Acabo por sonhar com sinos batendo. O som era alto e claro.
Freiras caminhavam de um lado para o outro, segurando seus terços, enquanto murmuravam palavras inaudíveis para mim.
Caminho por longos corredores, inalando o cheiro de umidade em meio a pouca luz que entrava por duas janelas.
A sensação de conhecer aquele lugar, se tornou predominante e algo em mim, acabou que se sentindo familiarizado com o quê via.
Abro os olhos, encarando o teto do quarto, com a coberta cobrindo uma parte do meu corpo.
Por alguns segundos, continuo encarando o teto do quarto, assimilando o sonho vivido que acabei de ter.
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O convento St. Joseph, ficava ao norte de Houston, o quê levou algumas horas.O calor do verão continuava, mas o céu estava velado por uma camada de nuvens.Quando finalmente o carro para em frente a grandes portões enferrujados, sinto como se tivesse voltado para casa.Desço do veículo, sendo acompanhada pelos quatro seguranças. Empurro o portão, entrando. Atravesso o pátio ladeado pelo jardim negligenciado, passando por um arco de duas torrezinhas, entrando num recinto quadrado com teto abobadado e piso irregular revestido de pedras.Através de outra porta em arco, v um pátio, ode uma freira de hábito branco
Minha estadia se estendeu por exatos um mês com as irmãs da Sagrada Família.No decorrer dos dias, conheci e passei a admirar todas elas, as diferentes Marias, Martas e Terezas, dos inocentes, dos Mártires e do Sagrado Coração.Não tinha tinha dificuldade em me comunicar com todas elas, cuja amizade, gentileza e carinho, eram formas bastante eloquentes de expressão.Quanto aos doentes, chegavam e iam embora num incessante rodízio. Vinham de lugares pobres que se estendiam por Houston, aonde as famílias não tinham outro recurso a não ser pedir socorro ás bondosas irmãs.Ajudei como pude, frustrada por não entender nada d
Depois de todo aquele fora, senti falta de Lucius. Afinal de contas, não me parecia ser uma péssima ideia, voltar para a mansão.Suspiro longamente quando o carro para em frente á casa, descendo logo em seguida, entrando sem hesitação no vestíbulo.Por dentro, tudo continuava silencioso, um contraste diferente no qual estava acostumada naquele último mês.Vou até o escritório, sendo o primeiro lugar que o procuraria, o encontrando, sentado atrás de sua mesa de mogno, olhando para pela janela em suas costas.- Oi - digo me encostando na soleira da porta.- Tive medo que não voltasse - Ele confessa - Demorou um mês...- Decidi ajudar um pouco no convento e meio que por fim,
A linha do horizonte balançou mais uma vez e voltou para o lugar correto. Lá em baixo, os campos eram retalhos verdes e dourados e as estradas, fios de linha. Uma pequena vila abraçava uma igreja e vi os pontos claros dos túmulos no cemitério à sombra da torre.Acima da bolha transparente da cabine, o ar brilhava, parecendo algo sólido. Estávamos voando.Abro minhas mãos que havia fechado com força. As unhas tinham deixado marcas vermelhas nas palmas. O suor escorria entre minhas omoplatas. O medo, porém, começou a desaparecer.Lucius tira a mão do controle, abrindo um mapa sobre o painel.&nbs
- Está feliz?Não havia necessidade de responder.Lucius foi delicado em me despir. Com ele tudo era diferente. Tudo parecia simples e natural. No entanto, quando o ar frio arrepiou minha pele, me senti embaraçada. Cruzei os braços no peito, defendendo minha nudez.- Gostaria de olhar para você - diz Lucius - Posso?Lentamente solto meus braços e o encaro, superando a inocência com a ousadia. A luz do fogo coloriu minha pele, nos fazendo ouvir nossa própria respiração, me olhando com desejo.Ele suspira, sem conseguir mais esperar, beijando um dos meus seios, me dando a impressão que minha pele era macia e tinha um gosto su
Acordo num solavanco, arregalando os olhos.Lucius que olhava alguma coisa no celular, ao meu lado, desvia a atenção do aparelho, me olhando com o cenho franzido.- Ivy, tudo bem? - pergunta tocando meu rosto, quando me viro em sua direção.- Lembrei de Zack - murmuro com os olhos fixos num ponto em seu peito.Ele ergue as sobrancelhas surpreso.- Lembrou? Isto é ótimo.- O conheci em um beco, quando sai do convento.Os dedos dele afagam meu cabelo.- Sua memória está voltando - Significava que a Helena também, penso.Lucius sai da cama rapidamente.- Aonde vai?
Lucius usava uma calça de esquiar azul-marinho e blusão azul-claro acolchoado, com gola rolê e punhos tricotados. Havia calçado botas de amarrar e pusera um boné azul-marinho com uma pequena bandeira dos Estados Unidos costurada na frente. Carregava os esqui nos no ombro e estava absolutamente lindo.- Vamos alugar esquis para você - Ele anuncia, quando descemos a trilha, se afastando da trilha - Não perguntei se quer esquiar.Não queria desapontar ele.- Eu quero - Afirmo - Só não quero morrer,Lucius sorri.- Não vai morrer coisa nenhuma. Vai é gostar de deslizar pelas encostas.Continuamos a andar depressa, comigo ofegando l
Descemos do trenzinho um pouco antes do meio dia. Um punhado de espectadores já se amontoava sob a marquise da estação, bebendo em garrafas que passavam de mão em mão.Belinda tira as provisões que Frandy arrumara para elas e todas começam a tomar chocolate quente com conhaque, inclusive eu.- Meio dia - Sophia anuncia, olhando para o relógio de pulso.Lucius era o número 15. Dentro de sete minutos, estaria descendo, fazendo com que meu coração pulsasse dolorosamente dentro do peito.Os longos minutos só me deixavam ainda mais ansiosa.Sophia tornou a olhar o relógio.- Ele j&a