Lia PerroniKairós me deitou suavemente na cama, seus olhos fixos nos meus, a paixão ardendo em seu olhar. Ele se posicionou sobre mim, seu corpo emanando um calor familiar e desejado. Seus lábios desceram para o meu pescoço, beijando e chupando a pele macia com uma delicadeza que me fez suspirar. Um gemido baixo escapou dos meus lábios, a excitação se acumulando em meu corpo, minha intimidade pulsando com uma necessidade urgente.— Kairós... — sussurrei seu nome, a voz rouca e carregada de desejo.Ele ergueu a cabeça, seus olhos encontrando os meus, uma chama ardente dançando em seu olhar.— Hum? — ele murmurou, a voz grave e rouca, como se estivesse lutando para manter o controle.A impaciência me consumiu, a necessidade de tê-lo dentro de mim se tornando insuportável. A hesitação, a cautela, tudo se dissipou diante da urgência do momento.— Me fode, Kairós — declarei, a voz carregada de desejo e determinação.A intensidade do meu desejo o surpreendeu, mas ele não hesitou. Seus olho
Lia PerroniA luz suave da manhã filtrava pelas cortinas, tingindo o quarto com um tom dourado e aconchegante. Senti um calor familiar se espalhando por minhas costas, e um gemido baixo escapou dos meus lábios quando senti Kairós me penetrar lentamente, preenchendo-me com sua presença quente e desejada.— Kairós... — sussurrei seu nome, a voz rouca e sonolenta.— Bom dia, vadia gostosa — ele murmurou, a voz grave e rouca, enquanto me beijava suavemente no pescoço. — Dormiu bem?— Hum... melhor agora — respondi, arfando quando ele se moveu dentro de mim, a sensação me despertando completamente.Ele riu baixinho, o som vibrando contra minha pele, e começou a se mover dentro de mim em um ritmo lento e sensual, estocadas profundas e prazerosas que me faziam gemer.— Você é tão apertada, Lia. Tão quente... — ele sussurrou, a voz rouca e carregada de desejo, enquanto suas mãos exploravam minhas curvas, apertando minha cintura e acariciando meus seios.— Ah, Kairós... isso é tão bom... — gem
Lia PerroniDei um beijo rápido em Kairós, peguei Eva no colo e saí do apartamento, sentindo o peso da tensão pairar no ar. Perto do elevador, Esmel me esperava, sua expressão ainda fechada e séria.— Quando você chegar da escola, vamos conversar — declarei, minha voz firme e determinada.Ela me encarou, seus olhos desafiadores.— Sobre o quê? Eu só disse a verdade. Não entendo por que tenho que aturar esse homem aqui em casa. Ele matou o meu pai. Não gosto dele. Quero que ele vá embora e nos deixe em paz de uma vez por todas.Suspirei, sentindo a frustração e a impotência me invadirem.— Não vamos ter essa conversa agora, Esmel. Estamos atrasadas. — Apertei o botão do elevador, rezando para que ele chegasse logo. — E você não fala assim dele.As portas se abriram, e entramos no elevador em silêncio, a tensão palpável entre nós. Eva, alheia à nossa discussão, balbuciou alegremente, tentando chamar nossa atenção.— Mamãe... papa... — ela dizia, estendendo os bracinhos para mim e para E
Esmel PerroniA mamãe queria que eu gostasse do Kairós, que perdoasse ele, mas eu não consigo. O papai morreu por causa dele, e isso não sai da minha cabeça. Eu sei que o papai não era um santo, mas ele era o meu papai, e o Kairós não tinha o direito de tirar ele de mim.O vovô disse que o Kairós só fez aquilo pra ficar com a mamãe, e que ele nem se arrependeu de verdade. E agora a mamãe tá com ele de novo, como se nada tivesse acontecido. Eu não quero morar com o homem que matou o meu pai.Eu já decidi, vou morar com a vovó e o vovô. Já arrumei minha mochila com minhas roupas e meus brinquedos. Não quero ficar nem mais um dia nessa casa, principalmente agora que a mamãe resolveu ficar com ele.Eu não consigo entender como ela pode esquecer o papai assim. Eu não consigo, e não vou fingir que tá tudo bem. Não vou aguentar ver o Kairós todos os dias, como se fosse da família. Eu preciso ir embora.— O que você está fazendo, querida? — mamãe perguntou, entrando no meu quarto e vendo que
Lia PerroniA voz de Esmel ecoou pelo apartamento, carregada de dor e raiva. Ela estava arrumando sua mochila, seus movimentos bruscos e determinados.— O que você está fazendo, querida? — perguntei, entrando no quarto, o coração apertado ao ver a cena.Ela me olhou, os olhos marejados, mas a expressão firme.— Estou indo embora. Vou morar com a vovó e o vovô.Meus olhos se arregalaram, incrédula.— Como assim? Que bobagem é essa?— Não é bobagem, mamãe. A senhora já escolheu, e eu também. Vou morar com a vovó, longe daquele... daquele homem.Senti o sangue ferver em minhas veias.— O que você disse? Você não vai a lugar nenhum.— Então a senhora escolhe: ele ou eu?As palavras de Esmel me atingiram como um soco. Eu sabia que ela ainda estava magoada, mas não imaginava que chegaria a esse ponto.— Esmel, por favor, não faça isso — implorei, a voz embargada pelas lágrimas. — Não vai embora.— Mas eu não quero ficar aqui. Não quero ver ele.— Eu sei, meu amor. Eu sei que é difícil para
Lia Perroni Eu nunca pensei que fugiria de minha própria vida. Mas aqui estou eu, sentada no banco do passageiro de um ônibus, com minha filha Esmeralda dormindo ao meu lado. Eu olhei para trás, para a cidade que deixei para trás. A cidade onde eu conheci Marcelo, o homem que prometeu me amar para sempre, mas que me transformou em uma prisioneira em minha própria casa. Nós nos conhecemos em uma festa, e ele foi charmoso e atencioso. Eu era uma jovem e ingênua, e acreditei que ele era o amor da minha vida. Mas logo após o casamento, tudo mudou. Ele se tornou controlador e possessivo, e eu comecei a perder minha liberdade. Me lembro perfeitamente da primeira vez que ele me bateu. Eu ainda estava grávida de Esmeralda, e ele estava bêbado. "Você é minha", ele disse, enquanto me batia. Eu pensei em fugi, mas o medo dele me encontra e acaba sendo pior, me fez acovardar. Mas desta vez, eu estava determinada a escapar. O ônibus parou em uma pequena cidade no interior do México. E
Lia Perroni No dia seguinte, acordo bem cedo e me arrumo, preparo o café e chamo Esmel.— Bom dia, mamãe! — disse ela, esticando os braços.— Bom dia, meu amor! — eu disse, abraçando-a.Nós tomamos o café juntas e eu a ajudei a se preparar para o primeiro dia de escola.— Estou nervosa, mamãe — disse ela.— Tudo vai dar certo, meu amor. Você vai fazer amigos e aprender coisas novas — eu disse, tentando tranquilizá-la.Kairós chegou pontualmente para nos levar à escola.— Bom dia! — disse ele, sorrindo.— Bom dia! — eu disse, sentindo meu coração bater mais rápido.Na escola, a diretora nos recebeu com um sorriso.— Bem-vinda, Esmeralda! — disse ela.Esmeralda sorriu.— Obrigada — disse ela.Depois de se despedir de Esmel, Kairós me ofereceu uma carona até a loja.— Obrigada — eu disse.No caminho, conversamos sobre nossos planos para o dia.— Você tem planos para o fim de semana? — perguntou ele.Eu hesitei.— Não sei. Ainda estou me adaptando — eu disse.— Eu posso te mostrar a cida
Kairós Chávez Eu estava me preparando para sair com Lia. Queria causar uma boa impressão. Camilla, minha irmã, e Cléber, seu marido, estavam na sala, assistindo TV.— Não exagere no perfume, mano! — disse Camilla, rindo. — Você vai espantar a moça!Cléber, que estava sentado ao lado dela, gargalhou.— Vai espantar, ao invés de conquistá-la! — disse ele, em tom de deboche.Eu sorri.— Não se preocupem, eu sei o que estou fazendo — disse, aplicando mais um pouco de perfume.Camilla revirou os olhos.— Você está usando o perfume "Sedução Fatal" para matar? — perguntou.Cléber riu.— Ou para seduzir? — disse.Eu ri.— Talvez um pouco de ambos — disse, sorrindo.Camilla se levantou e veio até mim.— Sério, Kairós, você está ansioso para impressionar moça? — perguntou.— Estou — disse. — Ela é especial.Cléber se levantou.— Então, vá e conquiste! — disse. — Mas não esqueça de nos contar tudo amanhã.Eu sorri.— Vou contar — disse. — Agora, preciso ir.— Boa sorte! — disse Camilla.— Você