Ela não ia cair naquela emboscada, Levi não valia sua saúde mental, também não valia a vida do próprio filho. Suspirou calmamente e virou para Miranda que mantinha um sorriso grande nos lábios.— Já soube do resultado da audiência, o que não é nenhuma surpresa. Por mais que eu fosse pagar para ter aquele resultado, qualquer juiz em plena consciência daria a guarda a sua avó. E tudo isso, foi apenas para mostrar o quão eu posso ser superior a você com apenas uma ligação - parou mais próxima de Mel — E agora que já sabe do que eu sou capaz, volto a dizer que eu vou acabar com você, se continuar com o Levi.— Todo mundo está querendo saber quem é a namorada dele, mas talvez já tenham adivinhado. - Anna voltou a falar — Num simples almoço de família as pessoas olharam para Miranda e viram uma mulher digna de ser a esposa do Levi. E é claro que se ele rejeitar, quando todos te conhecerem, vai querer saber quem é você, e eu não vou usar outras palavras se não as que eu conheço. Nem que isso
Se sentir livre e sem um peso nas costas não é para qualquer pessoa.Todo mundo diz que para conseguimos as melhores coisas da vida, é preciso fazer sacrifícios.Então, ela faria esses sacrifícios.Abrir mão de Levi seria como lhe matar por dentro, mas ao mesmo tempo e que lhe mataria, tudo voltaria ao normal quando olhasse no espelho e visse o seu próprio filho.Ainda nem tinha parado para pensar direito no que era ter um ser humano dentro da sua barriga, mas ela já sentia tanto amor, tanto carinho que não daria um passo para frente sem pensar na segurança e bem estar da criança. E realmente, se continuasse ali e prosseguisse como namorada de Levi sabe Deus quantas pessoas iriam irritar, e se alguém além daquelas duas fizesse algo ao seu bebê? Ah, mas ela não se seguraria, e acabaria com qualquer um no piscar de olhos.Logo o táxi chegou ao seu prédio e desceu com um sorriso no rosto, o mundo poderia está desabando, ela continuar sorrindo apenas em saber que seu filho estava bem, que
O apartamento de Becca era menor do que Mel imaginou, ainda assim, era aconchegante e estilos, tudo em tons creme e rosa, deixando registrado o amor que ela tinha por artes coloridas espalhadas pelos corredores e até na sala. Mel encarou aquilo como olhos brilhantes achando uma das coisas mais caras e fofas ao mesmo tempo. Quando você mora sozinho, pode optar por encher sua casa de tudo que precisa e mais gosta, ou usar aquele espaço apenas para guardar o que jamais iria precisar usar. Becca optou por encher de tudo que desejava, e da cor rosa.— Para uma garota que dorme todos os dias na minha casa, me pergunto se sente bem lá mesmo. Porque não tem nada rosa que possa se igualar a isso aqui - Avisou enquanto rodeava a sala. Viu-a sumir na cozinha rindo de alguma coisa se aproximou para fazer algumas fotos na estante. Talvez fosse sua mãe que tinha morrido cedo, sua vó, até Levi estava ali, deveria ser uma festa de aniversario.— Eu adoro sua casa, não pelas coisas, mas porque lá tem
Ela necessitava de paz.— Hey, vai ficar tudo bem. - Avisou Becca ao sentar ao seu lado. Sorriu uma para outra. — Você só precisa acreditar.— Eu poderia sumir de uma vez, mas isso deixaria o Levi um pouco perturbado das ideias e em algum momento ele iria me achar. - Abaixou os olhos dando um sorriso — Talvez eu tenha que pedir um tempo, um tempo para pensar e fazer o que quero fazer, e depois eu volto, se ele ainda me quiser tudo bem, mas se isso não for acontecer, tudo bem também.— Ah meu Deus! Você sabe que voltará carregando um filho dele nas costas, ele vai te aceitar de braços abertos. - Mel suspirou olhando para sua amiga com todas as duvidas na mente. — Ou não, dependendo que você for dizer na hora de terminar.— Esse vai ser o maior desafio da minha vida. Eu gosto do Levi, eu o amo, mas… no momento eu não tenho que aceitar esse amor. Estou vivendo em função da minha família, depois do meu irmão e não estou pronta para viver para meu marido e um filho tudo ao mesmo tempo e ai
Passar a noite com Becca foi uma das decisões mais legais que tomou na sua vida. Se divertir como uma garota jovem sem nenhuma preocupação para tratar, isso que era viver. Ao voltar para casa, Mel se deparou com o irmão acordado e mesmo sem dizer uma palavra, sorriu enquanto arrumava suas coisas dentro de algumas caixas. A mudança ia acontecer, cedo ou tarde e parecia que para Maurício, ia ser mais cedo que o esperado. Depois de um longo abraço, Mel chegou ao seu quarto olhando tudo em volta, sentiria saudades daquilo? Claro que sim, mas nada seria melhor que paz.Encarando as coisas ao redor, notou que sua bolsa não estava no quarto, e quando virou para sair do mesmo e procurar na casa, lembrou exatamente onde tinha deixado. No meio da discussão com Levi, ela se lembrava de ter jogado nele suas coisas e não juntou quando saiu de lá. Então queria dizer que mesmo depois de uma longa discussão, querendo ou não, ela tinha que voltar lá para buscar suas coisas. Revirou os olhos ao andar p
— Nesse meio? - Perguntou sem entender — Em que meio você está querendo dizer? — No meio dessa merda toda que é a sua vida - Levi se surpreendeu — Eu não sirvo para me acomodar dentro dessa casa e não ser ninguém na vida, além de que? Sua esposa? Não vou aceitar que jogue suas ordens em cima de mim, e nem o seu jeito explosivo de surtar quando não consegue alguma coisa. Eu não quero ter que cuidar de uma criança adulta, como você. — Mel… — Meses atrás quando nos conhecemos, você disse que mudaria para que eu ficasse contigo, mas você continua o mesmo, ainda é autoritário e acha que o dinheiro compra quem quiser, e ele compra mesmo… Mas não a mim. - Apontou para si e dessa vez, não conseguiu esconder a lágrima que escorreu por seu rosto — Eu perdi a guarda do meu irmão, e está tudo bem. Ele vai embora com a minha vó e eu fiz a minha escolha. Levi desviou o olhar, a vontade chorar bateu no seu peito com tanta força que ele mesmo não se reconheceu. Ele não era homem de chorar por nada
Assim que Miranda chegou a sua casa, a empregada presente lhe avisou que tinha visitas. O sorriso se deu a mulher parada na pequena sala à fez entender que tudo tinha corrido muito bem naquela manhã. E logo gargalharam juntas se jogando no sofá. — Não sabia que tinha corrido daqui para a casa de Levi, se soubesse teria ido direto para lá e levado Marlon. Tenho certeza que ele iria gostar de encontrar os dois sozinhos, isso lhe daria mais chances de ficar com meu enteado.— Não se preocupe quanto a isso. - Se acomodou mais no sofá — Eu fiz com que aquela mulher fosse embora, eu assisti sua partida com toda alegria do mundo. Ela deu as costas a ele e disse que não voltaria, e ele não aceitou muito bem.— Não aceitou? - Anna quis saber — Como não aceitou? Ela terminou com ele, certo?— Sim. Ele não aceitou muito bem porque me mandou ir embora, além de que subiu para o quarto com uma garrafa grande de um uísque dos tempos antigos, um dos mais fortes que conheço. Me ofereci para beber com
— Exijo saber o que aconteceu.— O que aconteceu… Hm… - Riu de lado sabendo que a resposta muito iria agradar ao pai. — Parece que suas orações fizerem efeito, efeito na mulher da minha vida, então isso já pode fazer você ficar feliz, não é? - Olhou para o homem mais atrás — Eu nunca consegui gostar de uma mulher como gostava da Mel, eu me sentia feliz quando estava ao seu lado.— Mas a Mel, não é mulher para você - Contou se aproximando do moreno que riu voltando a encarar a entrada da sua casa, por um momento, ao menos em algum dos sonhos que teve enquanto dormia agarrado na sua bebida quente, ele esperava que ela aparecesse correndo e pedindo para voltar.Ele fingiria que iria relutar, mas não ia demorar muito. Sentia falta dela, do seu cheiro, da sua voz o mandando fazer coisas que ele jamais faria. O obrigando a ter sentimentos por ela, mesmo quando ele desejava que não tivesse nada. Porque amar uma pessoa doía tanto? Preferia nunca ter descoberto esse sentimento.— Não é a mulhe