EmmaLuan foi pra um outro lugar e ficou apenas nós três perto da mesa de bebida conversando e rindo. Era nítido a troca de olhares entre o Enzo e Hanna.Até que uma música começou a tocar e eles foram dançar me deixando sozinha.Vejo o Luan entrar, ele estava com um semblante meio conturbado, não dava pra saber se estava triste ou bravo, ou então magoado com algo. Sua feição me deixou bem confusa.Ele me olhou enquanto se aproximava.— Cadê os dois? — ele me perguntou. — Dançando. O que houve? — perguntei de volta. — Nada. — ele respondeu. Mentiu é claro. Ele pegou algumas bebidas e começou a despejar dentro do seu copo como um doido. Olhei pra ele sem entender. Ele estava com a mesma cara que no dia do seu acidente, era como uma bomba relógio preste a explodir. — O que você tá fazendo? — perguntei e segurei a mão dele. Ele me encarou. Eu não poderia deixar ele fazer isso consigo mesmo. Não outra vez. — Me deixa Emma. — ele disse e tirou a minha mão da dele. —
EmmaE lá estava eu, ainda nos bolos.— Me passa o leite morno. — pedi pra Hanna.Meu pai também estava nos ajudando, ele cortou todos os bolos, e também deixava tudo na medida que eu pedia, Hanna estava mexendo um dos recheios.— Isso daqui está com um cheiro incrível. — meu pai disse apontando pro bolo pronto.— O gosto também deve estar tio. — Hanna disse.É o que eu espero também. Os bolos estavam prontos. Eu acabada e horrível. — Meu Deus a gente precisa dar um jeito em você. — Hanna disse e me colocou de frente para o espelho. — Obrigada por não me ofender. — disse e ela riu. Eu já tinha tomado banho, então enquanto eu maquiava ela procurava uma roupa pra mim no meu guarda roupa. — Um vestido preto? — ela perguntou. —Curto demais. — respondi. — O rosa com detalhe vermelho? — ela perguntou outra vez. — Chamativo demais. — respondi. — Lilás? — Claro demais, bem capaz de eu me sujar. — Preto e branco. — Vou parecer um jogo de xadrez e esse vestido é da min
LuanA segunda chegou bem rápida.Mas o domingo ainda não saia da minha cabaça.Muito menos o final do sábado, que aconteceram tantas coisas que me deixaram sem sentido em alguns aspectos.Finalmente eu vi uma camada de proteção da Emma comigo se romper. Pude de alguma forma me abrir pra ela. Acho que ela me entendeu. Na verdade ela me entendeu tão bem, como ninguém havia feito.Mas a conceda com a Thaynara ainda ecoava na minha cabeça também. Eu não sei o que fiz a ela pra que não se sentisse a vontade de falar a verdade pra mim.Ela me mandou mensagem no domingo de tarde, mas resolvi não responder, até porque eu estava levando a Emma embora pra sua casa, depois que ela veio fazer a prova de bolos da Ana pro noivado dela. Emma estava linda, usando um vestido verde longo, de amarrar nas alças, com um leve decote em u. Olho pro relógio e ainda são 13:22 da tarde. Hanna já chegou a um tempo, meu pai não veio para o trabalho hoje, porque ele tinha uma cirurgia bem grande
EmmaTodos os dias parecem ser iguais.Talvez sejam.E talvez eu esteja extremamente cansada disso.Olho pra janela do ônibus, a caminho da faculdade. Enfim quarta feira. Eu achei que ela nunca chegaria.De três meses pra cá os dias tem sido melhores pra mim, a dor da saudade tem me invadido menos. As vezes eu já consigo me lembrar dele e não ter a sessão do meu coração sendo dilacerado dentro do meu peito.Eu tenho falado muito sobre ele, sobre nós dois, sobre o infinito amor e cuidado que tivemos um com o outro, como nós dois jovens adultos criamos algo incrível e como isso foi destruído em apenas uma noite.Eu tenho sido menos cruel comigo, me sentido menos culpada, me permitindo viver mais, sentir coisas diferentes. Me permitido sorrir, me divertir e recomeçar.De alguma forma eu tenho estado muito mais feliz e isso tem sido tão bom, eufórico.As duas primeiras aulas na faculdade foram chatas e cansativas, como todo o meu curso.Depois de passar o intervalo todo conv
LuanOlho no relógio.Hora de ir pro trabalho.Vesti um dos meus ternos depois de tomar banho. Desci pro café. Meus pais estavam vestido para ir ao consultório.— Mais um dia de trabalho sozinho? — perguntei ao meu pai.— Boa sorte querido. — meu pai disse rindo.— Engraçadinho. — disse.Me sentei a mesa e tomei café. Ana estava falando sobre a sua prova de vestido hoje, que ela estava animada e ansiosa, minha mãe disse a ela que convidou a Emma para a festa, ela não fez uma cara muito boa, mas meu irmão disse não se importar.Depois do café peguei as minhas coisas e fui pro carro. O motorista me deixou no escritório, como sempre Heloisa já estava trabalhando. — Bom dia. — falo passando por ela que me olha com um olhar meio triste. — Bom dia. — ela diz com a cabeça baixa. Entrei na minha sala. Já havia alguns papeis pra assinar e foi o que eu fiz, depois tinha algumas visitas pra fazer. Não é o que eu gosto de fazer, colocar o meu lado corretor pra jogo, mas as vezes
EmmaApertei a campainha. Não demorou muito e Yago abriu a porta. Por sorte o bolo estava em uma caixa preta e não dava pra saber o que era.Ele estava sem camisa com uma bermuda e mão na cintura.— Olha se não é o aniversariante de hoje. —falei e ele deu um sorriso.— Vai me dar o que de presente? — Yago perguntou rindo.Entrei na casa e ele fechou a porta e eu coloquei o bolo em cima da mesa.— O que você quer? — perguntei.Ele ficou me olhando e então a Hanna surgiu.— Que pergunta besta, tá na cara que ele quer você. — Hanna disse rindo.— Eu não falei nada. — Yago disse e ergueu as duas mãos em sinal de rendição.— Nem precisa falar, tá escrito na sua testa. — ela disse rindo.Fui até ele e dei um abraço dele, seu corpo estava quente, ele com 20 é bem maior do que eu com 22 o que não é justo.— Feliz aniversário bicudo. — falei e ele riu.— Faz tempo que ele não faz mais o bico. — Tia Mayara disse rindo.— Lá vem vocês com essas histórias de quando eu era menor. — Y
LuanOlho pro meu relógio. Já era quase hora de sair de casa.— Você tem que buscar seu terno na alfaiataria. — Minha mãe disse.— Tá bom, busco no horário do almoço. — falei.— Tá bom querido. — ela disse e me deu um beijo na bochecha.Depois do café fiquei esperando meu pai do lado de fora de casa. Ele não demorou muito e saiu ajeitando a gravata.— Sabe aquela festa de renovação de votos? — meu pai disse assim que entrou no carro.— Seu casamento com a minha mãe? — perguntei.— Sim, eu já comecei a planejar, posso te pedir uma coisa? — ele perguntou.— Pode. — falei.— Acho que a sua mãe ficaria muito feliz se a Emma fizesse o bolo e eu tenho que concordar que ela faz bolos deliciosos.— Posso falar com ela.— Obrigada filho.Chegamos no trabalho. Fui pra minha sala. Os documentos pra compra da casa que eu levei os pais do noivo e a noiva já estava pronta.Ouço alguém bater na porta.— Pode entrar. — falei.— Sou eu. — Heloisa apareceu.— Olha só. — falei sorrindo —
Emma— Vem mostrar, é sua essa força! Vem mudar o que sempre foi. Há muito tempo esperei para te conhecer. Vem me mostrar. — parei de cantar e o Luan não tirava os olhos de mim.As crianças ficaram todas me olhando.— Eu não acredito que você me fez tocar frozen. — Luan disse rindo. — Pra alguém que não tocava a muito tempo, você mandou muito bem. — falei e ele riu. — E você cantou muito bem. — ele disse e sorri. — Sabe o que vocês podiam fazer? — Agatha disse se aproximando da gente. — O que? — Luan perguntou. — Um dueto. — Nanda disse. — Bom, quem sabe depois, porque agora é hora da história. — falei levantando da cadeira. Fui ler histórias paras as crianças, eu amei ver o rostinho delas. Eles faziam caras e bocas, olhando pra mim enquanto eu lia a história. No final da história todas elas bateram palmas. Elas foram brincar do outro lado do pátio. A tarde foi chegando bem de mansinho. As crianças já estavam alimentadas então duas mães vieram buscá-las — Bom,