160: A verdades ditas
Deitada no colo de Leonel, que repousa num sono profundo, Andressa permite que seu olhar percorra o pequeno quarto onde ele dorme. O espaço é modesto, com paredes pintadas de branco que exibem algumas marcas do tempo. Um armário simples de madeira ocupa um dos cantos, com uma pilha de livros desordenados no topo. A cama, embora pequena, é confortável, coberta por lençóis de algodão em tons neutros. Ao lado, uma mesinha improvisada serve de mesa de estudos, com uma luminária e um copo d'água.

Após observar o ambiente, ela desvia os olhos para Leonel, que dorme serenamente. Seu rosto tranquilo está como se estivesse alheio a qualquer preocupação. A visão dele a envolve num sentimento raro de paz e harmonia, algo que não conhecia há alguns dias. Aquele momento preenche-a de tal maneira que tudo o que deseja é ficar ali para sempre, como se o tempo pudesse parar.

Mas a realidade logo retorna, fria e cruel. Ao olhar para o relógio pendurado na parede, percebe que já passa das quatro da tard
Célia Oliveira

Alguém irá sofrer por amor e não será a Marina… Hahaha Postei mais cedo porque ficarei sem internet hoje!

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