Thayla Narrando Fiz o possível para me concentrar no trabalho, mas minha mente insistia em se preocupar com o Enrico. A greve na plataforma o deixou tenso, e eu sabia que qualquer coisa poderia tirá-lo ainda mais do sério. Para piorar a situação, e consecutivamente isso deixou a empresa inteira em estado de alerta. Da minha mesa, dava para ouvir os gritos do seu Carlos mandando a equipe trabalhar com mais empenho. E, claro, em determinado momento, ele precisou me usar como exemplo.— Vamos trabalhar! Por que vocês não seguem o exemplo da Thayla? Ela está focada. A greve na plataforma é problema do presidente, não tem nada a ver com o nosso setor! — a voz firme do seu Carlos ecoou pelo andar.Eu continuei digitando no computador, fingindo que não estava ouvindo nada, mas então veio o comentário debochado do Matheus.— Claro, ela é a maior interessada que tudo dê certo. Já pensou ter um caso com um homem que não conseguiu controlar uma greve?Eu senti a fúria subir pelo meu corpo, e tu
Thayla Narrando Assim que vi que Enrico já tinha compartilhado a notícia em suas redes sociais, decidi fazer o mesmo. Peguei meu celular e escolhi uma foto. Nela, eu estava sorrindo enquanto ele me abraçava de lado, seus olhos brilhavam daquele jeito que só eu conhecia.Postei com uma legenda sincera, deixando meu coração falar:"O amor de hoje e de sempre. Quando menos esperei, você se tornou o dono do meu coração. Que o nosso amor siga forte, enfrentando tudo e todos, porque o que é verdadeiro sempre prevalece. Te amo, meu Enrico."Bloqueei a tela do celular e respirei fundo. Eu estava feliz e nada poderia mudar isso. Mas bastaram alguns minutos para que os comentários e sussurros começassem a surgir ao meu redor.Fingi não ouvir, mas a verdade é que as palavras chegaram nítidas aos meus ouvidos.— Ela é muito nova para ele… Isso não vai durar.— Aposto que é interesse. Ele é o patrão, né? Por que mais ela estaria com ele?— Esse tipo de relação nunca dá certo. Daqui a pouco ele c
Enrico Narrando Thayla postou uma foto nossa. Na legenda, ela me chamava de “meu Enrico” sorri com a beleza dela, que me deixou ainda mais apaixonado. Era um instante tão perfeito que, por alguns segundos, o mundo ao meu redor desapareceu. Mas logo, a realidade voltou com força total. Comentei na foto e voltei aos meus afazeres, ignorando todas as mensagens e notificações que pipocavam no meu celular.Foi quando alguém bateu à minha porta. Era Marcos, meu ex-cunhado. Parentes da Madeleine trabalham na minha empresa e, até aquele momento, não tinha tido problemas com nenhum deles.— Enrico, precisamos conversar — ele disse, entrando sem esperar por convite.A minha secretária, que o seguia, tentou se justificar, mas mandei que ela saísse. Marcos tinha um ar de alguém que vinha em busca de justiça ou, quem sabe, de uma briga. Ele se sentou à minha frente, seu olhar era firme e cheio de reprovação.— Pois não, Marcos, o que você quer? — perguntei, tentando manter a calma.— Você está s
Enrico Narrando Matheus tentou partir para cima de mim, querendo bancar o homem forte, mas não passa de um moleque. Marcos foi rápido e segurou o filho antes que ele pudesse me tocar. O ambiente explodiu em uma gritaria insuportável, os dois discutindo entre si enquanto Marcos, fora de si, apontava o dedo para mim.— Fora da minha casa, Enrico! Você não é mais bem-vindo aqui! — ele esbravejou, o rosto vermelho de raiva.Respirei fundo, mantendo a postura firme. Não ia permitir que um homem como Marcos ditasse as regras para mim, não depois de tudo que aconteceu.— Pois bem, Marcos. Se é assim que quer, eu também tenho algo a dizer. Você e seu filho estão demitidos. Não quero mais nenhum Campos e Silva na minha empresa.Um silêncio pesado caiu sobre o ambiente. Matheus arregalou os olhos, incrédulo, enquanto Marcos demorou alguns segundos para assimilar minhas palavras. Logo depois, veio o esperado surto.— Você tá louco, Enrico! — Marcos gritou, avançando um passo na minha direção.E
Thayla Narrando Assim que entrei em casa, fui direto conversar com meus pais. Eu precisava desabafar sobre tudo que aconteceu hoje na empresa. As piadinhas maldosas, os cochichos quando eu passava, os olhares cheios de julgamento. Me chamaram de interesseira, de aproveitadora, como se eu estivesse com Enrico apenas pelo dinheiro dele.— Eu sabia que isso poderia acontecer, mas ouvir com todas as letras doeu mais do que eu imaginava — confessei, sentindo um aperto no peito.Minha mãe trocou um olhar preocupado com meu pai antes de se aproximar e segurar minha mão.— Filha, você precisa entender uma coisa — ela começou, com a voz firme, mas cheia de carinho. — Sempre vão falar. Sempre vão julgar. Se estivesse com um rapaz da sua idade, diriam que você é imatura e não sabe o que quer da vida. Se estivesse com alguém mais novo, diriam que você quer um homem para mandar e desmandar. E agora, porque escolheu alguém mais velho, dizem que é por interesse.— Mas eu não estou com ele pelo dinh
Enrico Narrando Assim que entrei no meu andar, percebi de imediato a presença indesejada. Marcos estava sentado na recepção, como se esperasse por mim. Meu sangue ferveu no mesmo instante. Ele não deveria estar aqui. Não faz mais parte do quadro de funcionários.— O que você está fazendo aqui, Marcos? — perguntei, minha voz carregada de impaciência.Ele se levantou devagar, como se quisesse saborear cada segundo daquele encontro.— Você acabou com a minha vida, Enrico. Acabou com a minha família!Revirei os olhos, cansado desse mesmo discurso.— Você deveria estar no RH, não aqui. Seu tempo nessa empresa acabou.— Meu tempo? — Ele riu, um riso sem humor. — O seu tempo é que já devia ter acabado há muito!De repente, sem aviso, ele avançou contra mim e me empurrou com força. A pasta que eu carregava caiu no chão, espalhando papéis por toda parte. O instinto falou mais alto. Meu punho se fechou e, em um movimento rápido, acertei um jab de direita no rosto dele. Marcos cambaleou para tr
Enrico Narrando Antes de Thayla descer para o andar onde trabalha, fiquei observando seu rosto lindo por alguns instantes. Ontem, a perseguição contra ela foi absurda, e eu não permitirei que isso se repita. Antes que ela desaparecesse de vista, segurei seu rosto entre minhas mãos, acariciando suas bochechas com o polegar.— Se acontecer de novo, eu demito quem for necessário.— Não precisa fazer isso — ela disse, segurando meus pulsos com suavidade. — Se for assim, vai ter que demitir a empresa inteira.Soltei um suspiro, analisando seus olhos profundos. Ela queria minimizar o problema, mas não podia. Eu jamais deixaria que a tratassem daquela forma.— Por você, eu construo uma empresa do zero, Thayla — afirmei, baixando um pouco o tom. — Mas não quero que você se sinta mal dentro da minha.Ela abriu um sorriso pequeno, talvez sem acreditar totalmente em minhas palavras. Mas eu sou um homem de ação, e logo ela vai entender isso.Após me despedir, fui para casa. Precisava de um banho
Thayla Narrando Assim que chegamos na casa do Enrico, ele pediu um japonês para o jantar, mas antes de qualquer coisa, subimos para tomar banho. Eu estava exausta, e a ideia de um banho quente ao lado dele parecia a melhor maneira de relaxar.Assim que entramos no banheiro, Enrico começou a abrir a água, deixando o vapor tomar conta do ambiente. Ele se virou para mim com aquele olhar intenso, o mesmo que sempre fazia meu corpo estremecer.— Vem cá, pequena — Sua voz era baixa, carregada de desejo e carinho.Me aproximei devagar, e ele começou a tirar minha roupa, peça por peça, com uma paciência que me fazia arfar de antecipação. Sua mão deslizou pela minha pele, seus dedos traçando caminhos lentos até eu estar completamente nua diante dele. Enrico sorriu, como se estivesse admirando uma obra de arte, e logo começou a tirar suas próprias roupas.Quando a água quente caiu sobre nossos corpos, soltei um suspiro longo, sentindo a tensão se dissipar aos poucos. Enrico me puxou para debai