Parte 2...Me virei e vi Pauline se aproximando com um sorriso. Me deu um beijo no rosto.— Que bom que veio - apertou minha mão — Está tudo bem?— Está sim, obrigada - ajeitei o cabelo atrás da orelha e puxei mais o prendedor.— Olha, eu tenho que lhe mostrar algo antes. Venha comigo.Ela saiu e eu a segui. Então não seriam essas as almofadas, talvez outras. Eram tantas salas que com certeza ela teria vários tipos diferentes de almofadas. Talvez fosse uma encomenda grande.Ela me olhou e sorriu de novo. Foi na frente e eu atrás, passando pelos outros cômodos. Subimos por uma escada larga, com degraus de mármore. Passamos para o outro piso e ela seguiu por um corredor.Parou em frente a uma porta creme e abriu, me mandando entrar. Eu fiquei receosa. Seria uma biblioteca da casa ou algo assim?Só que ao entrar eu vi que era um quarto. Tinha a decoração delicada com tons claros e uma cama de ferro decorado com colchão alto, coberto por uma colcha muito bonita cheia de detalhes em renda.
Parte 1...NortonEngraçado. Quando eu pensei na amiga que viria aqui para jantar com minha mãe, eu imaginei uma senhora assim como ela. Talvez uma amiga do clube de livros que ela faz parte ou então uma daquelas do bingo que ela participa.Jamais pensei que seria essa amiga. Desse jeito, com esse rosto. Se eu soubesse que seria justamente a garota que eu pretendo transformar em minha namorada de fachada, eu nem teria reclamado. Mas isso também pode me ajudar na mentira.Esse criatura sentada à minha frente parece até uma adolescente. Será que ela tem mais de vinte anos? Ela parece um pouco tímida e sem graça. Claro, de tanto que eu a encaro.Mas é que estou me coçando para ficar com ela à sós e poder jogar meu plano em seu colo. Para isso preciso de um tempo sem minha mãe por perto.Será que ela aceitaria sair comigo depois do jantar? Eu poderia levá-la para um barzinho onde poderia conversar com calma. Tenho que analisar por onde começo e como fazer minha proposta.Me parece nervosa
Parte 2... — Vamos? - estiquei a mão — Só uma taça e depois você volta para continuar a conversa com mamãe - dei um sorriso enorme. Ela ainda receosa, respirou fundo e segurou minha mão, levantando e me deixou guiá-la até a adega que temos aqui nessa parte da casa. Temos outra no fundo, mas é muito maior. Abri a porta e ela entrou. Indiquei um banco de madeira comprido que ficava ao lado de uma mesinha e ela sentou, ajeitando o vestido. Agora dá para ver suas pernas. São bonitas, torneadas e lisinhas. Peguei as taças e coloquei em cima da mesinha e fui escolher um vinho, não que isso importasse agora. Ela não entendia de bebida e todos ali eram excelentes. — Me fale sobre você um pouco - sorri e abri a garrafa. — O que quer saber? Ela colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha e o movimento realçou seus seios. De imediato eu pensei em descer a boca sobre eles e sugar seus mamilos, enquanto esfregava meu corpo contra o dela. Já estou tendo muitas ideias do que fazer com essa gr
Parte 1...CristinaEu não sei se fiz certo em aceitar que ele me trouxesse. Me parece que tem um ego inflado. Onde já se viu, querer usar um carro como aquele na periferia?Mesmo esse utilitário que estou agora já chama atenção. A maioria das pessoas e de meus vizinhos são gente boa, gente honesta que trabalha muito, mas tem a outra parte que não vale nada e vira e mexe tem polícia passando por lá.E ele mesmo falou mal de onde moro no jantar. Como pode então, querer usar um carro chamativo? Só pode ser porque se acha demais.Ele quase não parecia com Pauline. Não cheguei a conhecer seu marido, mas talvez ele tivesse puxado mais para ele. Tinha um olhar penetrante que parecia que ia me deixar nua no primeiro deslize meu.Fiquei um pouco incomodada, apesar de o achar muito bonito, mas isso não quer dizer nada. Tem muitos homens que eu acho bonitos. Porém, o modo dele se portar, muito altivo e até um pouco esnobe, meio que me atrai também.Evitei falar muito. Só disse o melhor caminho
Parte 2...— Não, o filho da Pauline me trouxe até aqui.— Ai, que bom. Eu fico preocupada, filha.Ela me olhou e tentou focar em mim, querendo ver o que eu usava. Como sua vista estava péssima ela se inclinou e tocou no vestido.— Que roupa é essa?— Foi a Pauline quem me deu - dei um giro — E os sapatos também - balancei os sapatos na frente dela — Fiquei surpresa, mas adorei.— Que bonito - esticou a mão e alisou a renda — Esses detalhes são muito delicados. Que gentileza da parte dela. E você agradeceu?— É óbvio que sim, né mãe - abri os braços e fiz uma careta.— Sei lá, você é toda cheia de frescuras.— Nada a ver. Eu só não gosto de ficar recebendo esmolas.— Ai, minha filha, não seja assim. Isso é orgulho também.Pode até ser, mas depois de crescer levando um monte de desaforo na cara, sem conseguir coisas básicas, tendo que me virar em três para conseguir o mínimo que preciso, eu acho que tenho direito sim, de ter um pouco de orgulho.— Mãe, eu não sabia que a Pauline tem tr
Parte 3...Estava sentada no banquinho em um canto do refeitório, dando um descanso para minhas pernas, depois de passar o dia inteiro de pé. Haja pomada para cansaço para espalhar nos pés.Agora ainda tenho vinte minutos antes de começar o turno da noite. Eu acho até bom porque é mais tranquilo, com exceção de quando acontece algo que mude a rotina, mas no geral fica mais tranquilo.O agito sempre fica mais no pronto-socorro quando chega algum paciente novo que precisa de cuidado imediato. Aí não tem jeito. É um entra e sai sem fim. E aparece de tudo por lá. É uma coisa que eu morro de medo. Gosto de trabalhar no turno da noite porque paga mais, apesar de emendar com o dia e isso é bem cansativo, mas cada noite que trabalho minha poupança aumenta para minha faculdade em breve.Só que hoje eu não estou muito atenta como sempre sou. Minha mente ainda está no beijo que Norton me deu e no que vou dizer a ele.Simone se aproximou e sentou ao meu lado, beliscando um lanche que comprou na
Parte 4...Eu não gosto disso. Nem passava por minha cabeça voltar a vê-lo tão cedo e não gosto de falhar. A Simone ia voltar comigo. Entrei no carro e prendi o cinto, ajeitando a bolsa no colo.Meu coração disparou quando ele entrou e fechou o cinto, sua mão tocando em minha perna. Respirei fundo para me controlar. Tudo bem, era só uma carona de volta para casa.Vi que ele passou para o outro lado, fazendo a volta.— Está indo na direção errada.— A gente vai dar uma volta antes. Quero saber o que resolveu.— Não posso. Tenho que voltar logo, minha mãe está me esperando - cruzei as mãos.— Não vamos demorar - me olhou sorrindo — De ônibus iria levar o que... Uma hora e pouco para chegar?— Sim... Por aí - torci a boca.— Então, tenho uma hora livre com você. Não pode me negar.Eu o encarei e ele piscou o olho pra mim, fazendo meu sangue correr mais rápido e aquecer meu corpo. Comecei a ficar ansiosa.Quando fico muito ansiosa e isso me causa estresse, sempre acabo começando com tique
Parte 5...A garota me disse um tchau e se foi. Credo, que vergonha. Se fosse comigo eu iria ficar “p” da vida. A garçonete chegou com os pedidos. Tudo muito bonito e cheiroso. Arrumou os pratos em nossa frente e saiu.Nossa, já na primeira mordida eu já senti a delícia que era. O sabor forte do chocolate. E o shake, tão gostoso, cremoso. Poxa, se eu pudesse tomaria um desse todo dia.Ele tinha razão, eu gostei e muito. Acho até que fiz uma cara engraçada comendo porque ele começou a rir.— Eu te disse que era bom.— Verdade... Hum... Nossa... - arregalei os olhos.— Tem coisas na vida que são assim - se inclinou para mim — A gente tem que provar na hora certa para sentir o sabor - riu malicioso — E algumas são tão boas, que a gente quer repetir de novo e de novo...O jeito que ele falou me lembrou logo da Simone. Era bem assim que ela falava. Sobre sexo. O encarei descofiada. Estava falando da torta ou de sexo?Ele mordeu o donuts e depois lambeu o lábio que ficou cheio de cobertura,