olhos foi em dinheiro. Que mais lhe importava, para além do dinheiro?Ó… E havia mais uma coisa!Zach Lucas!O nome do homem que ela não parava de murmurar, até quando dormia! Zach Lucas!“Se não tiver mais nada para me dizer, Sr. Stewart, vou trabalhar.” Ela mantinha-se tímida e reservada, com as suas costas curvadas, como se a sua coluna fosse incapaz de se endireitar. Ao vê-la assim, Sean sentia uma inexplicável fúria e u
Alora assemelhava-se a uma bomba prestes a explodir, caminhando até ao Departamento de Relações Públicas. Caminhava e grande velocidade, cortando o ar à sua volta, e deixando as pessoas que a viam espantadas. “O que se passa com Alora?”“Não sei.”“Parece que vai para o Departamento de Relações Públicas.”“Será que aquela empregada de limpeza fez alguma coisa outra vez?”“Parem de falar dela dessa maneira. Ela esforça-se tanto quanto pode, está a fazer-vos algum mal?” Perguntou Annie, com uma voz fria e chateada. “Somos meras empregadas, por isso deveríamos cingir-nos ao nosso trabalho. Se disserem alguma coisa errada e se isso vos puser em problemas, ninguém vos vai poder safar.”Ao dizer-lhes isso, ela olhou para Susie que tremia a um canto. “Despacha-te e serve a mesa nº3. Eles estão a reclamar, estão a dizer que já pediram as bebidas há séculos e qe tu ainda não lhas serviste.”Susie sentia-se isolada. Ela estava fora de si, desde que havia regressado daquele quarto no sexto
Aquelas três palavras- O nosso patrão. A gerente Kohr talvez pudesse não saber quem era o patrão, mas a pessoa que contribuíra para excelente reputação duradoura do East Emperor deveria ser alguém extremamente influente e capaz.Agora, no entanto, Alora contava-lhe que esse misterioso “patrão” fora quem salvou Jane Dunn.O patrão era apenas uma de muitas maneiras de apelidar este mega magnata no topo. Os joelhos de Kohr enfraqueceram tanto que ela caíra de costas no chão. Havia um sonido nos seus ouvidos. Alora não entrara em detalhes, mas tinha sido o suficiente para Kohr aperceber-se de algumas coisas.A sua cabeça estava uma confusão. De súbito, foi apanhada num momento de clareza e a sua cabeça levantou-se com brusquidão. Ela chorava, “Eu não sei nada de Jane Dunn, não sei onde se encontra, nem como está. Espera um momento, Alora, vou investigar isto.”Certamente, alguém que tivesse um desejo de morte, poderia sempre tentar causar dano a Jane.Se ela soubesse da ambígua rela
Uno ignorou-a. Que sabia ela dos eventos do passado?“Chama a rapariga,” Disse ele.Alora acenou. Susie Thompson de qualquer maneira não lhe caia bem. Sem quaisquer justificações, Susie Thompson foi chamada ao escritório de Alora. Durante todo o percurso sentiu-se desconfortável.“Alora,” Ela sabia que não devia colocar-se distante, como o fez na primeira vez em que fora chamada.“Não percamos tempo. Diz-me o que aconteceu hoje no quarto privado do sexto andar.” Alora utilizou palavras simples e directas.Susie Thompson amedrontou-se de imediato. Tal como esperara, tinha sido chamada pelo que tinha acontecido no sexto andar.Ela iria tentar evitar julgamentos desfavoráveis em relação a si e iria esconder alguns detalhes, ao se explicar a Alora.No entanto, ela enfrentava duas pessoas extraordinariamente astutas. Quer fosse Alora, ou Uno, eles podiam formular o essencial do acontecimento, baseando-se nas palavras e nas expressões que Susie Thompson.“Não fiz mesmo de propósito
Sem saber se era fruto da sua imaginação ou se de outra razão, ela sentiu que o caminho desde o corredor até ao elevador estava preenchido por unhas. Cada passo que dava parecia-lhe que pisava unhas.Jane Dunn permaneceu em silêncio, ao seguir atrás de Uno.A porta do elevador estava mesmo diante deles. Uno parou por um momento para depois gesticular um “faça favor” destinado a Jane Dunn que estava atrás dele. “Por favor, Senhorita Dunn.”“Vocês…” Jane Dunn hesitou por um momento. Ela não se considerava uma pessoa intrometida, mas mesmo assim olhou para Uno que se apresentava com um semblante frio, perguntando-lhe “Não vão subir comigo?”“O chefe quer que suba sozinha, Senhorita Dunn.”Uno puxava ainda Susie Thompson pelo pulso. Ao ver a porta do elevador a fechar-se, ela gritou apressada, “Jane Dunn! JAne Dunn! Tens de me ajudar! Sei que tens o melhor coração de todos. Não suportas ver-me neste estado miserável, não é? Não é?”Uno olhava para Susie Thompson com os seus olhos car
“Jane Dunn, não mereces a gentileza de ninguém. Qualquer um que te triste de forma gentil, está a cometer um erro enorme! Não és merecedora da gentileza de ninguém!” Ele falou sem escolher as palavras. Nos seus olhos havia sempre frieza e indiferença, e agora existia também raiva- uma nesga de dor e indignação!As palavras de Sean Stewart perfuraram Jane Dunn, penetrando no mais sensível dos sítios na parte mais profunda do seu coração! Ela ergue a cabeça prontamente!Existiam estrelas ardentes nos seus olhos. Era a raiva. Ela não perdia o controlo e não entoava gritos de choro tão estridentes, com aquela sua voz rouca e rasgada, desde o dia em que Luka morrera na prisão. Ela olhou-o feroz e chorou. “Que sabes tu! Não sabes nada! Alguma vez viveste alguma coisa! Não sabe nada! Por isso, quem te deu o direito de me criticares?” ‘Passaste pelo que eu passei?! Alguma vez experienciaste a mesma dor que eu experienciei?!” “Eu conheço-te demasiado bem, meritíssimo Sr. Stewart. Se tiv
Os seus dedos esguios tocavam na cicatriz.Na ponta dos seus dedos houve a sensação de uma superfície irregular.No momento em que a tocou, Sean Stewart sentiu como se os seus dedos escaldassem.“Sinceramente, Sean Stewart, como é que tens espirito para atormentar um corpo frágil como esse?” A chamada continuava. Elior White comentava meio a brincar, meio a sério.Neste lado da chamada, era como se o homem não ouvisse sequer as palavras de Elior White. O seu polegar acariciava a cicatriz áspera, delicadamente. De repente, fez algo estranho. Ele pousou a palma da mão inteira sobre aquela cicatriz.Estudou a sua mão atentamente. Só ele sabia o que estava realmente a estudar.A chamada de Elior White continuava, contudo Elior não ouvia qualquer resposta. Havia apenas silêncio daquele lado da linha, tanto que parecia que Sean havia-se esquecido de desligar a chamada.Porém, Elior White não tomou a iniciativa de desligar a chamada. Ele agarrou num cigarro e, com um “clique”, à cabec