Enrico Narrando Eu não estava mais conseguindo me segurar com a Thayla ao meu lado. Caminhávamos pelos corredores da empresa, analisando tudo, observando as operações, mas tudo que eu conseguia perceber era a proximidade dela, o perfume doce que invadia minhas narinas e me fazia sentir mais vivo.O jogo de provocações entre nós já tinha passado dos limites. Os olhares demorados, os sorrisos cheios de segundas intenções, as palavras que pareciam inofensivas para os outros, mas que carregavam um peso enorme para nós dois.Para piorar, eu precisava lidar com Matheus e com os funcionários mais jovens que lançavam olhares carregados de desejo para ela. Meu sangue fervia. Eu queria agarrá-la, passar minha mão pelos ombros dela, puxá-la pela cintura e deixar claro que ela não estava disponível. Mas eu não posso.Não somos nada além da filha do meu melhor amigo e do homem que sempre esteve presente na vida dela. Ninguém tinha falado nada, mas os olhares diziam muito.— Está difícil se concen
Thayla Narrando Foi maravilhoso beijar o Enrico, melhor do que eu já tinha imaginado. Seu gosto ainda estava nos meus lábios, e a forma como ele ficou sem jeito depois só me fez achá-lo ainda mais irresistível. Voltamos para a sala dele, e ele mexia na gola da camisa, evitando me encarar diretamente. Tadinho, tentava manter o controle, mas eu via o desejo brilhando em seus olhos.Para aliviar a tensão, ou talvez só para me divertir vendo-o reagir, puxei assunto sobre a empresa.— Tio Enrico, como funciona a exportação de petróleo e minérios? — perguntei, cruzando as pernas devagar e me inclinando um pouco para frente. — Quero entender tudo direitinho.Ele umedeceu os lábios antes de responder, como se estivesse escolhendo as palavras certas.— Bom, Thayla — Ele pigarreou e ajeitou a postura. — Não é um processo tão simples. Primeiro, temos que garantir que a matéria-prima está no padrão certo. Qualidade é essencial.— Ah, então vocês são bem exigentes, né? — provoquei, mordendo de le
Enrico Narrando Tive uma reunião importante em uma cafeteria que possui uma sala privativa. A reunião foi com o representante do Governo Federal e, felizmente, foi bastante produtiva. Minha secretária já estava lá quando cheguei, e ficou claro que o próximo encontro será com o ministro em Brasília.Cheguei na empresa por volta das quatro da tarde, estacionei e, enquanto pegava minhas coisas no carro, vi Thayla e Matheus juntos. Meu sangue ferveu. Quando a vi abrindo a porta do carro dele, perdi completamente a sanidade.Eu sabia que deveria recuar. Mas, droga, quem disse que eu consegui resistir?Não deixei ela sair com o Matheus. Ela estava prestes a entrar no carro dele, mas eu não podia deixar aquilo acontecer.Mandei a Thayla entrar dentro do meu carro, entrei e respirei fundo. Meu Deus, o que eu estou fazendo? Perdi a noção de tudo. Olhei para ela, que estava sorrindo, me encarando.— Isso foi ciúmes, tio Enrico? — Ela perguntou, com aquele tom provocador que só ela sabe usar.O
Enrico Narrando Eu estava completamente envolvido na presença de Thayla, cada detalhe dela parecia me deixar mais encantado. A forma como ela se vesti, com aquela blusinha que deixa sua barriga à mostra, e a saia curta que realçava suas pernas perfeitas, me deixando sem palavras. Seus cabelos soltos, o brilho no olhar e aquele perfume delicioso, que tomou conta do carro assim que ela entrou, me faziam pensar que ela não era apenas bonita, mas uma verdadeira obra de arte. — Você quer jantar? — perguntei.— Não, já comi — ela respondeu, um sorriso provocante no rosto, como se soubesse exatamente o efeito que causa em mim. Quando chegamos na minha casa, descemos do carro, e a vi olhar ao redor, como uma criança curiosa. Ela sempre parecia se interessar por tudo ao seu redor, e isso me fascina. Era como se cada detalhe fosse importante para ela. Eu sorri, apreciando aquele momento, aquele olhar curioso e inocente.— Pode entrar — eu disse, abrindo a porta de casa. Ela entrou, observand
Thayla Narrando Durante o jantar, com um sorriso, falei que ia sair para tomar açaí com as minhas amigas da escola, que não vejo desde que fui para Flórida. Era mentira, é claro. Não tinha ninguém esperando por mim, mas meus pais não precisavam saber disso. O único objetivo era sair sem levantar suspeita. Eu não queria ter que mentir para os meus pais, mas não podia falar a verdade. Tenho a impressão que meu pai nunca aceitaria.Minha mãe me olhou com aquele olhar de sempre, cheio de preocupação, e deu a recomendação de mãe:— Vai se divertir, mas não volta muito tarde, Thayla. São Paulo está perigoso.Meu pai, apenas acrescentou:— Cuidado, filha. Vamos ficar te esperando.Eu sorri, nervosa, se eu falasse para não me esperar, eles poderiam desconfiar de alguma coisa.— Pode deixar, mãe, pai. Vou me cuidar. — Dei um beijo em ambos e subi para o meu quarto, o coração batendo forte. Agora que eles estavam tranquilos, eu poderia seguir com os meus planos.Fechei a porta do quarto. Pegu
Enrico Narrando A tempos que eu não tinha uma noite assim especial com uma mulher. Thayla é maravilhosa além de linda, entende de sexo e é muito inteligente. Ela estava com medo de dormir comigo por causa dos pais dela, e eu preferi não falarmos sobre isso agora, mas amanhã vamos abrir tudo para o Dante. Não quero que ele pense que sou um traidor, como também não quero abrir mão dela. Ainda mais sabendo que sempre foi apaixonada por mim.Acordei e ela ainda dormia. Linda, com os lábios entreabertos, o cabelo espalhado pelo travesseiro e a respiração calma. Era uma cena que eu nunca imaginei ver, pelo menos não assim, a Thayla ao meu lado. Durante anos, eu a enxerguei como a filha do meu melhor amigo, como a menina que me chamava de tio Enrico. Agora, não era impossível não vê-la como mulher.Me levantei com cuidado para não acordá-la, vesti uma roupa leve e saí para treinar. Fiz um cardio leve e foquei nos membros superiores. Era uma forma de gastar a energia acumulada e colocar as i
Thayla Narrando Cheguei em casa e, assim que fechei a porta, ouvi as vozes dos meus pais na sala de jantar.— Já cheguei! — gritei, tirando os sapatos enquanto subia as escadas. — Vou me arrumar para ir à empresa!Minha mãe respondeu no mesmo tom:— Está tudo bem?— Sim! — menti, porque, na verdade, meu coração ainda estava acelerado por tudo que tinha acontecido essa noite com Enrico. E também medo de ser pega.Entrei no meu quarto e tranquei a porta. Precisava de um banho para despertar completamente e, principalmente, para ver se aquela sensação de euforia diminuía. Liguei o chuveiro e entrei, deixando a água quente relaxar meus músculos. Enquanto ensaboava o corpo, minha atenção foi para o espelho embaçado pelo vapor.Me aproximei e afastei parte da névoa, revelando meu reflexo. Foi impossível segurar o sorriso quando vi as duas marcas arroxeadas no meu pescoço. Enrico é intenso em tudo, e aquilo era a prova de que a noite havia sido perfeita.— Droga, vou ter que cobrir isso — m
Enrico Narrando Trabalhei a manhã toda, tive uma reunião fora da empresa, e o Dante ficou para inspecionar a carga que está no processo preparatório para exportação. No horário do almoço, mandei mensagem para ele. Quero conversar, mas Dante disse que estava indo almoçar com os Ferres.Apertei o celular na mão. Não quero nem imaginar a Thayla perto do Otávio Ferrer. Respirei fundo e perguntei casualmente:— Quem vai com você?— Vou sozinho. A Thayla vai almoçar no restaurante perto da empresa.Meu peito aliviou um pouco. Falei que ia convidá-la para almoçar.— Tudo bem — respondeu ele, sem demonstrar qualquer interesse na minha decisão.Mandei uma mensagem para Thayla.— Me espera na frente da empresa. Vamos almoçar juntos.Ela respondeu rápido.— Ok, tio!Maldito tio, ela me deixa excitado me chamando assim.Ao chegar, a vi encostada na parede, mexendo no celular. Quando parei o carro ela me olhou e, abriu um sorriso. Ela entrou no carro.— Fiquei surpresa com seu convite.— Senti vo