Jhulietta Duarte O sol da tarde brilhava forte, e uma brisa fresca tornava o clima perfeito para um passeio ao ar livre. Observei Ethan jogado no sofá, entretido com um jogo no celular. Ele franzia a testa e mordia o canto do lábio, completamente concentrado. — Ei, garotão, que tal dar um tempo nesse jogo e irmos ao parque? Ele ergueu os olhos para mim, avaliando a proposta. — Vai ter sorvete? Ri, cruzando os braços. — Sorvete, skate, vento no rosto... e quem sabe um cachorro-quente depois. Os olhos dele brilharam, e já sabia a resposta antes mesmo de ouvi-la. Ethan pulou do sofá em um segundo, correndo até o quarto para pegar seu skate. — Vamos logo, mamãe! Faz um tempão que não ando de skate, me ensina manobra nova? — Claro amor, vem. Peguei minha mochila, joguei o skate debaixo do braço e saímos. O parque não ficava muito longe, então fomos caminhando enquanto Ethan tagarelava sobre um jogo novo que Nicolas tinha comprado para ele. Quando chegamos, o lugar estava
Os dias sem Nicolas pareciam intermináveis. A casa ficava mais silenciosa, os jantares menos animados e, embora Ethan e eu tivéssemos nos divertido no parque, eu sabia que ele também sentia falta do pai. Na primeira noite sem ele, Ethan perguntou: — Mamãe, quando o papai volta? — Daqui a três dias, amor. Ele fez um biquinho e suspirou. — Tá demorando muito. Ri e baguncei seu cabelo. — Eu sei... também estou contando os minutos. No terceiro dia, até tentei ocupar minha mente com filmes e leituras, mas nada parecia me prender de verdade. A cama parecia grande demais sem Nicolas ali, e cada vez que o telefone tocava, meu coração acelerava na esperança de ser ele. Então, finalmente, na tarde do quarto dia, ouvi o som inconfundível da porta se abrindo. Meu coração deu um salto e, sem pensar duas vezes, corri até lá. Nicolas mal teve tempo de reagir antes que eu o abraçasse com força. — Uau! Que recepção calorosa! — ele brincou, envolvendo-me nos braços. —
Desde que Nicolas começou a idealizar o novo resort, eu sabia que seria algo grandioso. Ele tinha um talento inegável para negócios, e quando se tratava de hospitalidade, seu olhar atento aos detalhes fazia toda a diferença. Mas estar aqui, vendo tudo pronto, superava qualquer expectativa que eu pudesse ter. O lugar era deslumbrante. Localizado em uma praia paradisíaca, o resort combinava luxo e aconchego de maneira perfeita. As suítes tinham varandas com vista para o mar, as piscinas pareciam se fundir com o horizonte e os restaurantes ofereciam o melhor da culinária internacional. E o melhor de tudo? Nicolas fez questão de que houvesse um espaço especial para famílias, com atividades voltadas para crianças. — Mamãe, isso aqui é incrível! — Ethan exclamou, segurando minha mão enquanto olhava ao redor, encantado com cada detalhe. — Sim, amor. Seu pai realmente caprichou. — Eu queria morar aqui para sempre! Soltei uma risada. Entendia o sentimento. Nicolas estava ocupado co
Nicolas Santorini Desde o momento em que entrei no quarto, senti o peso dos últimos dias começar a se dissipar. O cheiro suave das velas aromáticas misturado ao perfume doce de Jhulietta criava um ambiente acolhedor, e a luz tênue tornava tudo ainda mais intimista. Meus olhos percorreram o cômodo, absorvendo cada detalhe que ela havia preparado para mim. A garrafa de vinho sobre a mesinha, as almofadas organizadas de forma aconchegante e o óleo de massagem deixado estrategicamente ao lado da poltrona. E então, havia ela. Jhulietta estava de pé, vestindo um robe de cetim que deslizava suavemente por suas curvas. Seu olhar carregava um brilho travesso, e o sorriso em seus lábios me dizia que ela havia planejado tudo isso pensando em me surpreender. — Uau… — foi tudo o que consegui dizer. Ela sorriu ainda mais, se aproximando de mim. — Gostou? — Se gostei? — Dei um passo à frente, segurando-a pela cintura e puxando-a para perto. — Eu precisava disso. Ela deslizou as mãos
Jhulietta DuarteO sol mal havia se erguido no horizonte, e o céu ainda ostentava um tom alaranjado suave quando saímos do nosso bangalô e seguimos em direção ao restaurante do resort. O cheiro de café recém-passado e pão quentinho pairava no ar, e a brisa fresca da manhã fazia com que o calor tropical se tornasse mais agradável.Ethan caminhava animado entre mim e Nicolas, segurando minhas mãos com um sorriso largo no rosto. Ele adorava acordar cedo sempre que estava em um lugar novo, ansioso para explorar cada cantinho. Já eu, ainda estava me acostumando com essa rotina ao lado dos dois, mas cada dia era mais especial do que o anterior.Quando entramos no restaurante, fomos recebidos por funcionários sorridentes que nos acompanharam até uma mesa estrategicamente posicionada com vista para o mar. O ambiente era aconchegante, com mesas decoradas com flores frescas e uma suave música instrumental tocando ao fundo.— Mamãe, eu posso pegar um suco? — Ethan perguntou, seus olhos brilhando
Depois de dias intensos no resort, finalmente voltei para casa e, como sempre, minha melhor amiga Renata não perdeu tempo em me arrastar para um passeio no shopping. Segundo ela, eu precisava "respirar um pouco de civilização" depois de tanto tempo cercada por palmeiras e areia branca. Eu apenas ri e aceitei, afinal, sentia falta de passar um tempo com ela.Estávamos sentadas em uma cafeteria moderna, com mesinhas ao ar livre, cercadas pelo burburinho de pessoas indo e vindo com sacolas de compras. O aroma de café fresco e chocolate quente pairava no ar, tornando o ambiente ainda mais acolhedor. Eu mexia minha bebida distraidamente enquanto contava para Renata sobre a inauguração do novo resort de Nicolas.— Foi incrível, Renata. Cada detalhe estava impecável, e você precisava ver o rosto do Ethan! Ele adorou cada cantinho do lugar. — Eu sorri ao lembrar da empolgação do meu filho correndo pela área do resort.Renata revirou os olhos, divertida.— Você fala desse resort como se fosse
Depois de um dia agitado com Renata, finalmente cheguei em casa. O ar fresco da noite acariciava minha pele quando desci do carro e caminhei até a entrada. Meu coração ainda batia acelerado, e eu não sabia dizer se era pelo cansaço ou pela grande descoberta que eu havia feito.Respirei fundo antes de abrir a porta, tentando agir com naturalidade. A mansão estava silenciosa, e só o leve farfalhar das cortinas ao vento preenchia o ambiente. Coloquei minha bolsa sobre a mesa da sala e comecei a caminhar para a escada, mas uma voz profunda e familiar me chamou antes que eu pudesse subir.— Finalmente chegou.Meu corpo estremeceu levemente ao ouvir a voz de Nicolas. Olhei para o lado e o vi sentado em seu escritório, com a porta entreaberta. Ele estava com a gravata frouxa, os primeiros botões da camisa abertos e os olhos intensos fixos em mim. No mesmo instante, senti meu coração disparar de novo.— Oi. — Sorri, tentando parecer despreocupada.— Vem aqui. — Ele indicou o espaço ao lado de
Renata SouzaA noite estava tranquila, e o silêncio da minha casa era quase reconfortante depois de um dia cheio. Jhulietta e eu havíamos passado horas juntas, e mesmo que eu adorasse estar com ela, agora eu só queria me jogar no sofá e descansar.Foi exatamente o que fiz assim que entrei em casa. Tirei os sapatos, larguei a bolsa na mesinha de centro e me joguei no sofá, soltando um longo suspiro.Mas minha paz durou pouco.A campainha soou, cortando o silêncio da casa. Franzi a testa, surpresa. Quem poderia ser a essa hora?Levantei-me e fui até a porta, espiando pelo olho mágico antes de abrir. Meu coração acelerou levemente ao reconhecer a figura do outro lado.Eduardo.Abri a porta, arqueando uma sobrancelha.— O que faz aqui, Eduardo?Ele sorriu de canto, segurando um pequeno embrulho em uma das mãos.— Trouxe algo para você e para a nossa Judith.O encarei e fechei a cara.— Minha filha não terá nenhum nome de vovó.— Eu sei, essa é uma das sugestões que minha mãe deu.— Já dis