154: Sei o que quero
Enquanto observa Marina desaparecer no corredor em direção ao quarto, Daniela começa a andar de um lado para o outro na sala, claramente inquieta. Seus passos são rápidos, e as mãos mexem nervosamente na barra do vestido.

— Você ouviu o que ela me disse, José? — pergunta, cheia de indignação. — Como pode falar comigo daquele jeito? Sou a mãe dela!

José, que está sentado no sofá com uma expressão calma, porém séria, observa os movimentos da esposa antes de responder.

— Sim, eu ouvi — diz, num tom tranquilo. — E, para ser honesto, não a culpo.

Daniela para de repente, virando-se para encará-lo com incredulidade.

— Como assim? Não a culpa? Ela jogou na minha cara que confia mais em um homem que mal conhece do que em mim!

José suspira, levantando-se do sofá para ficar de frente para a esposa. Ele coloca as mãos nos bolsos, num gesto que sempre fazia quando tentava manter a paciência.

— Daniela, a nossa filha tem razão — começa, num tom firme, mas sem agressividade.

— Como pode dizer isso?
Célia Oliveira

Enfim a Marina se impôs… Ela respeita a mãe, mas até eu me estresso com a Daniela. Haha

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