Alguém irá sofrer por amor e não será a Marina… Hahaha Postei mais cedo porque ficarei sem internet hoje!
Enquanto está no carro, a caminho do hotel, Andressa não consegue conter as lágrimas que escorrem silenciosamente por seu rosto. Cada balanço do veículo parece intensificar a dor que ela sente, como se a rejeição de Leonel fosse um peso insuportável pressionando seu peito. Tentando disfarçar sua vulnerabilidade, passa as mãos pelo rosto para secar as lágrimas, mas sua respiração entrecortada e o olhar perdido revelam o caos interior. O motorista do táxi a encara pelo retrovisor, mas não diz uma palavra sequer.Os pensamentos a consomem, e cada palavra que Leonel disse ecoa em sua mente como um lembrete cruel de que sua vida está instável. Andressa não sabe como consertar o que está quebrado, muito menos como lidar com as escolhas que a levaram até ali. “Por que estou sentindo isso?”, se pergunta, com os olhos fixos no horizonte turvo que passa pela janela. “Por que estou deixando os sentimentos me dominarem?”Ao chegar ao hotel, ela paga o motorista do táxi com mãos trêmulas e desce, s
Sentado na poltrona de seu quarto, Victor observa Marina secando os cabelos no banheiro. Os fios loiros refletem a luz suave do ambiente, brilhando como ouro. Ela veste um vestido azul-celeste, cuja tonalidade parece feita sob medida para realçar o tom intenso de seus olhos, que ocasionalmente encontram os dele através do reflexo no espelho.Victor a observa em silêncio, e um pequeno sorriso se forma em seus lábios. Há algo fascinante na maneira como cada movimento dela parece natural e gracioso, como se nem percebesse o impacto que tem sobre ele. Seus olhos percorrem cada detalhe: o modo como ela inclina a cabeça para secar melhor os fios, o jeito delicado com que ajeita uma mecha atrás da orelha.Enquanto a observa, sente uma onda de satisfação e algo mais profundo, um misto de admiração e desejo. Marina era diferente de qualquer outra mulher que ele já conhecera, não apenas pela aparência angelical, mas pela forma como conseguia desarmá-lo sem sequer tentar.Terminando de secar os c
Enquanto está deitada no peito de Xavier, os pensamentos de Andressa vagam para longe, tão distantes que ela sente como se sua alma tivesse abandonado seu corpo exausto e dolorido, reflexo do que havia acontecido mais cedo com Leonel, seguido pela agressividade de Xavier durante o sexo.A culpa a dilacera, trazendo um vazio sufocante que a faz se sentir reduzida a um mero objeto, usado sem qualquer consideração por seus sentimentos.Para Xavier, ela era apenas uma posse, algo que ele acreditava controlar, sem nunca oferecer um traço de afeto ou respeito genuíno.A culpa era sua por se deixar iludir pelo dinheiro e pelas promessas que ele trazia. Pois nunca se importou que ele fosse embora para casa, para junto da família, depois de uma noite quente de sexo. O dinheiro que ganhava dele preenchia os vazios de forma que sempre desejou. Com ele vieram as bolsas de grife, os sapatos perfeitos, as roupas de luxo, joias brilhantes, eletrônicos modernos e toda a ostentação que fascinava jovens
A expressão nervosa no rosto de Xavier mostra que ele não está nada feliz com a mensagem que leu pela barra de notificação no celular de Andressa. Ele levanta o olhar, com a mandíbula travada e os olhos semicerrados. — Me responde logo! Quem é Leonel e por que ele quer te ver? — grita, sem se importar se algum funcionário do hotel escutaria. Sentindo o coração disparar, Andressa se levanta lentamente da banheira, pega o roupão ao lado, veste-o e caminha até Xavier, que está com o celular dela em mãos. Sabe que precisa pensar rápido, por isso, mantém a expressão suave, como se não estivesse nada nervosa com aquela situação. — Ah, não acredito que ele fez isso de novo! — exclama, bufando como se estivesse verdadeiramente irritada. — O que você quer dizer com “de novo”? — Xavier cruza os braços, claramente impaciente. — Leonel é o primo da minha mãe — ela inventa, mantendo o tom casual, mas com um leve toque de cansaço. — Ele vive pedindo dinheiro emprestado ou ajuda para resolver os
No hospital onde a sogra está internada, Daniela está escorada com a cabeça no canto da parede. Seus olhos estão fechados, tentando conter o choro após escutar tudo o que a filha acabou de lhe contar. Cada detalhe que Marina lhe confidenciou foi como uma faca lhe perfurando gradualmente, dilacerando os seus órgãos lentamente.— Mãe… — Marina se levanta, se aproximando da mãe pelas costas. — Eu disse que seria sincera com a senhora.— Eu sei — responde Daniela, com a voz trêmula. — Jamais imaginei que estaria passando por isso.— Nem eu, imaginei que passaria — confessa, tocando as costas da mãe. — O que a Andressa fez comigo acabou com tudo o que eu acreditava sobre amizade. — Eu te disse que não confiava nela — murmura.— Eu sei… mesmo assim, de tudo o que a senhora me disse, jamais imaginei que ela chegaria a esse ponto.— Espero que aquela desgraçada pague caro por isso.— Acredito que ela pagará, mãe, mas não é com isso que estou preocupada agora — revela.Lentamente, Daniela se v
Ao perceber que o momento de reconciliação entre mãe e filha havia se encerrado, Victor decide entrar no quarto, agindo como se não tivesse testemunhado nada.— Desculpa a demora — diz ele, com um sorriso tranquilo, enquanto entrega um copo para cada uma delas. — A fila estava enorme.Ele se aproxima de Daniela para lhe entregar a bebida e, ao fazer isso, percebe algo diferente no olhar dela. Não era mais o olhar frio e cauteloso de antes, mas algo mais brando, quase como se houvesse uma pitada de admiração. Apesar de notar a mudança, decide não reagir, mantendo sua postura neutra. Com passos calmos, ele se senta ao lado de Marina.— Parece que a minha avó não irá acordar tão cedo — diz Marina, enquanto seus lábios desenham um sorriso que ilumina o ambiente.Victor corresponde com um olhar cheio de ternura, inclinando-se levemente para tocar a mão dela.— Deixe-a descansar, nós não temos pressa, não é mesmo? — pergunta com um olhar sereno.Daniela observa a interação entre os dois e pe
Após se entender com a sogra, Victor volta para o quarto e encontra a avó de Marina acordada. Mesmo estando fraca, a senhorinha troca algumas palavras com ele. Depois se despedem dela e deixam o hospital. A tarde está calma, com uma brisa leve que faz Marina encarar o céu meio nublado.— O que quer fazer agora? — Victor pergunta, lançando um olhar suave para ela, enquanto atravessam a rua.— Quero ficar mais um tempo com você — responde, envolvendo o braço nas costas dele, num gesto aconchegante e íntimo. Ambos caminham assim, abraçados, como se o mundo ao redor não importasse.Victor sorri, inclinando ligeiramente a cabeça para olhá-la.— Então podemos passear um pouco pelo centro e fazer algumas compras. O que acha?Marina ri suavemente, balançando a cabeça.— A ideia não é ruim — comenta, hesitando por um instante. Depois, desvia o olhar, tentando não demonstrar a timidez que sente ao confessar sua verdadeira vontade. — Mas prefiro voltar para o hotel.Percebendo o leve rubor que co
Após um fim de semana maravilhoso com Marina, Victor teve que se despedir dela e voltar para a realidade de sua vida. Havia chegado em casa de madrugada e conseguiu dormir um pouco. No outro dia pela manhã, antes de ir para o trabalho, decidiu tomar café com a sua mãe.Sentando-se à mesa, ajusta a gravata distraidamente enquanto observa Joana transparecer uma energia nada habitual.— Bom dia, querido — diz ela, com um sorriso caloroso no rosto enquanto saboreia uma tigela de frutas frescas.— Bom dia, mãe — responde, em um tom indiferente que não combina com o entusiasmo dela.Mesmo percebendo o ar pesado do filho, ela opta por não o pressionar. Em vez disso, começa a falar animadamente, como sempre fazia quando queria quebrar o gelo.— Ah, você deveria ter ido comigo à exposição no sábado. Foi uma noite tão agradável. Reencontrei algumas amigas que não via há anos — comenta, lançando um olhar atento ao filho. — Sabrina Mendonça estava lá, sabia?Levantando os olhos da xícara que segur