- Que tal oficializarmos nossa união? - Lucius pergunta, quando já estávamos próximos da mansão.
- De novo? - Eu acreditava que já havíamos feito isso, depois de ter ficado tanto tempo fora de casa.
- Podemos fazer uma recepção aqui, para os amigos mais próximos.
- Não me parece ser uma péssima ideia - Ele afaga meu joelho, voltando a olhar para frente.
Minutos depois, o carro estaciona em frente á mansão que, aparentemente estava do mesmo jeito que havíamos deixado.
- Sejam bem vindos de volta - diz Rose cordialmente, parada em frente da estrada.
Lucius me ajuda a subir os poucos degraus.
- Obrigada, Rose. Como estão as coisas?
- Que nome vamos dar aos nossos filhos? - Lucius pergunta.Estava olhando para as flores. Os lírios tinham pétalas curvadas, imaculadamente brancas, e pistilos dourados, carregados de pólen. Eram frios, cheios de seiva e lindos.- O nome dela será Lily - Declaro de repente - E ele se chamara Zack.- Lily? Gostei. Lily Cesarini.A bebê parou de mamar, adormecendo com a boquinha aberta.- Gostaria de levar vocês três para casa agora mesmo - Ele comenta - Mas com o suicídio de Stela...O quarto de Zack seria o quarto dos bebês.- Não quero que seja mais lá.Ele aperta minha mão.- Tud
Suspiro antes de abrir os olhos, encontrando Lucius me olhando, quando abro meus olhos.- Bom dia - digo rouca.- Bom dia - diz com um leve sorriso no rosto. Por alguns segundos, ele fica ali, me observando, como se quisesse gravar aquele momento em sua mente.- Tudo bem?- Na verdade não. Tem uma coisa que preciso que saiba - Sento na cama, ficando de frente para ele. Ele segura minha mão, afagando as costas da minha mão com o polegar - Estou com princípio da Alzheimer precoce - Sua voz é calma, apesar de sua expressão angustiada - Os sintomas começaram alguns dias após a morte de Zack, até então não dei muita muita importância, só que agora se intensificaram. Esqueço de voltar para casa e pequenos detalhes cotidianos, além de não consegu
Lily fica de pé, dando alguns passos, tornando a cair.A coloco sobre um tapete de baixo de uma árvore, mas a borda, onde a luz se encontrava com a sombra, era irresistível. Ela persisti, indo na direção dos desenhos das folhas, enquanto seu irmão continuava sentado, engatinhando, sujando as pontas dos sapatinhos rosa.Os sapatos e o vestido branco e rosa de bordado inglês eram presentes de Rose. Em volta da menina, espalhavam-se papéis e fitas que tinham embalado outros presentes.Até o momento, Lily achara mais interessante brincar com um papel amassado do que puxar o patinho de madeira pelo cordão ou abraçar o elefante de pelúcia. Chegand
Não demorou para que todos os jornais estivessem com uma manchete da aposentadoria repentina de Lucius Cesarini. Uma surpresa e tanto para todos, inclusive para mim, que ainda acreditava que um dia ele amanheceria sem nenhum sintoma.Nos dias seguintes, um advogado fora nossa companhia, enquanto preparava o testamento de Lucius, onde boa parte de seus bens havia sido destinado aos gêmeos, enquanto a outra parte, seria enviado para instituições de caridade.O humor dele vacilava neste período, havia momentos em que se tornava agressivo, até com Rose; Precisando muitas vezes nos afastarmos, para lhe dar um tempo para voltar ou normal. Ou tentar.Na grande maioria do tempo, culpava Rose e at&eacut
- Lindo, hein? - Lucius comenta horas mais tarde, em frente a uma Mercedes 220 SL branco.Assobio, admirada. Ele ri.Me acomodo no assento de couro vermelho com um suspiro de satisfação.- Como você é um homem respeitável! - digo - Carros, casas, negócios...Ele me olha pelo canto do olho, se divertindo.- Não misture meus carros com essas outras besteiras. Ele pode ser um par de esquis ou um jato.Deixamos para trás a confusão do trânsito para trás, entrando na autopista. Lucius acelera, ultrapassando um caminhão, outro, uma fileira de carros. 
Lucius preparou uma refeição simples, enquanto o observava, encostada no batente da porta, saboreando o vinho que havia me oferecido. Depois de comermos na sala, levamos pratos e talhares para a cozinha e os lavei, deixando ele enxugá-los e os guardar.Sempre me sentia contente na companhia de Lucius, sempre ansiando por mais. A algum tempo, ele havia parado de pensar no futuro, apesar de eu saber que o futuro nos esperava em algum lugar. Lucius estava me olhando, acabando por tomar minhas mãos e as erguer, beijando um pulso e depois outro.- Eu a amo, Ivy.- Eu também o amo - Afirmo, pensando pela primeira vez que reconhecia os diferentes tipos de amor em suas sutis
A volta para casa foi mais rápida que a ida. Diferente da ida, não havia alegria no ar, apenasa sensação de que iria o sepultar definitivamente com seu pedido.Mesmo me recusando, gritando que não podia fazer isto com ele. Lucius conseguiu me acalmar e por em minha cabeça que era o mais certo a se fazer, já que com o passar dos dias, estava se tornando um fardo para mim e os gêmeos e que, logo não teria espaço em nossas vidas.Havia prometido que cuidaria dele até o fim, até seu último suspiro, nem que para isso dedicasse todos os anos da minha vida, mas não o abandonaria e estava disposta em manter minha promessa, custasse o quê fosse. Mas iria. Não
Mesmo com a cabeça coberta, pude identificar os saltos finos. A surpresa estava estampada no rosto de Zack, quando os capuz de nossas cabeças foi retirado e ainda me acostumando com a claridade, encaro uma mulher em nossa frente, que nos olhava separadamente, parecendo duvidar do que estava vendo.Eu não fazia ideia de quem ele era mas, Zack sabia, tanto que seu rosto se tornou angustiado no mesmo momento,- Mãe? - A voz de Zack soa perplexa. Acreditando que o que via, não se passava de uma miragem, mas estava longe de ser. A mulher loira, de corpo magro e aparência jovial, era mais nada menos que a mãe de Zack, Stela.O homem ao seu lado, Silas. Irmão de Lucius, tio de Zack.&nb