Nollan HoffmannApesar de eu transparecer tranquilidade, parece que meu coração está prestes a saltar pela boca. É como se eu tivesse voltado aos tempos de adolencente, onde estou conversando com a menina que gosto pela primeira vez.O que me faz pensar no que realmente sinto pela Laysla. Não é só físico. Não é só desejo. Existe sim um sentimento maior e confesso que gosto disso.Olhando para o lado, vejo que Laysla está tensa e em silêncio e franzindo a testa, estiquei o braço para alcançar a sua mão e ela logo me olhou quando entrelacei nossos dedos. — Está pensando em quê?Ela abaixou a cabeça e respondeu num tom firme. — Se estou fazendo a escolha certa em estar aqui com você.Senti um bolo se formar na minha garganta ao ouvir isso, mas ainda assim perguntei. — E qual foi a conclusão que chegou?Ela deu de ombros e disse. — Que todo idiota merece uma segunda chance.Soltei uma risada ao ouvir isso, e confirmei com a cabeça enquanto levei a mão dela até minha boca e depositei
Laysla AlbuquerqueNão acredito que apertei as bolas do meu chefe.Fechei os olhos enquanto repassava a situação na minha cabeça e realmente, não tem como dizer que não fiz aquilo.Poderia fingir demência mas é impossível esquecer por que além de pegar nas bolas eu ainda falei que ele era broxa.Minha vida não poderia ser menos humilhante?Soltei o ar com força tentando esconder a vergonha do que fiz até que ouço o motorista olhar pelo retrovisor e dizer em um resmungo. — Tá passando mal? Eu não quero ninguém vomitando no meu carro.Revirei os olhos quando neguei com a cabeça e logo respondi. — Não senhor, só estou respirando.Franzi a testa enquanto trocava olhares cheio de farpas com o senhor através do retrovisor e em silêncio, ele desviou a atenção e ficou sem dar uma palavra pelo restante da viagem.Assim que cheguei no meu apartamento, soltei o ar mais uma vez com toda a força que eu tinha e relaxei a postura. Abrindo a porta do meu quarto, coloquei os meus sapatos na sapateira
Laysla AlbuquerqueDe onde estou, vejo que ele está diferente. Sua pose dono da porra toda sumiu, dando lugar a um homem comum, uma pessoa normal.Alguém como eu. — Lann…Murmurei enquanto o olhava fixamente, e erguendo o olhar em minha direção, sua expressão mudou quando nossos olhares se encontraram e eu disse. — Não precisa ficar aí.Dei alguns tapas sobre a mesa de mármore e prossegui. — Nosso jantar vai ficar pronto em alguns minutos, então já pode vir aqui.Ele engoliu em seco enquanto se levantava e afrouxando a gravata, ele veio andando em minha direção, fazendo meu coração acelerar no peito diante daquela naturalidade e elegância que eu tanto gostava.Impossível não se abalar com a visão que tenho.Se acomodando na minha frente, Lann me olhou receoso e perguntou. — Posso ajudar em alguma coisa?Assentindo, passei a língua nos lábios enquanto escondia um sorrisinho e respondi. — Abra o vinho.Ele assentiu com um gesto enquanto se levantava e pegando nossos talheres, prat
Nollan HoffmannEstou com ela em meus braços. Seu corpo quente está colado ao meu enquanto ela está com seus cabelos molhados e soltos, sem maquiagem e com um outro pijama.Tão natural e linda que só me faz ter a vontade de consertar as coisas para ter acesso a mais momentos íntimos como esse.Uma intimidade além da cama. — Prometo ouvir tudo o que tem a dizer.Eu assenti com um gesto, me sentindo mais confiante para me abrir com alguém pela primeira vez. Laysla não sabe, mas ela será a primeira a saber sobre minha relação familiar.Estou disposto a deixá-la conhecer minha parte mais infantil, na qual me fez viver longe do meu pai, mesmo que eu não conte as entrelinhas.Nos acomodando em nossos assentos, servi o vinho em nossas taças enquanto Laysla colocava nosso jantar na mesa e então eu disse. — Minha mãe faleceu quando eu ainda era uma criança.Comecei a falar sem nem tocar na comida e sentindo seus olhos em mim, Laysla soltou o garfo sobre a mesa e ficou em silêncio. — Meu pai
Laysla AlbuquerqueDeixei Nollan sair do meu espaço da mesma forma em que permiti sua entrada. Em um silêncio assustador.Eu não queria que ele fosse embora, assim como não queria que ele ficasse.Por um momento, pensei que eu estava sendo exagerada em meus pensamentos, mas realmente percebi que ele não enxerga, muito menos entende as coisas do mesmo ponto de vista que eu.Como poderia?Nunca se envolveu com alguém mais poderoso do que ele. Afinal de contas, a pessoa exposta seria eu. A empregada que conseguiu subir de cargo através do seu caso com o chefe.Como ele não pode ter essa sensibilidade?Negando com a cabeça, olhei para os nossos pratos intocados e de repente percebi que até eu perdi a fome e me levantando, levei toda aquela comida para o microondas mais uma vez e a aqueci.Colocando em um prato único, levei para o sofá e me sentei em frente a televisão, disposta a comer tudo aquilo sozinha para ver se o bolo preso em minha garganta descia junto com a comida.Assistindo a
Laysla AlbuquerqueO homem sentado na cadeira diz. — Mas ainda temos um prazo, você precisa tomar suas vitaminas ou ficará muito pior.Um silêncio tomou conta da sala e Nollan respondeu em seguida. — Só vou assinar esses documentos e vou para casa, estou com calafrios, então não enche meu saco.Nesse momento, atravessei a porta e fui em direção ao meu chefe, que arregalou os olhos assim que me viu perto e estendendo a mão em seu rosto, ele juntou as sobrancelhas quando o toquei e vendo que ele estava suando frio, eu logo falei. — Você está queimando de febre, Lann.Minha voz denotou toda a minha preocupação e assentindo, Lann alcançou minha mão e a afastou gentilmente e disse. — Eu sei, mas preciso assinar esses…Negando com a cabeça, eu falei. — Eu poderia ter levado para você.Ele fez menção de falar algo, mas então veio uma crise de tosse e cobrindo a boca com um lenço, ele diz em seguida. — Depois só cancele meus compromissos para os próximos 7 dias até segunda ordem, por fa
Laysla AlbuquerqueCom a minha bolsa em meu ombro, e o celular em mãos, acenei para um táxi que estava vindo e ele logo parou, rapidamente instrui ele para que me auxiliasse em todos os lugares que precisava parar, garantindo a ele uma boa gorjeta e com um sorriso largo, o motorista aceitou me ajudar e depois de uma hora, estacionamos no meio fio de um prédio muito alto e requintado.Nada novo considerando que meu chefe é a cara da riqueza.Engoli em seco enquanto olhava de baixo para cima. Admirada com a beleza arquitetônica à minha frente. Óbvio, isso tudo combina com Nollan Hoffmann. Olha a classe disso tudo.Negando com a cabeça, afastei aqueles pensamentos e me direcionei para o hall de entrada com as sacolas do supermercado e medicamentos, e assim que me identifiquei, o porteiro logo me instruiu para onde eu deveria ir.Óbvio, a cobertura.Pensei em bater na porta, mas lembrei que Nollan iria deixar a minha entrada liberada, então toquei na maçaneta e a girei, e arqueando a sobra
Laysla Albuquerque.Estendendo minha mão, solto um suspiro sonolento quando tento pegar meu celular ao lado da mesa de cabeceira. O som do despertador é quase como uma sirene ensurdecedora todos os dias às 5:30 da manhã.Abrindo meu olhos lentamente, vejo que tudo está escuro, exceto pelo maldito celular que vai tocar mais uma vez.Chutando minha coberta, franzi a testa com pena de mim mesma após desativar o despertador do dia, e joguei meu celular sobre o colchão, fazendo força o suficiente para me levantar após um rápido alongamento que durou poucos segundos. Meu corpo todo dói. Ainda sou jovem mas a lombar insiste em dizer que tenho 80 anos.Me direcionando até o banheiro, me despi e entrei embaixo do chuveiro para um banho rápido, na tentativa de espantar aquela preguiça do corpo, pois confesso, não tem sido fácil. Todo o trabalho duro, longas horas de trabalho e pouco tempo para dormir tem consumido muita energia.Estou exausta até para respirar.Já faz duas semanas que estamos