Yoon Hee observou o homem a sua frente e suspirou, um pouco mais, aliviada. Ele deveria ter 1.90 de altura, possuía fartos cabelos negros e olhos igualmente negros. Seu rosto lembrava-lhe alguém, mas ela não conseguia se recordar. Sentiu o seu cabelo ser puxado com mais força pelo homem misterioso, à medida que o seu salvador avançava em sua direção.
–Fique onde está se não a matarei – o seqüestrador disse sério.
–Se quisesse matá-la, já teria feito. Solte-a e vamos... Conversar – falou irônico.
–Afaste-se. – gritou.
O homem aproximou-se rapidamente, segurou a mão de Yoon Hee e sorriu para el
Yoon Hee ficou parada, vendo ele se afastar enquanto as palavras, frias dele, ecoavam em sua mente. Respirou fundo e foi atrás dele. Entrou no quarto de forma abrupta e o encarou.–Não vou embora.–Você irá – disse frio.–Se eles quiserem fazer algo comigo, podem fazer lá também. Fuga não é sinônimo de proteção.–Eu sei disso, mas... Não quero que se machuque.–Entenda Hassan, eu não vou embora. Não adianta você falar. Estou fazendo faculdade aqui, algo que sempre quis, já tenho amigos, não quero me afastar de tudo isso, por medo.
Hassan olhou para a mulher sentada do outro lado do jatinho e suspirou. Yoon Hee estava chorando desde que havia saído do palácio e ele não sabia o que fazer. Ele estava dividido entre o certo e o que desejava, mas como sempre havia pensado racionalmente e estava a mandando para longe. Olhou pela janela, viu as nuvens e tentou sorrir, mas não conseguiu. Retirou o cinto de segurança, andou ate onde ela estava sentada e sentou-se em sua frente.–Se continuar chorando assim vão pensar que estou lhe maltratando – Hassan disse a olhando, sem evitar um pequeno sorriso ao vê-la chorando. – Porque estou pensando no quanto ela fica linda chorando? Se perguntou em pensamento.–E não é isso que está fazendo?
Ao sair do hotel onde o seu pai estava com Samira, Mahir retirou o paletó, entrou em seu carro e dirigiu para casa. Chegou ao palácio, foi ao seu quarto pegar o seu passaporte. Ele pretendia ir atrás de Yoon Hee, mas ao ir em sua gaveta, onde o guardava, não o encontrou. Procurou por todo o quarto, mas sem sucesso. Já estava indo procurar as empregadas para saber onde poderia estar quando viu o secretario de seu pai, parado na porta, o encarando com um sorriso nos lábios.–Está procurando por algo Alteza? – o secretario do rei Hashib disse sorrindo.–O que está fazendo aqui?–Nada. Vim apenas cumprir ordens.–Pare de fazer joguinhos e me diga logo o
Samira sorriu ao olhar para o palácio de Hassan. Ela estava decidida a fazer Mahir gostar dela. Apertou a campainha e logo a porta foi aberta. Em poucos instantes ela se encontrava olhando para o seu noivo. Ele estava sentado no jardim, olhando para o nada quando sentiu alguém o observar, virou-se e se deparou com a mesma mulher do restaurante, a diferença estava em suas roupas, não havia nada comportado. Ela usava um vestido colado ao corpo com um decote, considerável. Ela se aproximou dele com um sorriso nos lábios enquanto a brisa, refrescante, balançava os seus cabelos criando uma sensação de leveza para quem a via.–Olá, soube que não tem saído de casa – Samira falou sentando-se ao seu lado, no banco.–O que veio fazer aqui? &ndash
Yoon Hee respirou fundo antes de sorrir para o homem a sua frente. Ela já estava tendo aulas com ele de árabe há um mês e começava a ver os resultados, lentamente. Ele era compreensível com ela e sempre saiam para aprimorar o idioma através do cotidiano. A rotina dela era casa, universidade, aula de árabe, aula de defesa pessoal e a noite lia os livros de Mary. Ela estava decidida a voltar para Abu-Dhabi totalmente diferente em um mês.***Mahir e Hassan sentaram de frente para o Sheik Hashib no restaurante e olhavam para ele, a espera que começasse a falar.–Chamei vocês dois aqui para dizer que o casamento de Mahir deve ser apressado e que Yoon Hee tem que ser trazida de volta – Hashib disse s&eacut
Hassan não conseguia se concentrar em nada há horas, desde que havia recebido a noticia de que Yoon Hee havia sumido. Ele suspirou ao tentar ler os relatórios de uma filial de sua empresa mais sem sucesso, a única coisa que lhe passava pela cabeça era o paradeiro dela. Abriu os primeiros botões de sua camisa social, levantou-se e abriu as janelas de seu escritório. Ele havia imaginado que trabalhando em casa não pensaria tanto. Ledo engano. Bebeu um gole de água, e a sua paciência se esgotou. Pegou o seu paletó em cima da cadeira e foi em direção a porta. Ele estava decidido a ir a Londres descobrir o seu paradeiro. Assim que a abriu esbarrou-se em alguém. Ia pedir desculpas quando viu quem era.–Lana, o que faz aqui? – perguntou sem paciência – os seguranças n&
Hassan não disse nada, apenas a puxou para si e fazendo-a cair sentada em seu colo. A segurou para ela não sair de cima dele.–Agora vamos ter uma conversinha de adultos – ele disse aproximando os seus lábios dos dela.Ele sorriu ao vê-la parar de resistir e a beijou. Ela envolveu os braços pelo seu pescoço e começou a se deixar envolver pela situação. Ele a deitou na cama, já estava tirando a toalha dela quando a lição de numero dois do livro lhe passou pela sua cabeça:Se quer obter sucesso na sedução não ceda fácil. Pense sempre antes de agir e principalmente se faça de fria, sempre que possível. Deixe-o atordoado. Deixe-o sem saber o que você quer. Isso &eacu
Samira saiu do palácio de Hassan cabisbaixa. Ela se perguntava se valia a pena estar se dando por alguém que não queria ter nada com ela e muito menos pensar na hipótese. Ele só sabe me maltratar e dizer que não me quer, mas eu devo ter minha parcela de culpa afinal estou atrás dele, pensou sorrindo tristemente.–Talvez seja melhor cancelar tudo – disse ao caminhar ate o carro, que a esperava. Caminhou sem prestar atenção no caminho e sentiu alguém esbarrar nela. Já ia pedir desculpas quando viu Karim, a encarando com curiosidade. – Me perdoe – ela disse se curvando e indo embora.–Ei. A senhorita é Samira, a noiva de Mahir, não é? – ele perguntou ao vê-la de costas.
Último capítulo