Enrico Narrando Tive uma reunião importante em uma cafeteria que possui uma sala privativa. A reunião foi com o representante do Governo Federal e, felizmente, foi bastante produtiva. Minha secretária já estava lá quando cheguei, e ficou claro que o próximo encontro será com o ministro em Brasília.Cheguei na empresa por volta das quatro da tarde, estacionei e, enquanto pegava minhas coisas no carro, vi Thayla e Matheus juntos. Meu sangue ferveu. Quando a vi abrindo a porta do carro dele, perdi completamente a sanidade.Eu sabia que deveria recuar. Mas, droga, quem disse que eu consegui resistir?Não deixei ela sair com o Matheus. Ela estava prestes a entrar no carro dele, mas eu não podia deixar aquilo acontecer.Mandei a Thayla entrar dentro do meu carro, entrei e respirei fundo. Meu Deus, o que eu estou fazendo? Perdi a noção de tudo. Olhei para ela, que estava sorrindo, me encarando.— Isso foi ciúmes, tio Enrico? — Ela perguntou, com aquele tom provocador que só ela sabe usar.O
Enrico Narrando Eu estava completamente envolvido na presença de Thayla, cada detalhe dela parecia me deixar mais encantado. A forma como ela se vesti, com aquela blusinha que deixa sua barriga à mostra, e a saia curta que realçava suas pernas perfeitas, me deixando sem palavras. Seus cabelos soltos, o brilho no olhar e aquele perfume delicioso, que tomou conta do carro assim que ela entrou, me faziam pensar que ela não era apenas bonita, mas uma verdadeira obra de arte. — Você quer jantar? — perguntei.— Não, já comi — ela respondeu, um sorriso provocante no rosto, como se soubesse exatamente o efeito que causa em mim. Quando chegamos na minha casa, descemos do carro, e a vi olhar ao redor, como uma criança curiosa. Ela sempre parecia se interessar por tudo ao seu redor, e isso me fascina. Era como se cada detalhe fosse importante para ela. Eu sorri, apreciando aquele momento, aquele olhar curioso e inocente.— Pode entrar — eu disse, abrindo a porta de casa. Ela entrou, observand
Thayla Narrando Durante o jantar, com um sorriso, falei que ia sair para tomar açaí com as minhas amigas da escola, que não vejo desde que fui para Flórida. Era mentira, é claro. Não tinha ninguém esperando por mim, mas meus pais não precisavam saber disso. O único objetivo era sair sem levantar suspeita. Eu não queria ter que mentir para os meus pais, mas não podia falar a verdade. Tenho a impressão que meu pai nunca aceitaria.Minha mãe me olhou com aquele olhar de sempre, cheio de preocupação, e deu a recomendação de mãe:— Vai se divertir, mas não volta muito tarde, Thayla. São Paulo está perigoso.Meu pai, apenas acrescentou:— Cuidado, filha. Vamos ficar te esperando.Eu sorri, nervosa, se eu falasse para não me esperar, eles poderiam desconfiar de alguma coisa.— Pode deixar, mãe, pai. Vou me cuidar. — Dei um beijo em ambos e subi para o meu quarto, o coração batendo forte. Agora que eles estavam tranquilos, eu poderia seguir com os meus planos.Fechei a porta do quarto. Pegu
Enrico Narrando A tempos que eu não tinha uma noite assim especial com uma mulher. Thayla é maravilhosa além de linda, entende de sexo e é muito inteligente. Ela estava com medo de dormir comigo por causa dos pais dela, e eu preferi não falarmos sobre isso agora, mas amanhã vamos abrir tudo para o Dante. Não quero que ele pense que sou um traidor, como também não quero abrir mão dela. Ainda mais sabendo que sempre foi apaixonada por mim.Acordei e ela ainda dormia. Linda, com os lábios entreabertos, o cabelo espalhado pelo travesseiro e a respiração calma. Era uma cena que eu nunca imaginei ver, pelo menos não assim, a Thayla ao meu lado. Durante anos, eu a enxerguei como a filha do meu melhor amigo, como a menina que me chamava de tio Enrico. Agora, não era impossível não vê-la como mulher.Me levantei com cuidado para não acordá-la, vesti uma roupa leve e saí para treinar. Fiz um cardio leve e foquei nos membros superiores. Era uma forma de gastar a energia acumulada e colocar as i
Thayla Narrando Cheguei em casa e, assim que fechei a porta, ouvi as vozes dos meus pais na sala de jantar.— Já cheguei! — gritei, tirando os sapatos enquanto subia as escadas. — Vou me arrumar para ir à empresa!Minha mãe respondeu no mesmo tom:— Está tudo bem?— Sim! — menti, porque, na verdade, meu coração ainda estava acelerado por tudo que tinha acontecido essa noite com Enrico. E também medo de ser pega.Entrei no meu quarto e tranquei a porta. Precisava de um banho para despertar completamente e, principalmente, para ver se aquela sensação de euforia diminuía. Liguei o chuveiro e entrei, deixando a água quente relaxar meus músculos. Enquanto ensaboava o corpo, minha atenção foi para o espelho embaçado pelo vapor.Me aproximei e afastei parte da névoa, revelando meu reflexo. Foi impossível segurar o sorriso quando vi as duas marcas arroxeadas no meu pescoço. Enrico é intenso em tudo, e aquilo era a prova de que a noite havia sido perfeita.— Droga, vou ter que cobrir isso — m
Enrico Narrando Trabalhei a manhã toda, tive uma reunião fora da empresa, e o Dante ficou para inspecionar a carga que está no processo preparatório para exportação. No horário do almoço, mandei mensagem para ele. Quero conversar, mas Dante disse que estava indo almoçar com os Ferres.Apertei o celular na mão. Não quero nem imaginar a Thayla perto do Otávio Ferrer. Respirei fundo e perguntei casualmente:— Quem vai com você?— Vou sozinho. A Thayla vai almoçar no restaurante perto da empresa.Meu peito aliviou um pouco. Falei que ia convidá-la para almoçar.— Tudo bem — respondeu ele, sem demonstrar qualquer interesse na minha decisão.Mandei uma mensagem para Thayla.— Me espera na frente da empresa. Vamos almoçar juntos.Ela respondeu rápido.— Ok, tio!Maldito tio, ela me deixa excitado me chamando assim.Ao chegar, a vi encostada na parede, mexendo no celular. Quando parei o carro ela me olhou e, abriu um sorriso. Ela entrou no carro.— Fiquei surpresa com seu convite.— Senti vo
Enrico Narrando Estava esperando Matheus quando ele chegou. Assim que entrou na minha sala, fiz um gesto com a mão para que fechasse a porta. Ele obedeceu sem questionar, e pude notar o sorriso debochado no canto dos seus lábios.— Senta aí — ordenei, indicando a cadeira à minha frente.Matheus se acomodou de forma relaxada, cruzando uma perna sobre a outra. Cruzei as mãos sobre a mesa e fui direto ao ponto.— Por que diabos você foi abordar a Thayla?Ele soltou uma risada nasal, balançando a cabeça como se achasse graça da minha pergunta.— Fiquei curioso — respondeu com um tom casual. — Nunca te vi olhar para ninguém do jeito que estava olhando para ela. E, além disso, teve aquele seu ataque de ciúmes ontem. Não deixou a garota ir para casa comigo.Apertei os lábios e mantive meu olhar firme no dele.— E o que você tem a ver com isso, Matheus?Ele levantou as mãos em rendição.— Nada a ver, Enrico, calma. Só achei curioso. Até porque, convenhamos, ela tem idade para ser sua filha.
Thayla Narrando Quase não consegui dormir preocupada com a minha mãe. Tadinho do Enrico, ficou conversando comigo por mensagem o tempo todo, tentando me acalmar. Eu estava inquieta, meu coração apertado, mas chegou um momento em que o cansaço foi mais forte e acabei adormecendo.Quando acordei, o sol já entrava pelas frestas da cortina, e meu celular vibrava sem parar. Desliguei o alarme. Peguei o aparelho e vi várias mensagens do meu pai. Ele dizia que estava vindo para casa e, pelo horário, já deveria ter chegado.Levantei às pressas, corri até o banheiro, lavei o rosto rapidamente e saí do quarto. A casa estava silenciosa, o que me deu um certo alívio. Fui até o quarto dos meus pais, abrindo a porta devagar para não fazer barulho. Eles estavam dormindo, e minha mãe parecia bem. O nó no meu peito afrouxou um pouco. Me aproximei, dei um beijo carinhoso nos dois e saí sem acordá-los.Voltei para o meu quarto novamente, tomei um banho rápido e vesti uma roupa confortável para o trabal