Aquela conversa já tinha vindo à tona dias atrás. Porque ele já tinha deixado claro que não era uma das melhores pessoas do mundo, então morreria de ciúmes quando ela conseguisse qualquer amigo, porque qualquer um seria um homem melhor que ele para estar ao lado daquela garota, num entanto…Era ele quem a tinha em seus braços e faria de tudo para ser um homem melhor, apenas para ficar com ela, para beijar sua boca, abraçar seu corpo, e fazê-la sorrir. Contudo ouvir algo como ela ter saído com outra pessoa o assustou. Porque se Mel estava aberta a conhecer novas pessoas, era claro que se apaixonaria fácil por um homem normal.— Saiu com uma pessoa… Ontem? Você saiu com uma pessoa? Que pessoa? O que? Eu não entendi. - Continuou a olhar para a namorada que não conseguia tirar os olhos de Becca. O que elas estavam escondendo? Quer dizer que agora até a Becca era a melhor amiga de Mel e não era sua? Tudo bem que eles nunca foram tão amigos e que ele a tinha apenas como uma mera mulher corr
Ela não sobreviveria sem ele, disso tinha certeza.Desceu o resto das escadas indo em direção à cozinha onde já escutava a doce voz de seu irmão. Entrou na cozinha avistando os dois sentados conversando sobre qualquer segredo que só eles entenderiam. Poderia dizer que sentia ciúmes quando eles simplesmente esqueciam-se da sua existência e entravam no mundinho deles e pronto. Parou diante deles e Maurício logo abriu um sorriso lhe olhando.— Eu não sei quem fez esse bolo, mas está uma delicia. Você nunca faz bolos assim, tem alguma coisa nesse aqui que está melhor que qualquer outro que já provei. - Avisou mais sorridente ainda mostrando o quanto estava feliz em provar aqui — A gente abriu a geladeira e tem inúmeras coisas gostosas para provar. - Se agitou pulando da cadeira.— Calma - pediu ao segurar os ombros do garoto que se agitava cada vez mais — lembra-se que não estamos em casa, então fica calmo. - Pediu outra vez o garoto sorriu concordando — Todos os dias têm bolo nessa casa
— E o que nós vamos fazer agora? - Aquela pergunta, pegou Mel de surpresa.Não era como se não tivesse pensando em como iria fugir daquela palhaçada para finalmente começar a viver em paz. Porque sim, a pessoa vir do nada querer tomar o seu irmão era uma grande palhaçada e não iria aceitar isso nunca. Mas por outro lado, ouvir um “o que nós” a deixou intrigada, isso queria dizer que Becca ficaria mais um pouco na cidade e lhe ajudaria no que fosse preciso? Não iria julgar a garota também. Todos que conheciam Maurício se apaixonavam pela criança linda e extraordinária que ele era. Então por quê? Porque insistir que não deviam ser amigas ou que eles não mereciam ou não podiam fofocar em algum momento?Mas claro que não estava sentindo ciúmes do irmão. Era apenas um cuidado que sempre quis ter com a criança. Com o seu irmão. Ele era tudo que teve na sua vida por muito tempo e não iria abrir mão disso. Contaria com ajuda de quem fosse preciso.— Eu não sei ainda - Cruzou os braços. Estava
— O que achou dessa? - O garoto saltou para fora do vestuário dando uma volta na frente de Levi para correr até o espelho e se olhar. Vestia uma blusa branca de gola alta e manga comprima e uma calça preta e nos pés um sapato de uma marca que ele nunca tinha ouvido falar, mas como foi Levi que escolheu, ele colocou juntos. — Eu gostei de tudo, menos do sapato.— Só porque eu escolhi? - Quis saber, Levi levantou indo até o espelho também, arrumou o cabelo e encarou o garoto que imitou os movimentos se achando um máximo. — E eu gostei só do sapato.— Essa é a quinta roupa que eu experimento, e a gente não estar conseguindo concordar com nada porque nossos gostos são estranhos e diferentes. - Avisou o menor virando para a atendente que olhava para o mais velho com tanto desejo que mal deu atenção ao garoto quando avisou que iria levar tudo que tinha experimentado e mais umas camisas que Levi tinha escolhido. — Afinal, como você é quem vai pagar, tem certo direito de escolha.— Achei que
— Aí ele me levou para comer um negócio que eu não sei o nome, mas era gosto e eu adorei. Afinal, você devia aprender a fazer, porque se já era bom feito por uma mulher que não faz com amor, imagine sendo feitos por vocês - O garoto ainda falava enquanto subia as escadas e correu com a chave do apartamento quando chegaram ao andar abrindo as portas e foi direto para seu quarto.— Obrigada Felipe por tudo, e por trazer esse monte de coisa. Meu Deus - Avisou ao motorista que sorriu colocando as sacolas no lugar indicado. — E obrigada por passar o dia vigiando esse garoto.— Ele se comportou bem. E eu não devia dizer, mas vi Levi sorrir algumas vezes - Avisou para a outra que assentiu se despedindo do senhor.— Obrigada. - Fechou a porta encarando Becca que começava a preparar alguma coisa para comerem — Tem certeza que quer fazer alguma coisa? Ainda está cedo, e podemos pedir alguma coisa.— Isso é bom. E podemos abrir uma taça de vinho - Mel pensou em recusar, mas dado a todos aos acon
O lugar escolhido ainda não estava aberto, de fato, mas como Miranda disso, nenhum restaurante daquela cidade seria louco em não deixar que Levi entrasse sendo o conhecido como o herdeiro da empresa Santiago. Era aconchegante e pouco iluminado, mesas afastadas, era um lugar perfeito por assim dizer, poucas flores e janelas de vidro que inibiam qualquer privacidade uma vez que tanto os de dentro como os fora podiam desfrutar da vida. Miranda ia sempre à frente, jogando os cabelos loiros de um lado para o outro, ainda era charmosa há seu tempo, e completamente sexy.Talvez homem nenhum discordaria, do quanto ela era bonita, nem Levi. O único problema é que não era a garota que gostava. Então só isso daria para ele se sair de qualquer coisa que ela viesse a falar ou fazer em sua direta, ou indiretamente. Sentaram-se juntos e o garçom logo veio oferecer as entradas e depois de escolhidas, Miranda voltou a encarar o moreno que não parecia tão feliz de está ali. Não prestava atenção do deco
— O que acha deste aqui? - Ela voltou do quarto com um sorriso grande, o vestido preto cobrindo os ombros e os joelhos, deu um volta e logo voltou a encarar os dois em sua frente. — Eu gosto desse vestido, e foi o Levi quem mandou comprar.— Ele mandou comprar porque você gostou, não porque é bonito. E em você fica péssima. - Maurício, como sempre, foi sincero o suficiente para fazer Becca dar uma gargalhada e Mel cruzar os braços, irritada. — Irmã, você sabe que não pode me perguntar nada que eu não consigo dizer que ficou bom só para te agradar.— Às vezes eu fico pensando de que lado você estar - Mirou os olhos em Becca que parou de rir — Achei que fosse minha amiga, ou melhor, minha babá preferida.— Babá de quem? - Maurício quase grita, e olhou de uma para a outra — Eu sou jovem, não preciso de babá. Só pra deixar vocês informadas. - Cruzou os braços. — Vai atrás de outro vestido, que esse é horrível.Mel revirou os olhos rindo e tratou de vestir outro e voltar novamente à sala.
Levi não era um homem que possuía luxuria apenas sexual. Ela já devia ter se acostumado, mas sinceramente, não se via no meio de tudo aquilo ou se sentia bem. Talvez o dinheiro não comprasse o seu eterno conforto. Ela não tinha nascido para tudo aquilo.— Claro que não. - A taça de vinho rose foi lhe oferecida, Mel primeiramente, adorou a cor antes de provar e gostar. Era doce, suave, gostoso. — É muito bom.— Que bom que gostou. - Ele abriu outro de seus sorrisos, daqueles que não mostrava tanto por aí. — Aqui podemos falar mais tranquilamente e pela noite toda se preferir, você sabe que não gosto de multidão, então me der um desconto.— Na verdade você precisa ser egocêntrico. Quantas pessoas saberão que Levi Santiago parou esse restaurante apenas para um encontro?— Provavelmente, muitas pessoas, mas eles não estão ligando se eu parei ou não o restaurante, vão querer saber quem seria minha acompanhante. - Ela sorriu.— E a sua acompanhante não é tão especial assim - Ele parou de ri