AquilesMe desespero ao ver Felipa cambaleando.— Felipa? — chamo seu nome. Ela cambaleia. — Felipa? — corro até ela a tempo de impedir que caia no chão. Me desespero ainda mais quando ela desmaia em meus braços.Rapidamente me levanto com ela no colo. É tão leve que me preocupa ainda mais.— O que houve? — a tia dela pergunta quando me aproximo deles, indo em direção a casa.— Ela desmaiou. Preciso de um médico.— Vamos levá-la para o meu quarto. — O velho Escobar sugere. — Meu médico vai examiná-la.— Deus, será que foi algo que ela comeu? — Joyce leva a mão ao peito. Posso ver o quanto se preocupa.Enquanto isso o Felix balança a cabeça dizendo:— Pois é, minha menina parecia uma traça. Nunca a vi comer tanto.Enquanto andamos eles vão falando, mas logo os deixo para trás, com pressa que Felipa acorde.Para meu alivio ela começa a despertar ainda no meu colo, quando estou subindo as escadas.— O que houve? — pergunta baixo.— Você desmaiou. Vou te levar para o quarto do meu bisavô.
FelipaMeu Deus! É oficial, eu estou grávida. Também, o que eu esperava se não teve um dia em que Vincent não me procurou? Ou eu o procurei. Confesso, me apaixonei por meu marido e estou viciada no prazer que ele me proporciona. Eu até estava conformada em amar em segrego, porém agora as coisas ficaram complicadas. Estou tentando muito não me apaixonar por essa criança que vai crescer dentro de mim, porque sei que ela não é minha. Mas é impossível. Eu já amo a minha sementinha, e sei que vou sofrer quando for tirada de mim.— Felipa? — viro o pescoço e vejo meu marido com seu terno de trabalho. — Você está chorando, por que?Chorando? Nem percebi.— Nada. — Balanço a cabeço e desvio o olhar, logo passo minhas mãos no rosto tentando esconder o desastre do choro.Penso que ele vai embora e vai me deixar em paz, porém Vincent se aproxima e se ajoelha na minha frente, no divã da minha varanda.— Eu não acredito que não seja nada. Vamos, diga.Odeio quando ele se importa, faz eu me apai
FelipaDepois da conversa que tive com Vincent ontem, decidi passar o dia com meus tios. Nesse momento eu recusando comida, coisa que nunca imaginei fazer. Meus tios acham que grávida não tem limite no estômago.— Se ela não quer, deixa que a tia desse príncipe come. — Lana, que se convidou para vir comigo, pega o pedaço de bolo que tia Joyce está me forçando a comer.— Quem disse que será menino? — tio Felix questiona sentado no sofá, dedilhando as cordas de um violão que ganhou do amigo Escobar. — Já sabem?— Ainda não sabemos, tio. Falta muito tempo para saber.— E você não pretende voltar a trabalhar? — tia Joyce pergunta, mudando de assunto. — Não com limpeza, claro. Mas a vida de madame deve ser bem chata.— É muito entediante mesmo, mas meu marido é um cabeça dura que não entende que preciso fazer outra coisa além de compras e spa.— Você devia agradecer. Vida de madame e um homem que te protege até do vento e do sol. — Lana fala.— Eu preciso de sol e de vento para sobreviver,
AquilesVer Felipa no maldito vestido vermelho me fez ter uma ereção. Quando a abracei por trás foi para esconder do curioso do Jordan.A senti estremecer nos meus braços e isso só piorou a situação, por isso me afastei quando entramos na sala. Precisamos conversar antes que ela grite tarado e saia correndo.— Quero te propor um novo acordo — falo, e ela me olha nada feliz. Já esperava por isso.— De novo isso, Aquiles? Por que? — reclama.Me chamou de Aquiles, sinal que está puta com minha proposta. Aprendi identificar seus humores durante o tempo em que estamos juntos.— Pode escutar antes de dizer não?— E se eu disser não, você vai aceitar? — rebate.— Sim, aceitarei.Ela franze o rosto, mostrando incredulidade.— É um contrato verbal, que eu sinceramente espero que aceite. — Aponto a cadeira. — Sente-se.Ela obedece e diz:— Fala de uma vez.— Você já está grávida, não precisamos mais de sexo para esse propósito. — Ela escuta pacientemente. — Porém, eu tenho as minhas necessidade
FelipaConviver com Vincent e ter a intimidade que tínhamos pela concepção do bebê, isso me fez aprender que ele, apesar de todos os pesares, estava aberto a me ouvir. E por isso aproveitei a chance que seu acordo proporcionava e exigi que nosso sexo seja com beijos. Por mais gostoso que fosse transar com ele, sentia falta de seus beijos, chegava a sonhar com isso.O que não estava preparada era para ouvir ele exigir que oral também estivesse incluído e me brindasse com um orgasmo delicioso provocado por sua boca e seus dedos.Mas fiquei puta quando ele não me deixou fazer o mesmo nele. Estou tão curiosa para sentir que cheguei a sonhar com isso. É, eu ando sonhando com muitas coisas nada descentes.Em casa ele será todo meu. É nisso que penso enquanto beijo desesperadamente os lábios do meu marido e empurro sua cueca para baixo junto com a calça, logo sentindo seu membro duro roçando minha entrada.Vincent se livra das peças que nos atrapalham, me suspende e leva até uma poltrona, on
AquilesEstamos há meses vivendo com um verdadeiro casal. Sempre dormimos juntos no quarto principal, meu closet já está cheio de roupas da minha esposa.Sinceramente, não me importo com o que isso parece. Eu não quero parar e nem quero pensar no significado, porque se eu for pensar vou ter a certeza que estou me apaixonando por ela, e isso será nosso fim.Felipa está trabalhando na empresa, ajudando Julieta e Jordan no trabalho deles. Não dei um cargo a ela, apenas deixei que passasse seu tempo fazendo o que ela chama de útil.A amiga dela já está morando na mansão. E, como meu amigo é a porra de um tarado em ruivas, ela já caiu nos braços dele... melhor dizendo, no pau. Não fui contra, só avisei que não quero problemas no meu acordo com Felipa. Ele que estrague para ver se não chuto sua cara com meu sapato italiano.Penso em tudo que aconteceu nesses meses enquanto dirijo até a clínica, onde vamos saber o sexo do bebê.Felipa está ao meu lado, no banco do passageiro, nervosa ao pont
FelipaFaz semanas que Vincent e eu não dormimos no mesmo quarto. Aliás, nem sequer conversamos direito. Desde aquele dia. Também não fazemos mais as refeições juntos. Quando ele está em casa, eu peço para trazerem no quarto, usando a gravidez como desculpa. Acabei parando de ir na empresa também. Tudo por causa do bastardo do meu marido, porque não quero explicar porque estamos tão frios um com o outro.Estou no sétimo mês da gravidez, minha barriga está imensa. Tudo ficou mais difícil de fazer. Já até desisti de calçados fechados, é mais fácil enfiar os pés em rasteirinhas que me abaixar para calçar.Por falta de sono, ouço os passos de Vincent no corredor.Aposto que ele está vindo da rua. Não é a primeira vez que chega de madrugada.Mas dessa vez ele vai ouvir. Casamento de mentira ou não, isso já passou dos limites.Levanto e saio da cama, sem me importar de andar pelo chão gelado descalça. Quando abro a porta, vejo ele entrando no cômodo que sempre mexe misteriosamente.Nem pens
AquilesMeus empregados decidiram que os tios de Felipa não precisam ser anunciados. Por isso essa merda está acontecendo. Gabrielle no meu colo enquanto os dois me olham chocados.E não, eu não estava e nem pretendia trair Felipa. Essa louca entrou dizendo um monte de merda sobre o filho que perdeu meses atrás. Segundo ela foi o destino, que ela tinha que ter um filho meu e não do Marco. Sinceramente não faço ideia do porque ela está me rondando depois de todos esses anos, e nem ligo.Não ia transar com ela no escritório aquele dia, e nem hoje, mas do mesmo jeito que Felipa entendeu errado, os tios dela chegaram bem na hora em que a maluca se jogou no meu colo.— Então é essa a vadia que se oferece para homem casado. — Joyce cuspiu as palavras.— Eu não sou...— Cala a boca, puta! — ela a interrompe.— Aquiles, não vai me defender? — olha para mim indignada.— Vai embora, Gabrielle. E não volte mais à minha casa, minha empresa ou nenhum lugar que eu possa estar, ou será arrastada por