Camille Cooper— Madrinha, Mille! — Brendon grita ao me ver.Me abaixo, apoiando nos calcanhares de braços abertos para recebê-lo. Ele corre na minha direção e me abraça. Um abraço, bem forte que nunca poderia reclamar. Ricardo e Gael conversam ao nosso lado, Brendon mal havia deixado o pai abrir a porta para vir falar conosco.— Você está tão grande. Arrumo sua camisa. Lindo, muito lindo. Aperto suas bochechas.Ele dá alguns pulos e abre a boca o máximo possível.— Meu dente está nascendo. — O dente da frente dele havia caído. — Caiu um tempinho, mas logo vai ficar muito grande. Ri.— Vai sim.— Ei, só tem ela aqui, garoto? — Gael chama a atenção do Brendon. — E eu achando que fosse seu favorito.Franzi a testa, um Gael dramático? Esse ainda não conhecia. Brendon fala com o padrinho e Ricardo me puxa para um abraço.— É bom te ver de novo, Srta. Cooper.Sorri para ele.— Também, Rick.Ele faz careta, não gosta do apelido dado pelos americanos. O Brasil era outro, nada associado ao s
Camille CooperNão queria ter que concordar com as palavras de Gael sobre não estar conseguindo engravidar. No fundo, sei que está certo, não é por questão de orgulho que não quero acreditar. Eu não queria que as coisas chegassem a esse ponto, sempre me cuidei tanto, não deixava a pressão familiar e do trabalho me atingir. Quero ser mãe, esse sentimento existe em mim há tanto tempo. Quando peguei meus sobrinhos no colo e principalmente Brendon, uma vontade grande de ser mãe crescia em meu peito. Porém, frustração e mais frustração na minha vida amorosa. E com o passar do tempo acabei ficando frustrada comigo mesmo. Lorena continua a falar sobre a sua futura gravidez e vejo quanto fica iluminada enquanto fala. Não tem como deixar a minha tristeza me dominar. É impossível.Minha melhor amiga é uma ótima mãe, criou o Brendon muito bem e tenho certeza que o próximo bebê que vier será muito bem cuidado e amado. Gael acaricia o dorso de minha mão com o dedão, fazendo movimentos leves, pre
Gael Stone Desligo o meu notebook depois de mais um dia de trabalho. Saio do meu escritório e vou para cozinha atrás de um remédio, a gripe me pegou e não gosto de ficar doente. Parece que tudo para de funcionar quando fico doente, hoje forcei o meu corpo a se levantar da cama e ir trabalhar. Tenho uma empresa para administrar e não é pequena. Tomo o remédio com gosto ruim que o médico passou.Sem apetite algum, suspiro e decido voltar para o meu quarto. Um banho pode ajudar, passo pelo closet para pegar uma roupa e mexendo nas minhas camisetas vejo que a minha vó me deu. Sorri, não é que o truque da Camille deu certo. Não havia mancha de vinho na camisa mais, também não usarei ela tão cedo. Como havia pensado naquele dia, seria melhor emoldurar. Vou para o banheiro e não aguento água fria, tomo banho quente, mas não é em uma temperatura normal. Confesso que estava quente até demais.Visto minha roupa e deito na minha cama. Sinto meu corpo cansado e o sono vindo, mas não consigo dor
Gael StoneCamille fala com tanta convicção que acredito que seus pais poderiam mesmo fazer isso.— Não se preocupe, consigo os ingressos para você. — Vejo o alívio cai sobre ela. — Mas não pagará por eles, se insistir não darei os ingressos.Camille me olha com intensidade, sei que está pensando em formas de reverter a situação e me pagar os ingressos. Porém, não cedo. Não quero seu dinheiro, sua companhia hoje foi o bastante.— Ok. — A palavra sai mais arrasta que o normal.— Perfeito, terá seus ingressos hoje mesmo.Faço minha vitamina, Camille volta para seu celular. Com tudo pronto, Camille recusou a vitamina e preferiu comer o chocolate que tinha na geladeira. Fomos para meu quarto assistir série.— Gael, você salvou minha vida. — Deita ao meu lado. — Sério! — Sua mãe gosta tanto assim da minha?Camille me olha.— Íris acreditar ser melhor amiga da Marisa Stone, a querida Marisa que não sabe disso.Sorri e escolho a série.— Bem, posso promover esse encontro com mais tempo…— N
Camille Cooper Passeio com meus dedos pelo cabelo de sua nuca, Gael aperta suas mãos em minha cintura e não demora para que suas mãos deslizem para baixo da camisa que estou usando. Me arrepio com seu toque, querendo mais. Gael apertas meus seios e arfa, percebendo que estou sem nada por de baixo da camisa que me emprestou.— Camille…Meu celular começa a tocar. Olhamos ao mesmo tempo, em direção à minha bolsa que está no chão ao lado da porta, meu celular tocava irritantemente. Não faço a mínima ideia de como minha bolsa foi parar ali, mas nesse exato momento gostaria que estivesse no outro lado da casa e mesmo assim caso alguém ouvisse escolhesse ignorar o som que avisava que havia alguém me liga. Ah, não!Estava distraída torcendo para que o celular parece de pegar e a pessoa do outro lado da linha me deixasse em paz. Porém, a pessoa insisti ligando novamente.— Melhor atender. — Sua mão desce para minha cintura, Gael me desperta.Mostrando meu total desânimo, saio do seu colo. Al
Camille Cooper — Fique ciente que respeito todas as regras do trânsito. — falo assim que ele atende a ligação. — Com a calmaria de Los Angeles pode nos proporcionar, o trânsito foi muito acessível. Garantindo que estava tudo fechado, fui para o meu quarto.— Que bom. É bom ficar ciente de que é uma ótima motorista.— Tinha dúvidas? — ergo uma sobrancelha, desacreditada que ele pudesse duvidar de mim na direção.— Não, claro que não. — Debocha.— Gael!— E os seus pais? Ainda posso conseguir aquele encontro…Sento na minha cama, sinto um pouco de ansiedade bater em meu peito de repente.— Ainda não é o momento. — Minha voz sai mais baixa do que pretendia.Posso dizer que estou voltando a ter a minha vida nos trilhos, não sendo uma doida que pega todo tipo de trabalho como fez no último mês. Porém, tem um assunto que não estamos falando tanto como antigamente e notei que era eu quem mais falava. Ou melhor, sufocava. Cheguei a fazer mais de 10 testes de gravidez, quero ser mãe, mas aca
Camille Cooper Ouço o som da cadeira se arrastar no chão e alguém pedindo para chamar a segurança. Gregório volta a sua atenção para Gael, disposto a continuar gritando e brigando, tratando seu antigo chefe como uma criança e ele bancando o superior agora. Respiro fundo, antes que eu mesma acabe perdendo o controle com Gregório. Esse filho da mãe teve coragem de gritar comigo?! Ah, mais Sr. Young ouvirá muito de mim. Ao olhar para frente, meus olhos se fixam na mão de Zoe no peito do Gael. Ela está em pé ao seu lado, pedindo para que Gael ficasse calmo. Os movimentos circulares da mão dela no peito dele demonstra a intimidade entre eles, a aproximação e logo em seguida sussurra em seu ouvido faz com que me levante. Não tem mais porque ficar aqui. Gregório não faz questão de parar de falar, arrumo minhas coisas deixando com que fale sozinho. Até porque Gael não rebate as suas ofensas. Sentia um olhar em mim, mas foco em juntar minhas coisas.As portas são abertas com agressividade. P
Gael StoneAmigo, era só quer me faltava. Dois meses convivendo e agora aparece a existência de um amigo, ela está brincando comigo? Por que nunca me mencionou ele antes? Uma coisa de cada vez, tanto repetir essa frase diversas vezes. E a primeira coisa a se resolver é sobre o Gregório Jackson. Foi difícil me manter no lugar quando aquele filho da puta gritou com a Camille, Zoe me conhecendo tomou a frente ao pedir para chamarem a segurança e me pedir para ter calma. Algo que me surpreendeu ter naquele momento. — Gael, estou cuidando para que… — Zoe vinha logo atrás de mim.— Cancele o contrato, não me importo quanto custe. — minha secretária levanta de sua cadeira, ela começaria a passar os recados, mas longo a corto. — Não quero que ninguém me interrompa nas próximas horas. — Concorda e senta novamente, digitando em seu notebook. Antes de entrar no meu escritório, olho para Zoe. — Quero Jack Hughes no lugar do Gregório no próximo programa. Se for preciso, faremos as mudanças lentam