BrianPensei que o meu coração iria sair do peito quando percebi que Charlotte estava prestes a desmaiar ali mesmo, diante de mim, tamanho foi o pavor que senti pelo que estava prestes a acontecer. Só naquele momento eu percebi o quanto que os meus reflexos eram rápidos e que eu era uma pessoa com bastante agilidade, pois tanto eu consegui impedir que a Charlotte fosse ao chão, quanto também evitei que nós chegássemos a derrubar qualquer das coisas que estavam sobre a mesa de café da manhã, o que foi um grande feito. Segurei o corpo pequeno e delicado da jovem Charlotte junto ao meu corpo, e notei que não pesava quase nada e me senti ainda mais preocupado com a linda e introspectiva jovem.Depois que ela já estava segura em meus braços, olhei em volta, me perguntando o que deveria fazer agora e apenas caminhei com ela até a sala de estar da mansão, que ficava ao lado de onde nós estávamos e gritei por minha tia, para que ela pudesse me ajudar.Chegando lá, a depositei em um dos enor
CharlotteOlhei de modo ansioso para a Melanie, aguardando qual era a sua boa sugestão, ao mesmo tempo me sentindo muito envergonhada por ter desmaiado praticamente nos braços do Brian.— Já estava em meus planos voltar hoje para Nova York, pois tenho planos para amanhã cedo e gostaria de estar em casa o mais breve possível — ela falou aquilo que já sabíamos, realmente. — Eu posso levar a Charlotte comigo e todos podem seguir com seus planos, pois garanto que a minha menina vai estar bem cuidada ao meu lado.— Eu acho uma ótima ideia, tia — Douglas foi o primeiro a se pronunciar sobre a sugestão da Melanie.Ele, contudo, era suspeito para opinar, uma vez que era bastante claro para todos nós que ele estava completamente encantado com a Emily e que gostaria de ter mais tempo com ela.— Eu estou bem melhor. Não devem se preocupar comigo, por favor — falei aquilo que estava sentindo. — Eu fico muito constrangida por estar deixando todos vocês tão preocupados dessa forma.— Não deve se pr
BrianOlhei com bastante atenção para a Charlotte, aguardando por sua resposta, e não entendi o motivo de sua demora em fazer isso, tendo em vista que a pergunta que eu fiz foi bastante direta e mais clara seria impossível. Eu acreditava totalmente naquilo que qualquer um podia concluir apenas em olhar para a Charlotte e não havia nenhuma dúvida de minha parte sobre a índole ou o caráter da jovem. Mas, por algum estranho motivo, algo parecido a um pressentimento, eu poderia nomear dessa forma, eu sentia que algo não estava certo.Nunca fui um homem dado a pressentimentos ou qualquer coisa desse tipo, mas ao olhar para a Charlotte ontem na praia, eu senti a necessidade de buscá-la, tentar conversar com ela e por esse motivo eu me aproximei da jovem garota.Aquilo fugia totalmente ao meu padrão de comportamento, ainda mais em se tratando de alguém tão jovem e claramente inocente como a Charlotte era, e aquilo era muito errado.Eu não queria me sentir daquela forma e mesmo sabendo o qu
CharlotteDepois que o Brian saiu da sala, deixando-me e a Nicole sozinhas, nós pudemos enfim falar sobre o que aconteceu comigo sem que outras pessoas estivessem presentes para ouvir.— Acredita que tenha sido um mal-estar decorrente da gravidez, Charlotte? — Eu tenho certeza de que sim, Nicole — afirmei com convicção. — Tenho lido bastante sobre esse assunto e é muito comum esse tipo de mal-estar no início da gravidez. Nicole pareceu ficar pensativa ao ouvir o que eu disse, e após suspirar com resignação, ela falou em tom de cumplicidade, provavelmente por temer que alguém pudesse chegar a qualquer momento. — Não deveria ter sido você a fazer essa inseminação, Charlotte. É muito jovem e inexperiente e o Oliver estava certo em ter resistido a essa loucura. Não gostei nenhum pouco de ouvir aquilo vindo da Nicole, pois eu tinha idade suficiente para saber aquilo que era certo e errado e se eu desejei fazer a inseminação, não foi por ter sido levada a isso por outras pessoas. Eu fi
BrianA Charlotte estava debaixo do mesmo teto que eu e isso causou em mim uma miríade de sensações e nenhuma delas eu entendia que era algo positivo para mim. Eu deveria estar pensando sobre negócios ou sobre o filho que em alguns meses estaria comigo, mas a verdade é que desde que chegamos a Nova York, algo dentro do meu peito começou a se inquietar, como se já não bastasse a viagem dos Hamptons até aqui, e eu só conseguia pensar em uma garota que era totalmente proibida para mim, em todos os sentidos.Por sorte a minha tia percebeu que conversar com a Charlotte estava tirando a minha atenção da estrada e ficaram as duas em um silêncio confortável por todo o restante do caminho, o que eu agradeci internamente. Mas agora a Charlotte estava no meu espaço e isso era algo que estava conseguindo mexer bastante comigo. Se eu fosse sincero comigo mesmo, a Charlotte tinha conseguido revirar as minhas emoções desde o dia em que eu a vi no museu, linda e calma… Sempre calada e introspectiv
CharlotteA viagem para Nova York havia sido rápida e sem maiores contratempos, depois que a Melanie não mais desviou a atenção do Brian da estrada e chegamos na cidade antes das treze horas. Logo que chegamos ao apartamento do Brian, a Melanie foi logo para a cozinha, providenciar algo para comermos e apesar de eu ter insistido em ajudar na tarefa, ela não me permitiu de forma alguma e eu apenas consegui ficar sentada na imensa mesa que servia para as refeições dos empregados da casa, enquanto ela preparava algo para o nosso almoço. A refeição foi feita em total silêncio por parte do Brian, mas a Melanie conseguiu deixar o clima leve, conversando em um tom descontraído, comentando sobre o dia anterior, sobre as crianças e também sobre as minhas amigas.— Gostei muito mesmo da Emily — ela disse em determinado momento. — Não que eu não goste de você e da Nicole. Eu gosto muito também! — Não se preocupe, Melanie, eu sei que gosta de nós todas — eu disse para a tranquilizar, diante de
Brian — Charlotte… Charlotte, o que você faz comigo… — Pensei com um urro de satisfação quando esporrei tudo em minha barriga, me sentindo um completo idiota.Apesar de ter acreditado que havia sido apenas em pensamento que o nome da Charlotte tinha soado, acabei por me surpreender com o som da minha própria voz e suspirei com desagrado por me deixar levar assim tão facilmente daquela forma.O clímax foi algo tão estrondoso, que até mesmo pensei ter ouvido um gemido feminino se juntando aos meus próprios e aquilo foi algo definitivamente preocupante.Abri os meus olhos, só agora percebendo que os havia mantido fechados por enquanto eu mesmo me proporcionava aquele prazer clandestino e totalmente inadequado, mas claro que não havia ninguém no cômodo além de mim.Acredito que poderia ter vindo da TV e eu, no calor do momento, acabei confundindo a voz feminina com algo como um gemido de prazer. Agora eu estava todo sujo por meu próprio esperma e sentado no sofá de minha sala de TV, en
CharlotteOuvir o Brian falar sobre a sala de TV fez eu me engasgar com a minha própria saliva, pois eu não estava comendo nada, mas os outros não precisavam saber desse detalhe. Então, quando o homem que foi o responsável por me deixar absolutamente constrangida saiu, eu me senti realmente aliviada, pois eu não estava nem mesmo conseguindo olhar para ele de maneira direta, tamanha era a vergonha que tomava conta do meu ser naquele instante. — Está melhor, Charlotte? — a bondosa Melanie me perguntou.A encarei sentindo as faces coradas, totalmente sem graça, pois a senhora não tinha a menor ideia de que eu havia flagrado o sobrinho em uma situação completamente inusitada, em tal estado de devassidão. — Estou sim, Melanie — eu respondi, tentando tranquilizá-la. — Que bom, querida — ela comentou, sorrindo. — Eu fico bastante aliviada, pois esse tipo de situação as vezes sai totalmente do controle. Eu entendia bem o que ela queria dizer, pois mais uma vez me veio a lembrança do qua