Hassan desembarcou em Nova York com um sorriso frio no rosto. Ele não estava seguro em deixar Yoon Hee sozinha com Mahir, mas não podia adiar a sua viagem. Cumprimentou as pessoas que o esperava e andou em direção ao carro, o qual o esperava na área de pouso de seu jatinho. Entrou em silencio e não demorou em estar de frente para o seu apartamento. Ele possuía um apartamento nas cidades que costumava ir com freqüência, em Nova York ficava o seu predileto, ele era de frente para o central Park, possuía uma varanda, ótima vedação acústica, e três quartos espaçosos. Tirou o seu paletó, a gravata, foi ate o bar e bebeu um copo de uísque enquanto admirava a vista. Ficou assim durante alguns minutos ate o seu celular tocar, ele atendeu ao ver quem era.
–Diga Jihad, si
Hassan desligou o celular com um sorriso no rosto, ao virar-se estranhou a porta de comunicação entre os quartos estar aberta, foi fechar quando viu a porta do quarto de Yoon Hee, igualmente aberta. Estranhou, mas deu de ombros. Fechou a porta, mas antes viu os presentes abertos sobre a cama dela e sorriu. Voltou para o seu quarto, tomou um longo banho e deitou-se. Ele estava disposto a descansar aquele momento para mais tarde, visitar a sua esposa, em seu quarto. Fechou os olhos e dormiu.Yoon Hee separou-se de Mahir e abaixou o rosto. Desculpou-se pelo seu comportamento e virou-se em direção ao seu quarto, mas Mahir a segurou pelo braço, fazendo-a encará-lo.–O que aconteceu?–Nada – disse com resquícios de lagrimas e
Sheik Hassan era conhecido pelas suas festas bem freqüentadas. Ele havia organizado uma festa para apresentar, formalmente, Yoon Hee como sua esposa e para apresentá-la ao resto da família. Ele só não havia dito isso a ela. Ele vestia um smoking e encontrava-se na sala de estar, a esperando junto com Mahir. Não demorou muito para ela aparecer. Ela vestia um vestido longo, azul, tomara que caia, com alguns cristais na barra dele. O seu cabelo encontrava-se preso em um penteado moderno. Ela desceu os degraus calmamente, olhando fixamente para os dois homens a sua espera. Mahir ficou sem fala ao vê-la tão linda, andando em sua direção, quando deu um passo para a conduzir ate a porta, viu Hassan passar em sua frente e segurar a mão dela, depositando um beijo em sua testa.–Está muito bonita – disse s
Yoon Hee continuou no carro mesmo depois de Mahir ter estacionado em frente ao palácio. Ele esperava compreensivo que ela parasse de chorar, mas olhava para o relógio suspirando ao ver que já estava a quinze minutos dentro do carro.–Yoon Hee, eu entendo que esteja triste, mas... Não quer entrar?–Me desculpe, estou sendo egoísta – abriu a porta do carro e saiu – obrigada por ter me trazido e desculpe-me qualquer coisa. – disse dando as costas a ele, indo em direção a entrada do palácio, mas ele a alcançou.–Eu não quis dizer que estava me atrapalhando, mas... Ficar dentro do carro chorando não ajuda em nada – falou sorrindo – porque não dorme um pouco e a
Um homem estava sentado atrás de sua mesa, em um dos escritórios mais bem pagos de Abu-Dhabi. Ele estava decidido a acabar com o rei al-Rashid, juntamente com seus herdeiros para sobrar apenas ele, como sucessor, direto, do trono.–O que descobriu sobre a esposa de Hassan?–Senhor, pelo que consta nos arquivos, não há muita coisa – o secretario dele disse entregando uma pasta a ele.–Isso é interessante – sorriu ao ler a ultima pagina – então ela tem uma irmã e uma mãe. Isso pode nos ser útil – sorriu maquiavélico – desta vez nada conseguirá me impedir de tomar o lugar, o qual eu sempre me pertenceu.–O se
Yoon Hee sentou-se na escada ao sair do quarto e suspirou tentando segurar as lagrimas. Ela não aguentava mais a situação em que estava. Não é como se ela o amasse, apenas queria o respeito dele, isso não seria pedir muito ou seria? Se perguntava ao olhar para os seus pés descalços.–O que está fazendo aqui senhora? – Kalima perguntou ao vê-la sentada na escada, chorando.–Nada, quis apenas sair um pouco do quarto.–Se quiser conversar... Sou toda ouvidos – disse sorrindo sentando-se ao lado dela.–Não é nada demais... Mas sabe quando você se sente decepcionada com alguém? Eu estou assim, mas não q
Mahir levantou-se de sua cama, inquieto. Ele não conseguia parar de pensar em Yoon Hee sozinha com seu irmão, no meio do deserto. Saiu do quarto do jeito que estava, apenas usando um short, e foi para a cozinha. O palácio encontrava-se no mais repleto silencio. Mahir, desde pequeno, gostava de andar pela casa a noite, horário onde ele poderia fazer o que quiser sem precisar se preocupar com os olhares das outras pessoas. Entrou na cozinha, pegou um copo de suco e começou a beber, lentamente. Estava tão distraído que não viu uma pessoa, sentada na mesa do cozinha, sorrindo para ele.–Boa noite Mahir – Yoon Hee disse sorrindo.–Yoon Hee? – perguntou surpreso – o que faz aqui? Eu não te vi. – falou ligando a luz da cozinha, sorriu ao vê
–O que quer conversar comigo? – Yoon Hee disse tentando aparentar frieza ao ver Hassan parado em sua frente, dentro de seu escritório.–Chego em casa e encontro a minha esposa na piscina, prestes a beijar o seu cunhado, meu próprio irmão, e você ainda me pergunta sobre o que quer conversar? – indagou a olhando furiosamente.–Não sei sobre o que está falando. Estava apenas me divertindo com ele, não vejo problema algum nisso, você vê?–Vejo. Muitos.–Paciência então – sorriu – só quer falar sobre isso?–Yoon Hee, quantas eu já não lh
Yoon Hee abriu os olhos e a primeira coisa que fez foi olhar em volta, reconheceu estar em seu quarto, mas ao olhar para o seu corpo viu-se vestida apenas com as suas roupas intimas. Olhou ao redor, mas não encontrou vestígios de ninguém. Levantou-se da cama, mas ao colocar os pés para fora da cama se sentiu tonta e enjoada. Demorou alguns segundos para voltar ao normal.–Nunca mais vou beber – falou a si mesma. Caminhou ate o banheiro quando escutou o barulho de uma porta sendo aberta. Virou-se e viu o olhar frio de seu marido, a encarando.–Espero que esteja sóbria, porque quero saber o que houve ontem. Nos mínimos detalhes – disse enquanto a olhava de cima a baixo.–Sóbria? Eu estava tão bêba