Meu casal… Hahaha A partir de amanhã, começarei a postar 2 capítulos por dia. É temporário, apenas até organizar algumas coisas aqui. Conto com a compreensão de vocês.
Já é manhã e o quarto está iluminado por uma luz suave que entra pelas cortinas parcialmente fechadas. Victor está acordado, mas permanece deitado, enquanto observa Marina dormir com a cabeça apoiada em seu peito. A respiração dela é tranquila e ritmada, como uma melodia que acalma qualquer tumulto interno. Seus cabelos estão espalhados pelo seu braço e o rosto sereno transmite uma paz que ele raramente encontra.Ele se lembra de ontem à noite e das palavras dela: Victor, eu te amo.A declaração o pegou completamente de surpresa, fazendo com que paralisasse no mesmo instante.Ao longo de sua vida, já havia conhecido muitas mulheres. Algumas eram atraentes e confiantes, outras mais tímidas, mas todas pareciam seguir um padrão previsível. Palavras como aquelas ditas por Marina já haviam sido usadas contra ele antes, geralmente como desculpas ou artifícios para garantir que ele permanecesse ao lado delas, mesmo sem um verdadeiro compromisso emocional. Contudo, dessa vez, foi algo diferent
A revelação pega Victor de surpresa, congelando-o por um momento enquanto absorve a informação. Ele ouve atentamente enquanto o detetive continua.— Tirei fotos de tudo, senhor, e já as enviei com outras evidências para o seu e-mail — informa Fausto, num tom profissional e meticuloso.— Obrigado pela informação, Fausto. Quero que descubra quem é esse homem e qual é a relação dele com Andressa. Não poupe esforços — ordena, frio e autoritário, mas deixando claro um misto de ansiedade.— Sim, senhor. Vou cuidar disso — responde o detetive, pronto para cumprir a tarefa.Após encerrar a ligação, Victor solta um suspiro profundo e desvia o olhar para o lado. Marina continua sentada ao seu lado, observando-o em silêncio. Sua expressão carrega um misto de curiosidade e preocupação, enquanto seus olhos fixam-se nos dele, como se tentassem decifrar o que havia acontecido naquela ligação misteriosa.— Algum problema? — ela pergunta, com voz suave, mas cheia de apreensão.Ele sorri, mas não um sor
Em Nova York, Xavier sai do banho com uma toalha amarrada na cintura, enquanto Andressa organiza as roupas que ele deve usar. O quarto de hotel é luxuoso, com uma decoração moderna e minimalista, mas o ambiente parece carregado pelo nervosismo evidente entre os dois. — Não acredito que terei que comparecer naquela conferência — diz Xavier, num tom cansado, passando a mão pelos cabelos ainda úmidos. — Lembre-se de que é para manter as aparências — responde Andressa, num tom compreensivo, mas firme, enquanto escolhe uma gravata para combinar com o terno. — Sim, eu sei, mas não aguento mais essas coisas — comenta ele, sentando-se na beirada da cama, com os ombros curvados em um gesto de exaustão. Observando o estresse estampado no rosto do amante, Andressa decide se aproximar. Ela se senta em seu colo com naturalidade, envolvendo o pescoço dele com os braços. Seus olhos encontram os dele e, por alguns segundos, há um silêncio antes que ela fale. — Se não aguenta mais, por que não aca
No canto do quarto, em silêncio, Andressa observa Xavier enquanto ele ajusta a gravata diante do espelho, terminando de se arrumar para a conferência. Aquela saída era mais do que apenas uma obrigação profissional; era um esforço calculado para provar à sua família que ele estava completamente dedicado ao trabalho. Xavier percebe o silêncio dela. Terminando de vestir o blazer, ele se aproxima com um olhar mais suave, como se tentasse apaziguar o estresse evidente no ar. — Não fique assim — diz, com a voz calma, mas distante. — Você sabe que sempre serei realista com você. Ele se inclina para deixar um beijo breve em sua testa, num gesto que deveria ser reconfortante, mas que só reforça o abismo entre eles. Sem obter nenhuma resposta de Andressa, ele continua. — À noite, iremos jantar em um dos meus restaurantes preferidos — acrescenta, de forma casual. — Aproveite o dia para ir ao salão e se preparar. Com isso, ele pega sua pasta e sai do quarto sem olhar para trás, deixando-a sozi
Deitada no colo de Leonel, que repousa num sono profundo, Andressa permite que seu olhar percorra o pequeno quarto onde ele dorme. O espaço é modesto, com paredes pintadas de branco que exibem algumas marcas do tempo. Um armário simples de madeira ocupa um dos cantos, com uma pilha de livros desordenados no topo. A cama, embora pequena, é confortável, coberta por lençóis de algodão em tons neutros. Ao lado, uma mesinha improvisada serve de mesa de estudos, com uma luminária e um copo d'água.Após observar o ambiente, ela desvia os olhos para Leonel, que dorme serenamente. Seu rosto tranquilo está como se estivesse alheio a qualquer preocupação. A visão dele a envolve num sentimento raro de paz e harmonia, algo que não conhecia há alguns dias. Aquele momento preenche-a de tal maneira que tudo o que deseja é ficar ali para sempre, como se o tempo pudesse parar.Mas a realidade logo retorna, fria e cruel. Ao olhar para o relógio pendurado na parede, percebe que já passa das quatro da tard
Enquanto está no carro, a caminho do hotel, Andressa não consegue conter as lágrimas que escorrem silenciosamente por seu rosto. Cada balanço do veículo parece intensificar a dor que ela sente, como se a rejeição de Leonel fosse um peso insuportável pressionando seu peito. Tentando disfarçar sua vulnerabilidade, passa as mãos pelo rosto para secar as lágrimas, mas sua respiração entrecortada e o olhar perdido revelam o caos interior. O motorista do táxi a encara pelo retrovisor, mas não diz uma palavra sequer.Os pensamentos a consomem, e cada palavra que Leonel disse ecoa em sua mente como um lembrete cruel de que sua vida está instável. Andressa não sabe como consertar o que está quebrado, muito menos como lidar com as escolhas que a levaram até ali. “Por que estou sentindo isso?”, se pergunta, com os olhos fixos no horizonte turvo que passa pela janela. “Por que estou deixando os sentimentos me dominarem?”Ao chegar ao hotel, ela paga o motorista do táxi com mãos trêmulas e desce, s
Sentado na poltrona de seu quarto, Victor observa Marina secando os cabelos no banheiro. Os fios loiros refletem a luz suave do ambiente, brilhando como ouro. Ela veste um vestido azul-celeste, cuja tonalidade parece feita sob medida para realçar o tom intenso de seus olhos, que ocasionalmente encontram os dele através do reflexo no espelho.Victor a observa em silêncio, e um pequeno sorriso se forma em seus lábios. Há algo fascinante na maneira como cada movimento dela parece natural e gracioso, como se nem percebesse o impacto que tem sobre ele. Seus olhos percorrem cada detalhe: o modo como ela inclina a cabeça para secar melhor os fios, o jeito delicado com que ajeita uma mecha atrás da orelha.Enquanto a observa, sente uma onda de satisfação e algo mais profundo, um misto de admiração e desejo. Marina era diferente de qualquer outra mulher que ele já conhecera, não apenas pela aparência angelical, mas pela forma como conseguia desarmá-lo sem sequer tentar.Terminando de secar os c
Enquanto está deitada no peito de Xavier, os pensamentos de Andressa vagam para longe, tão distantes que ela sente como se sua alma tivesse abandonado seu corpo exausto e dolorido, reflexo do que havia acontecido mais cedo com Leonel, seguido pela agressividade de Xavier durante o sexo.A culpa a dilacera, trazendo um vazio sufocante que a faz se sentir reduzida a um mero objeto, usado sem qualquer consideração por seus sentimentos.Para Xavier, ela era apenas uma posse, algo que ele acreditava controlar, sem nunca oferecer um traço de afeto ou respeito genuíno.A culpa era sua por se deixar iludir pelo dinheiro e pelas promessas que ele trazia. Pois nunca se importou que ele fosse embora para casa, para junto da família, depois de uma noite quente de sexo. O dinheiro que ganhava dele preenchia os vazios de forma que sempre desejou. Com ele vieram as bolsas de grife, os sapatos perfeitos, as roupas de luxo, joias brilhantes, eletrônicos modernos e toda a ostentação que fascinava jovens