Assediad@

Olho para o relógio. Passa um pouco das oito horas. Eu e Leo entramos de mãos dadas na casa, e nossos passos ecoam levemente pelo espaço amplo. A sala, iluminada por uma luz suave, emoldura meus pais sentados no sofá, conversando com Omar. Há uma rigidez na postura deles que me coloca imediatamente em alerta.

Os rostos tensos, os olhares fixos. Tento captar mais detalhes do diálogo e, então, ouço meu pai pronunciar a palavra "dívida". O som da palavra, isolado e carregado de peso, reverbera como um alarme silencioso. Assim que me nota, ele interrompe a frase abruptamente, como se minha presença exigisse segredo.

Omar, sentado em uma poltrona próxima, ergue o olhar para nós. Seus olhos, escuros e profundos, carregam algo difícil de decifrar, um peso que ele tenta mascarar atrás de uma fachada de formalidade. Mas é impossível não perceber.

Por um instante, o silêncio toma conta da sala, tenso e carregado de significados não ditos. Omar nos observa, como se calculasse suas próximas palav
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